"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 12 de dezembro de 2010

FÉ SACRIFICIAL

Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Gênesis 22:1.
Algum tempo atrás nós estudamos sobre o Caminho, onde nós tratamos sobre o nosso negar-se e tomar a cruz e seguir a Jesus. Hoje vamos analisar este Caminho, focando a vida de fé de Abraão, de onde vamos entender sobre a fé sacrifícial, que é uma fé verdadeira. Verdadeira porque foi provada. Abraão em todos os detalhes essenciais, ele é como nós. É a história de um homem que atendeu ao chamado de Deus para deixar seu país e seguir a direção apontada por seu Deus para chegar a um lugar o qual não tinha nenhum conhecimento. Abraão é para nós o protótipo da pessoa de fé, não fé como doutrina a ser ensinada e aprendida, mas certa maneira de se encontrar na verdade que ultrapassa a capacidade que tem a razão de compreender as coisas plenamente. Porque seria o fim reduzir a fé a uma explicação. O que é fé?
Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Hebreus 11:1.
A história de Abraão já desde o começo estabelece um princípio, uma atmosfera que nos ajuda a compreender que, nesse caminho que trilhamos, o dever não é a coisa mais importante, embora haja deveres a cumprir. Nem nosso futuro é a coisa mais importante, embora o nosso futuro esteja incluído na viagem. A história de Abraão é uma história sobre o caminho da fé. Dar nosso melhor e aproveitar ao máximo as oportunidades são questões periféricas, não o ponto central da história. É por isso que o caminho da fé exige repetidas provas, para que possamos discernir se estamos lidando com o Deus vivo ou com alguma fantasia ou ilusão que preparamos num cozido de cobiça e ira, de inveja e preguiça, de orgulho e avareza. Uma fé que não é provada, muitas vezes é reduzida a um sentimento, fantasia ou disposição, ou seja, um tipo de desejo elevado, uma inclinação indistinguível de um capricho e facilmente dissipada por uma rajada de vento ou pela distração de um rosto bonito.
Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios. 1 Timóteo 4:1.
Irmãos, a prova da fé implica continuo aguçamento e livramentos graciosos em relação às ilusões do diabo. A prova é realizada por meio do sacrifício, sacrifício que na vida de fé de Abraão encontra sua mais plena demonstração no ato de amarrar Isaque no Monte Moriá. Gênesis 22:9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha.
A fé sacrificial, ou seja, a fé que é acompanhada da obra, da prática, desmascara a fantasia espiritual e mostra que muitos estão vivendo uma fé de fachada. O sacrifício lança fora toda ilusão, por mais falsamente piedosa que seja, que tenha sido engendrada pelo diabo. O sacrifício arranca fora o olho avarento. O sacrifício corta fora a mão ávida. O sacrifício é uma prontidão em interromper o que quer que estejamos fazendo para construir um altar, amarrar o que quer que por acaso estejamos carregando conosco no momento, colocá-lo sobre o altar e ver o que Deus deseja fazer com esse nosso bem.
Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Gênesis 22:2.
Quando Abraão teve claro em seu coração o que é uma vida de altar, uma vida de entrega, uma vida de cruz, ele pode experimentar o que significa uma vida de abandono. Aliás, os hábitos de abandono passaram a estar profundamente arraigados em Abraão. E podemos ter toda certeza de que quando tomamos a cruz de uma maneira experiencial e não teórica, também abandonaremos as ilusões mundanas para seguirmos ao Senhor. Você já imaginou que o que nos causa peso somos nós mesmos. Quando Abraão entendeu o que era uma vida de altar, ele percebeu o quão bom era deixar tudo aquilo onde estava arraigado o seu Eu. Ele deixou Ur e Harã, deixou Siquém e Betel, deixou o Egito e Gerar, deixou Berseba. Vemos que Abraão deixou, deixou, deixou. Mas cada partida era uma forma de tornar o eu mais leve, uma purificação mais profunda de tudo aquilo que o prendiam. Este era o trabalhar da cruz na vida de Abraão para levá-lo à maturidade. Leiamos Gênesis 17:1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito. O propósito de Deus para Abraão era levá-lo a um amadurecimento espiritual, e para isso Ele operou em Abraão o trabalhar da cruz. A cada perda da vida do Eu de Abraão, Deus seguramente substituía por uma vida de recepção. Recepção das promessas, recepção das alianças, recepção dos três estrangeiros, recepção de Isaque, recepção da circuncisão, recepção do carneiro no arbusto. Irmãos, a vida de Abraão foi transformada numa vida que abandona a soberania do Eu e abraça a soberania divina. No processo de deixar para trás, Abraão tornou-se mais, percebendo aos poucos, mas de forma segura, que a renúncia é um pré-requisito da realização, que abrir mão daquela voluntariosa ferrenha abria caminho para uma vida mais elevada, em que reina a vontade de Deus, a fé. “Sem fé é impossível agradar a Deus”. A fé de Abraão é uma fé que agrada a Deus.
Hebreus 12:28 Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor.
A fé não se aprende copiando, não por imitação, não por dominar alguns “macetes de fé”. Todos somos originais quando vivemos pela fé. Quando viajamos pelo caminho de Abraão, acontece isto: a palavra “sacrifício” aos poucos deixa de ser um lamento azedo de ressentimentos e passa a ser um abraço forte de afirmação. O monte Moriá viria trazer a Abraão sua mais significativa experiência de Deus. No monte Moriá, Abraão esvaziou-se suficientemente de Abraão para receber o todo da salvação. Fé. Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. Gênesis 15:6. A fé verdadeira é a fé sacrificial. Porque ela é o único meio pelo qual se amadurece a vida de fé. De degrau em degrau, a vida sacrificial é um altar aqui, um altar ali e, isso passa a permear cada detalhe do viver; paternidade, casamento, amizade, trabalho, etc. irmãos, Abraão não se tornou nosso exemplo de fé porque alguém lhe explicou o que era fé, mas empenhando-se em toda uma vida de viagem, uma vida na estrada diariamente deixando algo para trás que era o seu Eu e ingressando Em algo novo, a soberania divina. Assim também foi a vida do apóstolo Paulo. Filipenses 3:13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão. A prova do Moriá está entrelaçada numa vida de obediência e desobediência, uma vida de fé e incredulidade, uma vida de viagem horizontal e oração vertical. O visível e o invisível estão inseparavelmente entrelaçados numa malha a que chamamos fé, crendo obedientemente na Voz, na Presença. Precisamos verificar se a prova de Moriá, nas questões relacionadas a Deus e à alma, consiste na seguinte questão: estamos usando a Deus ou estamos deixando Deus nos usar? A tentação é pensar que Deus existe para nos servir. A tentação é se aproximar de Deus como uma loja na qual o Evangelho é uma mercadoria. Amada igreja, a nossa fé, a fé do mundo todo precisa ser provada. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo 1 Pedro 1:6-7. Somos excessivamente desonestos em tramar formas de falsear as informações para documentar as provas que apóiam nossas ilusões. Quando examinamos a ficha de antecedentes de sacerdotes e templos, pastores e igrejas, missionários e missões, fica evidente que a religião, em todas as suas formas, incluindo destacadamente o cristianismo, é um perpétuo espaço de reprodução da violência, do abuso, da superstição, da guerra, da discriminação, da tirania e do orgulho. A religião e a espiritualidade são um poço sem fundo gerando ilusão, engano e opressão. Então, prova neles. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Apocalipse 2:10. Que o Senhor tenha misericórdia de nós. Amém.

QUE O NOSSO PAI CONTINUE VOS ABENÇOANDO EM SEU FILHO JESUS CRISTO.

Um comentário:

Thiago Marins disse...

Parabéns pelo blog, meu irmão - já me tornei um seguidor!

Com relação ao meu blog, estarei sempre preocupado em deixá-lo o mais atualizado possível. Atualmente estou trabalhando com consultoria num cliente, e realmente o tempo ficou bastante curto. O normal é ter um post por dia útil.

Que Deus te abençoe grandemente e que continue sendo usado por Ele para escrever no seu blog - parabéns mais uma vez.

Paz.

Thiago
http://thimarins.blogspot.com/