"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Crucificados para o mundo I

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. Gálatas 6:14.
Devemos nos lembrar que houve um tempo em que Paulo costumava gabar-se de algo muito diferente da cruz de Cristo. Ele costumava orgulhar-se do fato de ser um israelita, hebreu de hebreus, da tribo de Benjamim, circuncidado ao oitavo dia de vida, um homem perito em seu conhecimento da Lei, profundamente religioso, e assim por diante. Tais características costumavam ser sua vanglória e motivo de grande orgulho. O aposto Paulo era um homem intenso, sempre apaixonado. Ele sempre deixou bem claro que realmente acreditava no que era e que isto o fazia orgulhar-se. Eis como o apóstolo costumava ser outrora. Porém, o que ele está nos dizendo agora é que tudo aquilo acabou quando creu em sua morte com Cristo naquela cruz. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo. Filipenses 3:8.
Esta realmente foi a experiência de Paulo, portanto, a pergunta mais apropriada que devemos considerar é: Em que nos gloriamos e de que temos orgulho? A resposta nos contará exatamente onde nos situamos. Já temos sido capazes de ver que a infalível marca do cristão é que ele é um homem que centraliza todo o seu pensamento, se gloria e é tocado mais profundamente pela cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Isto é o que revela se somos cristãos ou não. Por conseguinte, há muitos que pensam que são cristãos quando, na verdade, não o são. Em que você se gloria? Se você se gloria mais em sua cidade, seu emprego e seu país do que na cruz de Cristo, não há motivo para argumentação, você não é um cristãos. Eu sei que isso soa drástico demais, mas este é o ensinamento cristão. Paulo costumava se gloriar do fato de ser hebreu, mas isto não perdurou. O cristão é aquele que se orgulha, se gloria na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, e temos considerado inúmeras razões para isso. Ele assim age porque sabe que é por meio da cruz que é salvo. Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele. 2 Timóteo 2:11.
O mundo em que vivemos é fascinado por espetáculos, por grandes eventos. Há grandes momentos na história nacional. Todas as nações possuem grandes heróis, homens que realizaram feitos extraordinários, e assim por diante. As pessoas gostam de lembrar-se destes heróis e suas proezas, de ler a respeito deles, de olhar e pensar neles. E, claro, para se alegrar e se gloriar neles. Tudo o que estou dizendo é que, quando alguém vê algo do real significado do que aconteceu quando Cristo morreu na cruz, tudo o mais perde a importância. Ao contemplarmos a maravilhosa cruz, no momento em que começamos a ver a perfeição do plano e algo do caminho que Ele projetou, o meio pelo qual qualquer um pode ser salvo; quando vemos tudo isso, nada mais pode vir antes em nossa estima. É totalmente impossível. Deus já provou que nos ama. Romanos 5:8. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
Em nosso texto inicial, Paulo diz que se gloriava na cruz porque por ela o mundo foi crucificado para ele. Crucificar significa matar, executar, tornar inoperante. É como a própria crucificação de nosso Senhor. Paulo diz que aquela mesma cruz crucifica o mundo e o mata. Pois só a cruz tem poder de remover aquilo que não presta em nós, e é por isso que ela nos remove. O que será que podemos esperar deste mundo? O mundo é que produz todos os nossos sofrimentos, problemas e tribulações. O mundo mesmo é responsável por sua própria condição, e a pregação da Palavra deve nos mostrar a causa de nossos problemas, porque a não ser que estejamos esclarecidos sobre a causa não obteremos cura. A primeira coisa que precisamos fazer é um diagnóstico. Vamos ler Isaías 1:5a-6. Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo.
Esta é a razão pela qual qualquer homem pode se gloriar em qualquer coisa que o livra do mundo, mas a única coisa que pode livrar-nos do mundo é a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Conforme as Escrituras Sagradas há apenas dois tipos de pessoas neste mundo: Os que se gloriam na cruz e aqueles que não. Em outras palavras, aqueles que pertencem ao mundo, que são pessoas do mundo e se gloriam neste fato, e há os que se gloriam no fato de que não mais são do mundo. Embora fisicamente ainda estejam nele, tais pessoas se gloriam no fato de serem estrangeiros e peregrinos, viajantes e forasteiros, apenas de passagem por este mundo. 1 Pedro 2:11. Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.
Agora não faz a menor diferença se você é rico ou pobre, culto ou ignorante, nada conta apenas isso: Você é uma pessoa do mundo ou de Deus? Não há meio termo. A Bíblia nos diz que cada um de nós, por natureza, nasce no mundo como pertencente ao mundo, como homens e mulheres do mundo. Nenhum de nós nasce cristão, nem sem pecado. Todos somos concebidos em pecado, todos somos “nascidos na iniqüidade”. Nascemos filhos de Adão, o homem decaído, portanto, nascemos como filhos do mundo. Vejamos que notável declaração está registrado em Salmos 17:13-14. Livra do ímpio a minha alma com a tua espada, com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos.
O salmista deseja ser liberto de homens assim, destes homens do mundo, cuja recompensa está nesta vida. Agora, por natureza, somos todos deste tipo e pertencemos a esta mesma categoria. Toda a humanidade é decaída em Adão e, portanto, todos nascemos com esta inclinação contra Deus e a favor do mundo. E o que o apóstolo nos revela neste ponto é que ele se gloria na cruz e agradece a Deus por isso, porque foi a cruz que o retirou do mundo onde jazia, transportando-o para uma posição totalmente nova. A cruz crucificou o mundo para ele e, por seu turno, ele foi crucificado para o mundo. Vamos ler o mesmo texto de Gálatas 6:14 na linguagem de hoje: Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo.

Será que nós sabemos o que significa mundo? O mundo significa a vida, vista imaginada e vivida, separada de Deus, distante do Pai. O mundo é aquela visão da vida e da morte, do homem e do tempo, e de tudo o mais, que é totalmente separada de Deus e de sua revelação, como fornecida nas Escrituras. Isto é o mundo. O mundo é aquela coleção de pessoas que pensam sobre todas estas coisas em total e completa separação de Deus e sem Deus. Isso inclui todo o pensamento sobre a humanidade e seus problemas, sobre o mundo e, por fim, sobre a vida e a morte, os quais não incluem Deus e não são governados pela revelação divina. Isto é o mundo. É por isso que o homem não pode encontrar a Deus com sua busca, como não o tem encontrado, apesar de tentar, pois isto é impossível. Paulo escreve em 1 Coríntios 1:20. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
Portanto, mundo é aquela perspectiva que coloca o homem no centro, tornando-o a suprema autoridade. É a visão que diz que nada existe além do mundo. O que possuímos agora é tudo o que iremos ter. Essa é a perspectiva mundana, a mente do mundo. Tal é a mente que está controlando as massas populares, que controla todos os que não são cristãos. A posição é que o homem está no centro, com sua capacidade e entendimento, e tudo gira em torno dele. O sobrenatural, ou seja, a vida espiritual é totalmente descartada, pois não crêem nele. O mundo torna o homem o centro do universo, dele é a primeira e a última palavra sobre todas as coisas. O homem é a sua própria autoridade, não existe nada acima e além dele. A vida do homem está confinada a absoluta e totalmente a este mundo temporal. Quando o homem morre é o fim, nada além disto. Vamos ler Provérbios 11:7 Quando o perverso morre, a sua esperança morre com ele; a esperança dos maus dá em nada. (LH).
É por esse motivo que Paulo se gloriava na cruz de Cristo, pelo fato de haver sido liberto deste mundo e deste modo de pensar. Infelizmente existem muitos que ainda amam este mundo e toda a sua perversão, porque gostam de satisfazer dos seus prazeres e com isso mostram que o amor do Deus não está neles. Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15.
Nascemos neste mundo algemados pelo pecado, mortos para Deus e filhos espirituais do diabo. Sei que são palavras fortes, no entanto, elas retratam a mais pura realidade de todo ser humano. É por isso que toda predisposição do homem é em direção as trevas. De modo espontâneo, amamos o engano e não precisamos nos esforçar para andarmos nos desejos na nossa carne. Somos conduzidos pela nossa natureza pecaminosa, e de modo natural nos inclinamos aos apelos do nosso coração caído. Todas as ações realizadas pelo homem, por mais dignas que possam ser, estão maculadas pelo pecado. Diante deste fato, constitui-se num engano terrível alguém pensar que as suas obras de justiça, seu comportamento, sua religiosidade ou moralidade lhes servem com uma espécie de garantia de salvação. Qualquer tentativa do homem em buscar a salvação por meio de seus próprios méritos é absurda, ofensiva, inaceitável e abominação diante de Deus. Vamos ler o ultimo texto em Efésios 2:8. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Amém.

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