"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 25 de dezembro de 2011

HEBREUS: A PRIMEIRA ADVERTENCIA

Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram. Hebreus 2:1-3.
Esse texto nos mostra uma séria advertência. Segundo o irmão Stephen Kaung, a palavra de advertência ou palavra de exortação tem, pelo menos, dois significados. Por um lado, uma exortação tem como objetivo encorajar-nos a ir adiante. Por outro lado, a exortação é um aviso tentando livrar-nos do perigo de retroceder. Portanto todo propósito dessa carta é advertir-nos para que não venhamos a retroceder e voltar àquele mesmo sistema do qual fomos libertados. Através da carta aos Hebreus somos encorajados a prosseguir para a perfeição. Perfeição significa simplesmente pleno crescimento, crescimento até a medida da estatura da plenitude de Cristo.
Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo. Efésios 4:13.
Os Hebreus a quem esta carta se dirige estavam enfrentando tempos de perseguição. Do ponto de vista do Império Romano, ser cristão passou a ser considerado como crime contra o Império Romano, mas o Judaísmo, por sua vez ainda era considerado uma religião legalmente aceita por eles. Mas, ao mesmo tempo, o Espírito de Deus estava operando. Deus estava para fazer algo muito tremendo ao permitir a destruição de Jerusalém, o centro do Judaísmo e até mesmo a destruição do próprio templo, o núcleo em torno do qual o Judaísmo concentrava-se. Fica claro que essa carta foi escrita tendo este objetivo em mente: libertar os cristãos hebreus de toda e qualquer amarra ao Judaísmo e conduzi-los à plenitude de Cristo. Por esse motivo, os hebreus foram exortados a se apegar com mais firmeza as verdades ouvidas e jamais recusar Aquele que vos fala.
Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem, divinamente, os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte. Hebreus 12:25.
Precisamos pedir ao nosso Pai celestial que nos conceda visão de nosso Senhor Jesus, pois ela é algo vital para nós, é uma questão de vida ou morte. Sem visão espiritual o povo se corrompe. Quando recebemos visão espiritual somos levados a entrarmos na plenitude de Cristo e avançarmos para a maturidade.
Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus. Hebreus 6:1a.
Quando nós respondemos ao Senhor aquilo que Ele já nos concedeu, somos levados para o caminho do amadurecimento espiritual. Paulo disse que era para andarmos de acordo com aquilo que já alcançamos. Muitos andam entre nós de uma forma desconcertante, mas pela graça do Senhor esses irmãos ainda chegarão lá, e por isso não devemos criticar a esses irmãos, pois foram isso que eles alcançaram, mas devemos crer e orar pelo vosso crescimento. Nós sabemos que quando alguém crê em sua inclusão no corpo de Cristo, certamente é um filho de Deus e também é nosso irmãozinho menor que dia a dia vai crescendo mais um pouquinho, porque Deus já começou uma boa obra em sua vida.
Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo. Filipenses 1:6.
Em nosso texto base temos uma importante advertência: “importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos”. Isso indica que nós podemos nos tornar pessoas incrédulas e com isso sofrermos duras conseqüências. Lembram de Josué e Calebe? Moisés ordenou ao povo acampar-se. Foi organizada uma equipe de reconhecimento, constituída de um homem de cada uma das 12 tribos, e enviada para espiar a terra de Canaã, avaliar a posição do inimigo, e trazer informações ao exército israelita que estava de espera. Mas o relatório da maioria encheu de medo o coração do povo. O relatório que apresentavam a Moisés dizia:
Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. Números 13:27-28.
Na verdade, era uma terra linda, da qual manava leite e mel. Mas haviam encontrado gigantes, e isso eles não esperavam. Esses filhos de Enaque eram demais. Israel não tinha como derrotá-los. Dois membros da equipe apresentaram o relatório da minoria dizendo que iria ser difícil, mas com a ajuda do Senhor eles venceriam. Porém era tarde demais. O dano já havia sido causado. O povo fora tomado de pânico, e não havia jeito de convencê-los a avançar. A razão cedeu ao medo. Foi um dos mais trágicos episódios da história de Israel. Uma vez que rejeitaram as promessas de Deus, Ele tinha de castigá-los, e passaram os próximos quarentas anos peregrinando no deserto. Uma geração mais tarde, Moisés escreveu que só precisaram de onze dias para ir de Horebe a Cades-Barnéia, pelo caminho da montanha de Seir.
Jornada de onze dias há desde Horebe, pelo caminho da montanha de Seir, até Cades-Barnéia. Deuteronômio 1:2.
Visto que aceitaram o conselho dos seus temores em vez de confiar nas promessas de Deus, esta viagem de onze dias prolongou-se por quarenta anos. Em uma palavra: o problema de Israel era a incredulidade, Deus lhe havia feito uma promessa que daria a eles esta terra em
Números 33:53 tomareis a terra em possessão e nela habitareis, porque esta terra, eu vo-la dei para a possuirdes.
Porém o povo deu mais crédito à capacidade dos gigantes do que à disposição de Deus de cumprir Sua promessa. Os filhos de Israel levaram quarenta anos para fazer uma viagem de onze dias porque não haviam aprendido uma importante lição: “apegar com mais firmeza as verdades ouvidas”. Sabemos que por causa da incredulidade perdeu-se uma geração toda. Por isso que nós hoje aqui nesta manhã, devemos aprender com o erro de Israel em vez de incidir no mesmo padrão trágico da incredulidade.
Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade. Hebreus 3:12 e 19.
Incredulidade foi o problema de Israel, e sem constante vigilância, pode ser nosso também. É tolice pensar que somos mais inteligentes ou mais espirituais do que Israel. Deus fez-nos promessas da mesma forma como as fez ao seu povo do Antigo Testamento. A recusa em atuar segundo as promessas de Deus por causa da incredulidade pode levar o indivíduo a dissipar a vida no deserto da mediocridade. Em Cades-Barnéia, Deus serviu-se dos gigantes para testar a Israel. Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Hebreus 3:7-9. Deus permitiu que eles se encontrassem com os “filhos de Enaque” para que pudessem recorrer às suas promessas em vez de confiar em sua própria força e capacidade. Então Israel tentou a Deus, reagindo com dúvida e ansiedade em face de circunstâncias desfavoráveis. Isto fez com que Deus ficasse com uma ira tão aguda, que ela durou quarenta anos. Deus naquela oportunidade respondeu a oração daquele povo e concedeu o que pediram, ou seja, morrera no deserto, e Ele satisfez-lhes o desejo: seus corpos ficaram prostrados no deserto. Tinham medo do que pudesse acontecer aos seus filhos; Deus lhes disse que assumiria a responsabilidade por eles. Sobre este incidente lemos em Salmos 106:14-15 Entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão. Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma. Muito cuidado com que determinam no coração, porque certamente o recebereis. Não se pode ter pior sorte na vida do que conseguir aquilo que se deseja, quando este desejo não corresponde à perfeita vontade de Deus. Amém.

DEUS TE ABENÇOE EM CRISTO JESUS.

2 comentários:

António Ja Batalha disse...

É para mim uma grande alegria, acessar ao seu blog e ver o que escreve, continue a ser uma benção, e a escrever sempre mensagens de amor e esperança e de edificação, aproveito a convidar para fazer parte de meus amigos virtuais na Verdade Que Liberta. Mas queria pedir-lhe que siga de forma a eu poder seguir também seu blog. Deixo um faterno abraço e um desejo de um Ano Novo cheio de graça amor e paz, e que se possa lembrar sempre que o próximo precisa de si.

Renato Araujo disse...

Feliz ano novo* Para 2012 ser um ano diferente, tem que ser gerado primeiro dentro do nosso coração
um sentimento de mudança, Temos que estar disposto a aprender a ceder e dialogar, sendo assim te desejo um excelente 2012. Grande abraço.