E, se a sua oferta for sacrifício pacífico, se a oferecer de gado macho ou fêmea, a oferecerá sem mancha diante do SENHOR. Levítico 3:1.
A oferta pacífica significa Cristo como nossa paz com Deus para que possamos desfrutá-lO em comunhão e alegria. Também sacrificarás ofertas pacíficas; ali, comerás e te alegrarás perante o SENHOR, teu Deus. Deuteronômio 27:7.
Ela é cumprida principalmente em nosso desfrute de Cristo, à mesa do Senhor, no partir do pão, para a lembrança dEle e na oferta de Cristo ao Pai para a adoração do Pai. A oferta pacífica, que implica comunhão com o Deus Triúno e inclui o desfrute do Deus Triúno, é ilustrada em Lucas 15:23-24 Trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Pelo novilho cevado como o desfrute pacífico entre o pai recebedor (Deus) e o pródigo retornante (um pecador). A oferta pacífica é tipificada no Antigo Testamento na mesa do Senhor. À mesa do Senhor, os cristãos desfrutam Cristo como sua oferta pacífica para sua comunhão com Deus e um com o outro. Este desfrute da oferta pacífica resulta do holocausto, da oferta de cereais, da oferta pelo pecado, e da oferta pela culpa. Nosso desfrute de Cristo como esta oferta tem uma conseqüência, um resultado; o desfrute de Cristo como nossa oferta pacífica a fim de termos comunhão com Deus e com nossos irmãos. A oferta pacífica podia ser de diferentes animais do rebanho ou da manada, e podia ser macho ou fêmea. Como nossa oferta pacífica, Cristo é sem defeito, sem pecados e transgressões. Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Hebreus 9:14.
A aspersão do sangue da oferta pacífica sobre o altar ao redor onde o ofertante estava em pé, indica que o sangue é para paz na consciência do ofertante, dando-lhe a segurança de que seus pecados foram lavados. Vamos ler esta verdade em Levítico 3:2 E porá a mão sobre a cabeça da sua oferta e a imolará diante da porta da tenda da congregação; e os filhos de Arão, os sacerdotes, aspergirão o sangue sobre o altar, ao redor. Cristo como a oferta pacífica é para a comunhão e desfrute dos cinco participantes: Deus, o sacerdote servidor, todos os sacerdotes, o ofertante, e a congregação do povo purificado. A gordura e os intestinos da oferta eram a porção de Deus; os quatro tipos de bolos e a coxa direita, como oferta alçada, eram a porção do sacerdote servidor; o peito como uma oferta movida era para todos os sacerdotes; a carne, o alimento, da oferta era a porção do ofertante; e a carne restante do gado, sob a condição de pureza, era para toda a congregação.
No Novo Testamento, não há clero nem laicidade, porque todos os regenerados em Cristo são os sacerdotes servidores, o corpo sacerdotal, os ofertantes, e a congregação. 1 Pedro 2:9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
Irmãos, agora precisamos considerar algo muito importante na oferta pacífica. A gordura significa as riquezas interiores de Cristo como a abundância de vida para a satisfação de Deus, conforme Sua glória, e os intestinos significam a ternura, pequenez, e preciosidade daquilo que Cristo é em Seu ser interior no que diz respeito a Deus e isto para a satisfação de Deus, que pode ser apreendida e apreciada somente por Deus. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai. Mateus 11:27a. A queima da gordura e dos intestinos da oferta pacífica como uma oferta queimada a Jeová significa que Deus deve ser o primeiro Desfrutador, desfrutando a primeira, a melhor, parte da oferta pacífica. A oferta pacífica está baseada na satisfação de Deus do holocausto. O fogo, pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. Levítico 6:12. Se desejarmos desfrutar Cristo como nossa paz de uma maneira prática, diária, devemos primeiro tomá-lO como nosso holocausto para satisfazer Deus, e então devemos alimentar-nos dEle como a oferta de cereais, desfrutando-O como nosso alimento. Conforme a seqüência das ofertas, a oferta pacífica é baseada também na oferta pelo pecado e na oferta pela culpa. Quando o problema de nosso pecado e culpas é resolvido por Cristo como a oferta pelo pecado e oferta pela culpa, e quando Deus e nós estamos satisfeitos com Cristo como o holocausto e a oferta de cereais, nós podemos oferecer Cristo a Deus como a oferta pacífica para nosso desfrute mútuo em paz. São essas, portanto, as leis a respeito das ofertas que são completamente queimadas, das ofertas de cereais, das ofertas para tirar pecados, das ofertas para tirar culpas, das ofertas da ordenação dos sacerdotes e das ofertas de paz. Levítico 7:37 (LH). No sacrifício pacífico há mais alguma coisa do que a dedicação abstrata de Cristo à vontade de Deus. O adorador é apresentado, não simplesmente como espectador, mas como participante não apenas para observar, mas para se alimentar. Isto dá um caráter notável a esta oferta. Assim é com o Antítipo do sacrifício pacífico. O mesmo Jesus que é o objeto das delícias do céu é a fonte de gozo, de força e de conforto para todo o coração crente; e não só para cada coração, em particular, mas também para toda a Igreja de Deus, em comunhão. Deus, em Sua infinita graça tem dado ao Seu povo o mesmo objetivo que Ele tem. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 1 João 1:3b.
É verdade que os nossos pensamentos acerca de Jesus nunca poderão chegará altura dos pensamentos de Deus. Mas, apesar de nunca podermos atingir o padrão de apreço divino da Pessoa de Cristo e do Seu sacrifício, estamos, entretanto ocupados com o mesmo objeto e, portanto a casa de Arão tinha “o peito e a espádua direita”. Tudo isto está repleto de conforto e alegria para o coração. O Senhor Jesus Cristo, Aquele que “foi morto, mas vive para todo o sempre”, é agora o objeto exclusivo ante os olhos e pensamentos de Deus; e, em graça perfeita, Deus deu-nos uma parte nesta mesma bendita e gloriosa Pessoa. Cristo é também o nosso objetivo, ou seja, objetivo dos nossos corações e tema do nosso cântico. E que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. Colossenses 1:20.
Ele é, na verdade, a nossa paz; e temos o gozo inexcedível de saber que o agrado de Deus na obra da nossa paz é tal que o cheiro suave da nossa oferta pacífica deu alegria ao Seu coração. Este fato dá um encanto peculiar a este símbolo. Cristo, como holocausto, desperta a admiração dos nossos corações; Cristo, como sacrifício pacífico, estabelece a paz da consciência e satisfaz as múltiplas e profundas necessidades da alma. Os filhos de Arão podiam prostrar-se em redor do altar do holocausto: podiam observar como a chama desse sacrifício subia para o Deus de Israel; podiam ver o sacrifício reduzido a cinzas; podiam, à vista de tudo isto, curvar as suas cabeças e adorar; mas ao retirarem-se nada levavam para si mesmos. Não sucedia o mesmo com o sacrifício pacífico. Neste eles viam não só o que podia emitir um cheiro suave para Deus, mas também render uma porção substancial para si mesmos, da qual podiam alimentar-se em feliz e santa comunhão. Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Romanos 5:1.
No sacrifício pacífico, a base indispensável está inteira e claramente estabelecida. Temos aqui o que a oferta de manjares não proporciona, quer dizer, um fundamento sólido para a comunhão do adorador com toda a plenitude, preciosidade e beleza de Cristo. Para ter comunhão com Deus devemos estar “na luz”. E como podemos estar nela? Só com base nesta preciosa declaração. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 1 João 1:7. Quanto mais permanecermos na luz, mais profunda será a nossa compreensão de tudo que seja contrário a essa luz, e mais profundo também será o sentimento do valor desse sangue que nos dá o direito de estarmos na luz. Quanto mais perto andarmos de Deus, mais conheceremos: O evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Efésios 3:8b. Amém.
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