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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

OS DEZ MANDAMENTOS - ESTUDANDO O SEXTO


Não matarás. Êxodo 20:13.
Você sabe qual é a diferença entre um gato e um tigre? A resposta é o tamanho. Não se engane. O seu gato e o meu, parecem um bichinho dócil, mas ele tem o cérebro e todos os instintos de um tigre, bem como o mesmo sangue-frio. Se eu fosse menor e o gato maior, ele estaria interessado em mim pela mesma razão pela qual se encanta em observar os pardais que pousam no quintal de casa. Nós reagimos chocados ao ouvir histórias de crimes e perversidades no noticiário matinal. Mas nada disso é novidade para Deus. Ele já sabia das noticias desta manhã ontem à noite. De fato, as conhecia há dez mil anos. Deus tinha conhecimento de cada ato de violência que seria perpetrado nesta velha terra desde o momento em que olhou para Adão no jardim e disse: E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Gênesis 3:9.
A triste realidade é que quando o mal no coração humano não é controlado, Deus sabe que os homens e mulheres vão simplesmente se autodestruir. Deus sabe muito bem quais são as raízes do crime que crescem no coração humano. Se não fosse pela interferência da Sua graça e Sua mão que nos restringe, é bem possível que o homem já tivesse se eliminado da terra e encerrado sua história, provavelmente há bastante tempo. Quando uma criança chega à juventude, já terá visto dezenas de milhares de crimes e atos de violência na televisão e no cinema. Quando se trata de violência e assassinato, nossa cultura parece encolher os ombros e dizer: “A vida é assim mesmo”. E há razão para acreditar nisso. Você não pode assistir ao noticiário e deixar de ouvir algum pai que matou ou feriu seu filho, ou vice versa. Deus proíbe em Sua Palavra até que seus filhos vejam noticias de homicídios. Leiamos em Isaías 33:15-16a. O que anda em justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de opressão; o que, com um gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal, este habitará nas alturas.
“Não matarás” não significa apenas “não cometerás homicídio”. Não matarás envolve muito mais que o simples homicídio ou assassinato. Podemos destruir a reputação de um homem com as nossas fofocas e calúnias.  O assassínio não envolve somente a destruição da vida física de uma pessoa, envolve também a ira guardada no coração contra o seu irmão. Jesus disse em Mateus 5:22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
Este texto é a nova dimensão do sexto mandamento. “Eu, porém, vos digo”, é uma conjunção adversativa, ou seja, “a lei disse isto, mas eu agora lhes digo”. Jesus não está aniquilando a lei, Ele está ampliando o raio de ação da lei. Ele mesmo declarou que não veio destruir a lei, mas cumpri-la. Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Mateus 5:17.
As palavras de Jesus trouxeram o sexto mandamento para perto de cada um de nós. Existem no texto três situações destacadas por Jesus, nas quais nós matamos o nosso semelhante. Primeiro, matamos o outro quando nutrimos ódio em nosso coração por ele. O ódio é um sentimento de assassinato, é algo que gera violência e vingança. A raiz de todo assassinato está no coração, e quando este se encontra cheio de ódio, tornamo-nos assassinos! Segundo a interpretação de Jesus, este mandamento não proíbe apenas o homicídio intencional, mas ele proíbe também todos os outros pecados que podem levar ao homicídio. Ira, ódio, difamação, vingança ou qualquer outra coisa que possa prejudicar a segurança do próximo. Quando permito que o ódio encha o meu coração, eu estou assassinando alguém. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. 1 João 3:15.
É fácil cumprir o sexto mandamento? É complicadíssimo! A primeira forma de quebrar o sexto mandamento é gerando ódio, vingança e retribuindo ao outro com o mal. Deus sabe o que um grama de ira pode fazer; especialmente numa família. Se tivermos qualquer dúvida, temos apenas de voltar no tempo e ver o que aconteceu com à primeira família. Vamos ler Gênesis 4:8 Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
Deus pela Sua graça animou a Caim, consolou aquele homem desapontado, zangado, irado e finalmente, fez uma advertência séria: Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Gênesis 4:7.
Mas Caim já havia cultivado a ira e a amargura no coração por tanto tempo que mesmo a presença de Deus em seu caminho não o faria parar. Ele desviou-se de Deus e foi matar seu único irmão. Caim permitiu que a ira e a mágoa penetrassem nas profundas cavidades de sua alma. Por rejeitar o tratamento do Senhor, começaram a crescer e inflamar. No decorrer do tempo, essas toxinas se tornaram explosivas e por isso ele assassinou a seu irmão. O pecado entrou no mundo por um homem: Adão. O pecado saiu de mundo por um homem: Cristo! Jesus Cristo veio a este mundo para remover a semente do crime que estava em nós plantado. Ele é fiel e tem uma Palavra fiel no que concerne a nossa libertação. Lemos em 2 Timóteo 2:11 Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele.
O pecado é de natureza tão maligna que leva os homens infectados por ele a ferir aos outros. Tão logo Satanás se tornou um pecador ele transformou-se também em um assassino. João 8:44 Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
A libertação da escravidão do pecado é uma das maiores experiências que o homem pode ter em sua vida. Ele nasceu escravo do pecado, mas o evangelho do Senhor diz que na cruz no corpo de Cristo fomos libertos dessa terrível escravidão. Quantos detentos choram diariamente pela tristeza de ter cometido um crime bárbaro devido a esta escravidão? Quantas vidas e famílias são destruídas diariamente porque ainda não são livres dessa terrível escravidão? O Evangelho do Senhor Jesus nos livra da escravidão do pecado e nos dá a graça e a alegria de sermos servos de Cristo. Somente a pessoa que foi crucificada com Cristo é livre da escravidão do pecado. Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos. Romanos 6:6.
Fomos perdoados por Deus na cruz em Cristo. O perdão genuíno só é possível quando temos plena consciência da profundidade do perdão que recebemos. Quando reconhecemos que fomos perdoados, nossa arrogância contra as pessoas que nos feriram desaparecerá. Começaremos a ver essas pessoas que nos magoaram como companheiras de jornada na vida, gente que, a compaixão começará realmente a tomar o lugar do ódio, e o verdadeiro perdão começará a fluir. Isto é amar e quem ama sofre. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4,7. Amém.


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