Não
matarás. Êxodo 20:13.
Você sabe qual é a diferença entre um
gato e um tigre? A resposta é o tamanho. Não se engane. O seu gato e o meu,
parecem um bichinho dócil, mas ele tem o cérebro e todos os instintos de um
tigre, bem como o mesmo sangue-frio. Se eu fosse menor e o gato maior, ele
estaria interessado em mim pela mesma razão pela qual se encanta em observar os
pardais que pousam no quintal de casa. Nós reagimos chocados ao ouvir histórias
de crimes e perversidades no noticiário matinal. Mas nada disso é novidade para
Deus. Ele já sabia das noticias desta manhã ontem à noite. De fato, as conhecia
há dez mil anos. Deus tinha conhecimento de cada ato de violência que seria
perpetrado nesta velha terra desde o momento em que olhou para Adão no jardim e
disse: E chamou o SENHOR Deus ao homem e
lhe perguntou: Onde estás? Gênesis 3:9.
A triste realidade é que quando o mal no
coração humano não é controlado, Deus sabe que os homens e mulheres vão
simplesmente se autodestruir. Deus sabe muito bem quais são as raízes do crime
que crescem no coração humano. Se não fosse pela interferência da Sua graça e Sua
mão que nos restringe, é bem possível que o homem já tivesse se eliminado da
terra e encerrado sua história, provavelmente há bastante tempo. Quando uma
criança chega à juventude, já terá visto dezenas de milhares de crimes e atos
de violência na televisão e no cinema. Quando se trata de violência e
assassinato, nossa cultura parece encolher os ombros e dizer: “A vida é assim
mesmo”. E há razão para acreditar nisso. Você não pode assistir ao noticiário e
deixar de ouvir algum pai que matou ou feriu seu filho, ou vice versa. Deus
proíbe em Sua Palavra até que seus filhos vejam noticias de homicídios. Leiamos
em Isaías 33:15-16a. O que anda em
justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de opressão; o que, com um
gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os ouvidos, para não ouvir
falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal, este habitará nas
alturas.
“Não matarás” não significa apenas “não
cometerás homicídio”. Não matarás envolve muito mais que o simples homicídio ou
assassinato. Podemos destruir a reputação de um homem com as nossas fofocas e
calúnias. O assassínio não envolve
somente a destruição da vida física de uma pessoa, envolve também a ira
guardada no coração contra o seu irmão. Jesus disse em Mateus 5:22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se
irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a
seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo,
estará sujeito ao inferno de fogo.
Este texto é a nova dimensão do sexto
mandamento. “Eu, porém, vos digo”, é uma conjunção adversativa, ou seja, “a lei
disse isto, mas eu agora lhes digo”. Jesus não está aniquilando a lei, Ele está
ampliando o raio de ação da lei. Ele mesmo declarou que não veio destruir a lei,
mas cumpri-la. Não penseis que vim
revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Mateus
5:17.
As palavras de Jesus trouxeram o sexto
mandamento para perto de cada um de nós. Existem no texto três situações
destacadas por Jesus, nas quais nós matamos o nosso semelhante. Primeiro,
matamos o outro quando nutrimos ódio em nosso coração por ele. O ódio é um
sentimento de assassinato, é algo que gera violência e vingança. A raiz de todo
assassinato está no coração, e quando este se encontra cheio de ódio,
tornamo-nos assassinos! Segundo a interpretação de Jesus, este mandamento não
proíbe apenas o homicídio intencional, mas ele proíbe também todos os outros
pecados que podem levar ao homicídio. Ira, ódio, difamação, vingança ou qualquer
outra coisa que possa prejudicar a segurança do próximo. Quando permito que o
ódio encha o meu coração, eu estou assassinando alguém. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo
assassino não tem a vida eterna permanente em si. 1 João 3:15.
É fácil cumprir o sexto mandamento? É
complicadíssimo! A primeira forma de quebrar o sexto mandamento é gerando ódio,
vingança e retribuindo ao outro com o mal. Deus sabe o que um grama de ira pode
fazer; especialmente numa família. Se tivermos qualquer dúvida, temos apenas de
voltar no tempo e ver o que aconteceu com à primeira família. Vamos ler Gênesis 4:8 Disse Caim a Abel, seu irmão:
Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra
Abel, seu irmão, e o matou.
Deus pela Sua graça animou a Caim,
consolou aquele homem desapontado, zangado, irado e finalmente, fez uma
advertência séria: Se procederes bem,
não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz
à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Gênesis 4:7.
Mas Caim já havia cultivado a ira e a
amargura no coração por tanto tempo que mesmo a presença de Deus em seu caminho
não o faria parar. Ele desviou-se de Deus e foi matar seu único irmão. Caim permitiu
que a ira e a mágoa penetrassem nas profundas cavidades de sua alma. Por
rejeitar o tratamento do Senhor, começaram a crescer e inflamar. No decorrer do
tempo, essas toxinas se tornaram explosivas e por isso ele assassinou a seu
irmão. O pecado entrou no mundo por um homem: Adão. O pecado saiu de mundo por
um homem: Cristo! Jesus Cristo veio a este mundo para remover a semente do
crime que estava em nós plantado. Ele é fiel e tem uma Palavra fiel no que
concerne a nossa libertação. Lemos em 2
Timóteo 2:11 Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com
ele.
O pecado é de natureza tão maligna que
leva os homens infectados por ele a ferir aos outros. Tão logo Satanás se
tornou um pecador ele transformou-se também em um assassino. João 8:44 Vós sois do diabo, que é vosso
pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e
jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere
mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
A libertação da escravidão do pecado é
uma das maiores experiências que o homem pode ter em sua vida. Ele nasceu
escravo do pecado, mas o evangelho do Senhor diz que na cruz no corpo de Cristo
fomos libertos dessa terrível escravidão. Quantos detentos choram diariamente
pela tristeza de ter cometido um crime bárbaro devido a esta escravidão?
Quantas vidas e famílias são destruídas diariamente porque ainda não são livres
dessa terrível escravidão? O Evangelho do Senhor Jesus nos livra da escravidão
do pecado e nos dá a graça e a alegria de sermos servos de Cristo. Somente a
pessoa que foi crucificada com Cristo é livre da escravidão do pecado. Sabendo isto: que foi crucificado com ele o
nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o
pecado como escravos. Romanos 6:6.
Fomos perdoados por Deus na cruz em
Cristo. O perdão genuíno só é possível quando temos plena consciência da
profundidade do perdão que recebemos. Quando reconhecemos que fomos perdoados,
nossa arrogância contra as pessoas que nos feriram desaparecerá. Começaremos a
ver essas pessoas que nos magoaram como companheiras de jornada na vida, gente
que, a compaixão começará realmente a tomar o lugar do ódio, e o verdadeiro
perdão começará a fluir. Isto é amar e quem ama sofre. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana,
não se ensoberbece, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1
Coríntios 13:4,7. Amém.
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