"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O caminho para a santidade: reconhecer o pecado

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. 1 João 3:4.
A santidade prática e a inteira consagração a Deus não são suficientemente seguida pelos “crentes” modernos. Existem muitas controvérsias, ou espírito de partidarismo, ou mundanismo nos quais têm corroído o cerne da piedade viva em muitos de nós. O assunto da santidade pessoal tem retrocedido lamentavelmente para o segundo plano. As pessoas do mundo queixam-se, com razão, de que aqueles que são chamados de “crentes” não são tão amáveis, altruístas e dotados de boa natureza como as outras pessoas que não professam ter religião alguma. O que é que está havendo com aqueles que se dizem cristãos, mas não vive uma vida a altura que seus lábios professam? O nosso cristianismo será inútil, se não for acompanhado por uma vida santa. 1 Pedro 1:16. Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
Satanás conhece bem o poder da verdadeira santidade e o imenso prejuízo que o seu reino sofreria, se déssemos uma crescente atenção a essa vida de santidade. Não esqueçamos que o verdadeiro cristão está unido a Cristo e Cristo a ele. Sem dúvida, há uma união mística entre Cristo e o cristão. Com Ele morremos, com Ele fomos sepultados, com Ele ressuscitamos e com Ele nos assentamos nos lugares celestiais. A menos que tenhamos cuidado, terminaremos ignorando a obra do Espírito Santo. Deus nos elegeu em Cristo, e a eleição para a salvação do homem é obra especial de Deus Pai, a expiação, a mediação e a intercessão é obra especial de Deus Filho e, que a santificação é a obra especial de Deus Espírito Santo. 2 Tessalonicenses 2:13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade.
Nós precisamos ter pontos de vista corretos sobre a santidade cristã e para isto devemos começar examinando o vasto e solene assunto do pecado. Teremos de cavar bem fundo, se quisermos construir um edifício bem alto. Conceitos errôneos sobre a santidade geralmente advêm de idéias distorcidas quanto à corrupção humana. Portanto, a primeira coisa que Deus faz quando quer tornar alguém em uma nova criatura em Cristo é iluminar-lhe o coração, mostrando-lhe que ele é um pecador culpado. Pontos de vista mal definidos acerca do pecado são a origem da maioria dos erros, das heresias e das doutrinas falsas de nossos dias. Se um homem não percebe a natureza perigosa da doença de sua alma, ninguém poderá admirar-se de que ele se contente com remédios falsos ou imperfeitos. É por isso que podemos crer que uma das principais necessidades da igreja, neste nosso século, tem sido e continua sendo um ensino mais claro e completo sobre o pecado. O que é pecado? Pecado é errar o alvo, ou a falha e a corrupção da natureza de cada ser humano, naturalmente produzidas de Adão em nós, pelas quais o homem muito se afasta da retidão original, pois faz parte de sua natureza inclinar-se para o erro. Hebreus 3:12. Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo.
Nossos primeiros pais Adão e Eva, foram criados “a imagem e semelhança de Deus” e inocentes a princípio, mas eles caíram da justiça original e tornaram-se pecaminosos e corruptos. E, desde aquele dia, homens e mulheres nascem segundo a imagem de Adão e Eva decaídos, herdando um coração e uma natureza inclinados ao pecado. Romanos 5:12. Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
O mais lindo bebê do mundo, que se tornou o raio-de-sol de uma família, não é como sua mãe o chama com muito amor, um “anjinho” ou um “inocentinho”, e sim um “pecadorzinho”. Infelizmente, enquanto jaz sorrindo no seu berço, a criaturinha leva em seu coração as sementes de todo tipo de iniqüidade! Basta que a observemos com cuidado, conforme cresce em estatura e sua mente se desenvolve, e descobriremos nela uma incessante tendência para o que é mau, e uma grande hesitação quanto ao que é bom. Poderemos ver nela os botões e os germes do engano, do mau temperamento, do egoísmo, da obstinação, da cobiça, da inveja, do ciúme, da paixão, e tudo o que, se alimentado e deixado à vontade, prolifera com dolorosa rapidez. Quem ensinou essas coisas à criança? Onde ela aprendeu? Dentre todas as coisas tolas que os pais dizem sobre seus filhos nenhuma é pior do que a declaração comum: “No fundo, meu filho tem um bom coração. Ele não é o que deveria ser; apenas caiu em más companhias. As escolas são ruins. Os professores negligenciam as crianças”. A verdade, infelizmente, é exatamente o contrário. A primeira causa de todo pecado jaz na corrupção natural do próprio coração da criança e não na escola. Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente; são como a víbora surda. Salmos 58:3-4a.
Sabemos que essas são palavras duras, mas servem para mostrar que o pecado é um mal que permeia e percorre todas as partes de nossa constituição moral, bem como cada faculdade de nossa mente. A nossa compreensão, nossos afetos, o poder de raciocínio, a vontade, tudo está, em certa medida, infeccionado pelo pecado. Isaías 1:6. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, [senão] feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo.
O mal do coração do homem pode ser encoberto sob uma fina cortina de cortesia, polidez, boas maneiras ou decoro exterior, mas lá dentro ele não consegue disfarçar. Admito plenamente que o homem tenha ainda qualidades grandes e nobres e que demonstre imensa capacidade nas artes, ciência e literatura. Porém, permanece o fato de que as coisas espirituais o homem está totalmente “morto”, destituído de qualquer conhecimento, amor ou temor a Deus. Observem que cada parte do mundo dá testemunho do fato que o pecado é a enfermidade universal de toda a humanidade. Pesquisem o globo de leste a oeste e de um pólo ao outro, todas as nações de todos os climas, nos quatro quadrantes da terra, procurem em cada classe e nível social de nosso país, do mais elevado ao mais humilde, sob cada circunstâncias e condição; o relatório será sempre o mesmo: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3:23.

Tem muita gente que conhece a mensagem da cruz e continuam cegas por causa do seu orgulho mesquinho. O pecado deixa um odor terrível na vida daqueles que ainda não experimentaram genuinamente uma experiência com Cristo em sua morte e ressurreição. Pois os próprios animais, cujo odor é bastante ofensivo, não têm a menor noção de que são tão mau-cheirosos e nem parecem tais uns com os outros. Alguém já disse que “gambá cheira gambá”. E o homem caído, não tem noção do quão vil é o pecado aos olhos de Deus, cujas obras são absolutamente perfeitas. O que significam estas palavras para você: “Festeiro, extravagante, inconstante, impensado e folgado?” Essas palavras demonstram que os homens procuram enganar-se, crendo que o pecado não é tão pecaminoso quanto Deus afirma. Quantos de nós nesta manhã amamos mais estar em uma grande festa do que estar presente em uma reunião de estudo da Palavra. Vejamos o que nos diz o profeta Amós 5:21. Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. Uma vez que nascemos de novo, o nosso coração deve estar voltado somente para Deus e não nas coisas deste mundo. Santificar-se desse mundo é a mesma coisa que separar-se do mundo. Santificação é a mesma coisa que separação. Vejam a exortação do apóstolo Paulo em 2 Coríntios 6:17 Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei.
Em nossos dias, temo que não percebemos de modo suficiente a extrema sutileza da nossa doença da alma. Somos rápidos em esquecer que a tentação do pecado raramente se apresenta diante de nós em suas verdadeiras cores, dizendo-nos: “Sou teu inimigo mortal e quero arruinar-te para sempre no inferno”. Nada disso meus irmãos! O pecado aproxima-se de nós à semelhança de Judas, com um beijo ou como Joabe, com a mão espalmada e palavras de lisonja. O fruto proibido pareceu tão bom e desejável para Eva e, no entanto, fez ser expulsa do Éden. Ficar andando ociosamente no pátio de seu palácio parecia algo inocente para Davi, mas terminou em adultério e homicídio. O pecado raramente parece ser pecado quando está no início. Por essa razão, vigiemos oremos para que não caiamos em tentação. Podemos disfarçar a iniqüidade com nomes suaves, mas não podemos alterar sua natureza e caráter aos olhos de Deus. Lembremos das palavras do escritor sagrado: Pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. Hebreus 3:13. O caminho seguro para santidade é vermos o quão impuros somos. Irmãos, falo com muito amor a todos vocês: não enganem a sua própria alma! A santidade é absolutamente necessária; sem ela, vocês jamais verão o Senhor. Não é necessário que você seja importante ou rico neste mundo, mas é absolutamente necessário que você seja santo. Não importa se você tenha saúde, força, amigos, liberdade; mas é absolutamente necessário que você seja santo. Um homem poderá ver o Senhor sem que tenha prosperidade terrena, mas ele jamais verá o Senhor, a menos que seja santo. Por favor, guarde bem estas palavras: Se não houver santidade aqui, não haverá céu na vida futura, pois Deus fechará as portas da glória para todo aquele que não tiver pureza de coração. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro. Apocalipse 21:27. Amém.

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