"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O poder da oração

Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus. Atos 4:31.
Um crente que não ora é uma contradição de termos. Tal como um aborto é uma criança morta, assim também o crente professo que não ora está destituído de vida espiritual. A oração é como que a respiração da nova vida dos santos, do mesmo modo que a Palavra de Deus é o seu alimento. Enquanto a oração era um modo de vida para os primeiros cristãos, muitos hoje não utilizam essa arma poderosa e eficaz. Somos muito mais rápidos em protestar que em orar. Estamos muito mais preparados a boicotar que a crer que Deus pode agir poderosamente em nosso favor. É importante que compreendamos quão eficaz pode ser a oração para enfrentar os problemas do dia-a-dia, bem como a situação trágica e aparentemente sem esperança de nosso mundo. Aqueles que se contentam em dirigir-se formalmente a Deus, na realidade não o conhecem; e isso porque “o espírito de graça e de súplicas” jamais poderão ser separados. Deus não possui filhos mudos em Sua família de regenerados. Lucas 18:7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?
A oração deveria ser algo espontâneo para um filho de Deus. Essa imagem de oração é a que temos das Escrituras: constante, incessante, prolongada, orando em todo lugar aonde vamos, orando a respeito de tudo que acontece. A oração deveria ser como respirar. Por outro lado, quanta hipocrisia existe, onde deveria haver sinceridade! Quantas exigências presunçosas, onde deveria haver submissão! Quanta formalidade, onde deveria haver quebrantamento de coração! Quanta frieza de coração, quanta incredulidade, quanta atitude voluntariosa e quanto desejo de agradar a nós mesmos deveríamos lamentar! Aqueles que não têm consciência dessas coisas são inteiramente estranhos para o espírito de santidade. A Palavra de Deus deveria ser o nosso manual de orações. Infelizmente, porém, com quanta freqüência as nossas próprias inclinações carnais servem de regra para as nossas petições. As Sagradas Escrituras nos foram outorgadas com uma finalidade: A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:17.
Porém, permanece de pé o fato de que cada um de nós dedica tempo para qualquer coisa que consideramos imperativo. Quem jamais viveu uma vida tão atarefada como o nosso Salvador? No entanto, quem encontrava mais tempo do que Ele para orar? Se verdadeiramente anelamos por ser súplices e intercessores perante Deus, e usamos todo o tempo disponível, Ele porá as coisas em tal ordem que nos sobrará mais tempo. Irmãos, a falta de convicção positiva sobre a profunda importância da oração se evidencia claramente na vida coletiva dos crentes professos. Deus declarou com toda a clareza em Mateus 21:13b. A minha casa será chamada casa de oração. Notemos que não se trata de uma casa para “pregar” ou para “cantar”, e, sim, uma casa de oração. Nós não sabemos orar como convém. Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26.
Quero analisar com voces agora, sobre princípios da oração com poder superior. Vamos observar mais detidamente um acontecimento do livro de Atos de modo a identificar princípios importantes que nos ajudam a ser constantes e eficazes na oração. No início de Atos, o perverso rei Herodes está perseguindo a igreja, tendo já executado Tiago, o irmão de João, e aprisionado Pedro, que já estivera na prisão uma vez, mas sido miraculosamente libertado por um anjo do Senhor. Para impedir outra fuga, Herodes trancou Pedro atrás de dois portões, acorrentou-o a dois guardas e cercou-o com mais catorze soldados. Aos olhos humanos não havia maneira de Pedro escapar. O que fizeram os irmãos em Cristo diante dessa situação aparentemente sem solução? Vamos ler em Atos 12:5 Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele.
A igreja poderia ter feito muitas outras coisas, como organizar um protesto, invadir a prisão ou inundar de cartas o palácio de Herodes. Porém, em vez disso, reconheceram o poder da oração. Embora todas as portas da prisão estivessem trancadas, uma porta permanecia aberta: a porta que leva à presença de Deus. Assim, começaram a orar pela libertação de Pedro. E suas orações foram eficazes. Queridos, às vezes, nossa oração falha em honrá-lo como Deus. Muita gente ora a Deus, pensando que Ele seja um tipo de papai Noel celestial a quem apresentamos nossa lista de desejos. Ou então, o tratamos como nosso mordomo ou empregado, ordenando-o a dar-nos as coisas de que necessitamos. Ou ainda, o vemos como algum tipo de máquina de vendas celestial e pensamos que tudo que temos a fazer é apertar o botão certo, recitar fórmulas mágicas ou citar determinados versículos e solicitarmos que Ele envie algo que desejamos. É a nossa vontade que tem de ser feita e não a dEle. Porém lemos nas Escrituras: E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. 1 João 5:14.
Queridos irmãos e irmãs, que foram atraidos no corpo de Cristo, crucificados, mortos e ressurretos com Ele e que hoje tem Cristo habitando em voces me ouçam com atenção: o primeiro princípio da oração é reconhecer a quem você está se dirigindo. É com o seu Criador que você está falando, portanto trate-o com reverência. Jesus nos deixou uma oração a ser considerada por cada um de nós. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Mateus 6:9. Veja que ela inicia com respeito e reverência. “Pai nosso”, reconhece a intimidade de nosso relcionamento com Ele. “Que estais nos céus” confessa sua santidade. “Santificado seja o teu nome”, expressa nossa santidade para com Ele. Voce não precisa repetir exatamente essas palavras cada vez que for orar. Porém, ore com palavras do íntimo que expressam seu amor ao Pai. Quando nos dirigimos a Deus como Deus, é também essencial lembrar que nosso alvo é alinhar nossa vontade com a vontade dEle. Pense a respeito do pedido que você está prestes a fazer. É da vontade de Deus? Admita, não podemos sempre saber a vontade de Deus. É por isso que sempre devemos orar como Jesus orou no jardim do Getsêmani: Prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. Mateus 26:39.
Você receberá o que pedir se orar de acordo com a vontade dEle. Então o segredo é alinhar-se à vontade de Deus. Oração não é curvar Deus à sua vontade; é curvar-se à vontade dEle. Oração não é superar a relutância de Deus; é moldar-se ao seu querer. Não é estabelecer sua vontade nos céus; é estabelecer a vontade de Deus na terra. Nada está fora do alcance da oração, exceto aquilo que está fora da vontade de Deus. O Senhor Jesus tinha isso em mente em João 15:7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
Este versículo poderia ser traduzido literalmente desta maneira: “Se vocês mantiverem uma comunhão viva comigo, e minhas palavras permanecerem em sua vida, eu os ordeno pedirem sem demora algo para si, o que quer que seu coração deseje, e será de vocês”. É claro que muitos de nós se lançam a tal promessa imediatamente. Gostamos dela. Nos estimula. O que quer que meu coração deseje será meu! Porém, às vezes, passamos por cima da condição da promessa: “Se mantivermos uma comunhão viva com Ele e sua Palavra permanecer em nós, então Ele nos concederá o desejo de nosso coração”. Entretanto, se estivermos em comunhão com Deus e sua Palavra permanecer em nós, nossos desejos irão mudar. Não iremos orar por coisas frívolas e egoístas. Desejaremos o que Ele desejar para nós, começando por um desejo de ser mais como Ele e, assim, amaremos o que Ele amar e odiaremos o que Ele odiar. Por conseguinte, quando pedirmos os desejos de nosso coração, iremos receber. Salmos 37:4 Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração.
Qual é o fator que, sob a bênção do Espírito Santo, produz e promove essa alegria na oração? Em primeiro lugar, é o deleite do próprio coração em Deus, como o grande Objeto da oração; e, mais particularmente, o reconhecimento e a percepção de Deus como nosso Pai. chegar à presença consciente de Deus, contemplar a luz gloriosa de Sua face, ter comunhão com Ele diante do propiciatório, é prelibação da bem-aventurança eterna que nos espera nos Céus. Aquele que é abençoado com essa experiência pode dizer juntamente com o salmista: Quanto a mim, bom é estar junto a Deus. Salmo 73:28a.
A oração é bom para o coração, porque esse é aquietado; é bom para a fé, pois essa é fortalecida; é bom para a alma, pois ela é abençoada. A ausência dessa comunhão de alma com Deus é a raiz que impede a resposta às nossas orações. Deus, por intermédio de Jesus Cristo, está disposto e pronto a dispensar graça e misericórdia aos pecadores súplices. Não há nEle qualquer relutância que precisamos vencer. Por esse motivo é que ele é representado, em Isaías 30:18 Por isso, o SENHOR espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o SENHOR é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam. Sim, Deus espera ser solicitado por nós; Ele espera que depositemos fé em Sua pronta disposição para abençoar-nos. Seus ouvidos estão perenemente abertos para os clamores dos justos. Assim sendo, Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé Hebreus 10:22a.

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