"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 31 de agosto de 2008

ORANDO SEGUNDO A VONTADE DE DEUS

E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. 1 João 5:14-15.

Ao criar o homem Deus deu-lhes livre-arbítrio, mas devido à queda o homem se tornou escravo do pecado. Portanto, no universo existem três vontades diferentes, a saber: a vontade de Deus, a vontade de satanás, o inimigo, e a vontade do homem. As pessoas podem indagar por que o Senhor não destrói satanás em um instante. O Senhor podia, mas não o fez. E por quê? Porque deseja que o homem coopere com Ele ao lidar com satanás. Ora, Deus tem Sua vontade, satanás a dele e o homem a sua. Deus procura que a vontade do homem se uma à Sua. Não destruirá a satanás sozinho. Não sabemos por que Deus escolheu proceder desta maneira, mas sabemos que Ele se deleita em atuar assim, ou seja, a saber, que não agirá independentemente; procura a cooperação do homem. Essa é a responsabilidade da igreja sobre a terra. Há muitas coisas que o Senhor deseja fazer, mas não as faz porque seu povo não ora. Ele espera até que os homens concordem com Ele, e então opera. Este é um grande princípio da obra de Deus, um dos princípios mais importantes encontrados na Bíblia. Será que todos nós sabemos qual é a vontade de Deus para a nossa comunidade? Mas, será que sabemos qual é Sua vontade para nossa igreja? Assim diz o SENHOR Deus: Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel: que lhe multiplique eu os homens como um rebanho. Ezequiel 36:37.

Deus já decidiu multiplicar a casa de Israel, mas deve esperar até que seus filhos perquiram-no sobre o assunto. Vejamos que ainda que Ele tenha resolvido realizar certas coisas, não o fará imediatamente. Espera até que os homens mostrem acordo antes de prosseguir. Vamos ler em Mateus 18:19. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.

Toda vez que Deus opera, Ele nunca o faz imediatamente; não, Ele espera, se necessário, que seu povo expresse o acordo em oração antes de agir. Realmente é um fenômeno muito espantoso. Tenhamos sempre esta verdade em nossa mente: todas as obras espirituais são decididas por Deus e desejadas por seus filhos – todas iniciam-se em Deus e são aprovadas por seus filhos.Lucas 11:9. Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Este é o grande princípio da obra espiritual que a obra de Deus espera a petição dos seus filhos. Quando nós seus filhos, que passamos pela cruz e morremos com Cristo, tivermos a ousadia de orar, Ele vai atender aos nossos pedidos.

Desde a fundação da igreja, não há nada que Deus faça sobre a terra sem oração de seus filhos. Desde o instante que tem seus filhos, faz tudo segundo a oração deles. Não sabemos por que Ele age assim; mas sabemos que isto é um fato. Deus está disposto a chegar à posição de se deleitar em cumprir sua vontade por meio de seus filhos. Agora quando sabemos da Sua vontade sobre qualquer pedido que venhamos a fazer, devemos clamar insistentemente sem dar-lhe descanso. Pois quando Cristo morreu na cruz o véu foi rasgado com a finalidade de nos dar acesso à presença de Deus. Então devemos clamar a Ele sempre: Que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra. Isaías 62:6b. e 7.

Orar é um dos exercícios mais significativos da vida cristã. A oração não é um peso, contudo exige que tenhamos disciplina. A oração é um privilégio que todo filho de Deus goza, pois através dela temos comunhão com o Pai celeste. Podemos esperar com segurança porque o Senhor sempre está pronto para nos ouvir e realizar a sua vontade em nós. Ele tem prazer em atender as orações de seus filhos. Porém, ao mesmo tempo que estamos diante de algo bastante simples, que é o falar com Deus, nos deparamos com uma situação deveras complexa, pois não sabemos orar como convém.
Na maioria das vezes, somos bastante gerais em nossos pedidos, e, assim sendo, não cremos que o Senhor nos ouve. Muitos duvidam em seus corações de que Deus atenderá as suas súplicas. Para estes, o orar torna-se um fardo terrível, um ritual vazio e sem sentido. E, se a vida de oração do filho de Deus é capenga, o que será do restante de seu viver cristão, do testemunho, da vida no lar, da meditação na palavra de Deus? Se a prática de oração do regenerado é pobre, o que se pode esperar de seu andar com Deus? O apóstolo Paulo nos exorta: Orai sem cessar. 1 Tessalonicenses 5:17. Alguém já disse que “a oração arremessa-nos à fronteira da vida espiritual”. É pesquisa original em território inexplorado. Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes. Jeremias 33:3.

A oração é a avenida central que Deus usa para transformar-nos. Se não estivermos dispostos a mudar, abandonaremos a oração como característica perceptível de nossas vidas. Quanto mais nos aproximamos do pulsar do coração de Deus, tanto mais vemos nossa necessidade e tanto mais desejamos assemelhar-nos a Cristo. Com muita freqüência criamos mantos de evasão, abrigos à prova de raios a fim de evitarmos o Amante Eterno. Mas quando oramos, lenta e graciosamente Deus revela nossos esconderijos, e nos livra deles. Tiago 4:3. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Pedir “corretamente” envolve paixões transformadas, renovação total. Na verdadeira oração, começamos a pensar os pensamentos de Deus à sua maneira: desejamos as coisas que Ele ama. Progressivamente, aprendemos a ver as coisas da perspectiva divina. Todos quantos têm andado com Deus consideram a oração como o principal negócio de suas vidas. O salmista Davi deseja que Deus quebre as cadeias de auto-indulgencia do sono no Salmos 63:1. Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.

Podemos ter a segurança de que nossas orações estão sendo respondidas com a mesma certeza que temos de que o aparelho de televisão está funcionando. Um dos mais decisivos aspectos do aprendizado da oração pelos outros é entrar em contato com Deus de sorte que sua vida e seu poder sejam canalizados para outros por nosso intermédio. Muitas vezes supomos que estamos em contato quando não estamos. Por exemplo, dezenas de programas de rádio e televisão passaram pela rede neste momento que estamos estudando a Palavra de Deus, mas nós deixamos de captá-los porque não estávamos sintonizados com o canal. É muito freqüente que as pessoas orem e orem com toda a fé que há no mundo, e nada acontece, e isso porque muitas vezes não estamos sintonizados com o canal. Começamos a orar pelos outros primeiramente concentrando-nos e ouvindo o trovão calmo do Senhor dos exércitos. Afinar-nos com os sopros divinos é obra espiritual; sem isto, porém, nossa oração é vã repetição. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Mateus 6:7.

Estamos vivendo em um contexto de muitos afazeres e isso muitas vezes causa sérias aflições na alma, onde estaremos impedindo nossa comunhão com o Senhor. Em muitas famílias cristãs já perderam de vista o maravilhoso hábito de orar pelos filhos e com os filhos. Nossos próprios filhos podem e devem ser transformados mediante nossas orações. Ore por eles durante o dia com a participação deles, ore por eles à noite enquanto dormem. Um bom método é entrar no quarto e colocar levemente as mãos sobre a criança adormecida. Imagine a luz de Cristo fluindo através de suas mãos e curando cada trauma emocional e cada mágoa que seu filho sofreu nesse dia. Encha-o da paz e da alegria do Senhor. No sono a criança é muito receptiva à oração, visto que a mente consciente, que tende a levantar barreiras à suave influência de Deus, está descontraída. Nós fomos feitos por Deus sacerdotes, e como sacerdote de Cristo, devemos executar um serviço maravilhoso pegando os filhos nos braços e abençoando-os. Na Bíblia, os pais traziam os filhos a Jesus não para que Ele brincasse com eles ou mesmo lhes ensinassem, mas para que Jesus pudesse colocar as mãos sobre eles e abençoá-los. Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. Marcos 10:13 e 16.

O maior privilégio que Deus dá a você é a liberdade para aproximar-se dele a qualquer tempo. Você não só está autorizado a falar com Ele, como também convidado. Deus espera que se comunique com Ele. Você e eu temos acesso instantâneo e direto a Deus. Deus nos ama tanto e num sentido muito especial, que se tornou acessível a nós em qualquer tempo. Como filho de Deus, você tem plena liberdade de entrar em contato com Ele, o Soberano do universo, sempre que desejar. Ele está sempre ocupando o trono nos céus; todavia, através da oração, você tem tanto acesso à Sua presença quanto qualquer anjo ou arcanjo. Você não precisa esperar um convite; Ele já é seu. Não é necessário marcar entrevista antecipadamente, você já tem autorização para aproximar-se instantaneamente de Deus. Ele jamais está ocupado para ouvi-lo. Jamais está demasiado envolvido para responder-lhe, e nos pede que sejamos ousados na oração. Hebreus 10:19. Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus.

Lembre-se que é o sangue de Cristo que nos aproxima de Deus. Devemos crer em nosso espírito que não existe nenhuma barreira que se interponha entre nós e Deus, uma vez que foi o Senhor Jesus quem abriu este caminho até o Pai. De fato, não somos nós que saímos para encontrar a Deus; é Deus que espera por nós. E na presença dEle percebemos alguma coisa e tocamos a sua vontade. A maior sabedoria vem, de fato, desta fonte. Assim, nossa vontade entra em seu coração. E daí nossa oração subirá a Ele. Ao trazermos a Deus nossa vontade e pensamento sua própria vontade e pensamento começam a ser reproduzidos em nós, e então isto se torna nossa vontade e pensamento. Quando trazemos qualquer assunto perante Deus e deixarmos que seu Espírito una nossa vontade com a vontade de Deus e nosso pensamento com o pensamento de Deus, descobriremos dentro de nós um anseio profundo da vontade e do pensamento dEle. Suponhamos que o Senhor está sentido e pesaroso com a morte dos homens. Também nós sentiremos o urgente desejo de que alma alguma se perca. É a vontade de Deus fazendo com que nossa vontade se conforme a Sua vontade soberana. É por isso que em todas as orações que fizermos devemos submetê-la a vontade de Deus, tanto no céu como na terra. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; Mateus 6:9-10.

Pr. Cláudio Morandi - 31/08/2008

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