Pela fé, Noé, divinamente avisado
das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família,
preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça
que é segundo a fé.
Hebreus 11:7
Hebreus 11:7
A lista de Hebreus, capítulo décimo primeiro, sempre nos desafia. Ela começa afirmando que “sem fé é impossível agradar a Deus” (v. 1) e conclui dizendo que Deus proveu “alguma coisa melhor a nosso respeito...” (v. 40). O primeiro nome da lista é o de Abel. O último, o “nosso”. Assim, esta lista tem um princípio, mas não tem, ainda, um fim. Ao longo da história muitos outros nomes foram encaixados nesse “nosso” e “nós” do último versículo.
Uma característica essencial para fazer parte desta lista é ser um
‘hebreu’. Não de nascimento, mas no novo estilo de vida implantado pelo
Espírito no nosso espírito.
“A palavra hebreu foi primeiramente usada em Gênesis 14:13, na ocasião
Abrão estava para lutar pelo resgate do seu sobrinho Ló. Gênesis 14:13 diz:
‘porém veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu. Abraão era um
hebreu. Como resultado de um estudo considerável, descobrimos que a raiz da
palavra hebreu significa ‘passar por’. Ela significa especialmente passar por
um rio, de uma região para outra, de um lado para o outro".
Portanto, a palavra hebreu significa um cruzador, um cruzador de rio,
alguém que cruza um rio Assim, hebreu é todo aquele que muda de lado, que passa
de uma margem para a outra, deixando para trás tudo o que ficou do outro lado.
A lista de Hebreus 11 é repleta de exemplos de verdadeiros ‘hebreus’. Pessoas
que não viveram para agradar a si mesmas, permanecendo no conforto da “margem
do rio em que estavam” quando Deus as chamou. Pelo contrário. Aqueles gigantes
da fé assumiram um estilo de vida contrário ao seu conforto pessoal e a sua
própria existência. Nem a ameaça da morte abalou a sua fé, fazendo-os
retroceder, voltar do meio do caminho e não completar o cruzamento do rio.
A ordem expressa em Hebreus é “saiamos para fora” (Hebreus 13:13). Não podemos ficar
parados, estáticos após nos tornarmos hebreus. Um hebreu é alguém que é chamado
a passar para a outra margem. Muitos começam essa caminhada. Mas param no meio
do caminho. Todavia, ficar nas águas é escolher a morte. Por mais impetuosa que
seja a correnteza, precisamos terminar de cruzar o rio.
Noé foi um autêntico
‘hebreu’. A situação em que ele vivia era tão drástica aos olhos de Deus, que
não havia nem a opção de passar a outra margem. O jeito foi construir a arca.
Não havia escolha: ou a arca ou a morte. Noé foi avisado por Deus do caos e
destruição que pairaria sobre aquela perversa geração. Sua atitude não foi de
apatia, estagnação. Pela fé ele temeu. Noé sabia que Deus o estava convocando a
se retirar daquele mundo destinado a morte e conhecia Deus o suficiente para
temer. Todavia, este não foi um medo, um temor emocional, que o levou ao
desespero, a ‘tirar por menos’. Em outras palavras, Noé não agiu como Adão. Não
duvidou de que o juízo de Deus viria. Assim, levou a cabo a ordem do Senhor,
providenciando a salvação de sua família.
Devemos atentar para Noé. A razão para isto é que Jesus nos advertiu que
estes tempos que vivemos hoje seriam ‘como nos dias de Noé’ (Mateus 24:37). Desse
modo, como ‘nos dias de Noé’ vivemos num cenário de aumento do mal, da
violência, da perversão sexual, num tempo de drástica redução do papel do homem
na sociedade e na família, numa geração de domínio feminino, no meio de um povo
obstinado, que não se importa em ter conhecimento de Deus e não se incomoda nem
um pouco em passar para o outro lado,cruzando o rio. ‘Como nos dias de Noé’ os
tempos atuais aguardam o juízo iminente de Deus. Enfim, o cenário está montado.
Como Deus contou com
uma minoria naquele tempo, parece ser assim hoje. Só que na Era da Igreja, Deus
não tem falado a um ou alguns somente. O Espírito tem incansavelmente advertido
a Igreja sobre estes dias de juízo certo. Homens e mulheres têm se levantado no
meio do povo que se auto-proclama ser de Deus para exortar sobre a necessidade
de ‘sair para fora’, de ‘construir a arca para a salvação da família’ de ser um
hebreu autêntico. Noé, ao ver que o juízo se aproximava, procurou obedecer a
voz de Deus e salvar a sua família da destruição. Não parou para ‘apenas’ orar
pelos filhos e esposa. Não ficou ‘apenas’ conversando, tentando convencê-los a
amarem a Deus. Noé agiu, pois entendeu que a única maneira de salvar a sua
família era pondo-a na arca.
Irmão, você é um hebreu? Tem fé para ser um cruzador? Tem temor a Deus
para sair para fora?
Com tristeza temos visto tantos cristãos cegos, pais e mães que não
estão construindo arca para salvar os seus filhos. Homens que se envolvem tanto
com a sua vida profissional que sequer conhecem o andamento da sua própria
casa. Mães que se assentam na frente da televisão para trazer o alimento do
diabo para os seus filhos e sequer oram e meditam diariamente com eles. Pais
que não se preocupam em separar os seus filhos das amizades impróprias, pois
tais companhias suprem a falta de tempo que têm para gastar com eles.
Pais que entregaram a educação de seus filhos a escola, mesmo sabendo
que papel no plano de satanás o ensino tem desenvolvido, semeando incredulidade
e mediocridade na vida de seus filhos, incitando-os a discordar da Bíblia e do
Deus que a legitima. Pais que pouco se incomodam pelo fato de que seus filhos
passam a maior parte do tempo sendo bombardeados pelas doutrinas do diabo. Pais
que almejam para os filhos carreira e profissão e ainda que digam que estão
‘criando os filhos para o Senhor’, vibram por vê-los crescendo naquelas áreas,
ainda que isto lhes custe naufragar na fé.
Mães que saem para trabalhar ou estudar, entregando a criação de seus
filhos a terceiros, ensinando desde cedo aos pequenos que num país de terceiro
mundo, como o nosso, não há como se viver pela fé, e que quando as coisas
apertam, dá para driblar a Palavra de Deus. Só que, à exceção de poucos
exemplos, tempos visto que a maioria dos casais não admite baixar seu padrão de
vida em prol de se investir numa real criação de filhos para Deus, que implica
tempo e sacrifício. Para esses pais e mães, roupas, sapatos, empregada doméstica,
carro, celulares e outros itens pelos quais lutam diariamente valem mais do que
criar de fato os seus filhos. Por outro lado, muitas mães estão em casa como
mortas, tendo tempo para tudo, menos para aplicar o ensino, a oração e a
disciplina em seus filhos. Muitos se contentam com os elogios que ouvem dos de
fora, pois se satisfazem a comparar os seus filhos com os filhos das trevas,
todavia, não ousam colocar seu padrão de criação de filhos sob o crivo da
Palavra.
Pais que não limitam
e controlam os meios de entretenimento dos filhos. Por que? Muitas vezes,
infelizmente, porque eles mesmos são dependentes da tv, filmes, internet para
se distrair. Não aprenderam a buscar descanso no manso e humilde Jesus. Se oram
ou lêem a Bíblia, o fazem no tempo que sobra. E muitas vezes o fazem por
obrigação, não por prazer. O entretenimento do filho de Deus deve ser o próprio
Deus. Assim, os filhos desde cedo vão aprendendo que quando estão cansados de
cumprir suas obrigações, devem desestressar vendo TV, assistindo a um filme,
ouvindo FM, "jogando conversa fora" (especialmente nas chamadas redes
sociais) e outros brinquedos elaborados pelo inferno.
Irmãos, que o Senhor
nos leve a construir a nossa arca e salvar a nossa família da ruína e
destruição. Muitos (e muitos mesmo) têm perdido os seus filhos quando estes
chegam na adolescência, pois optaram por aplicar a ‘lei do menor esforço’. Não
que sejam mal intencionados. Não que não orem por seus filhos. Não que não os
levem para os encontros com a igreja. Todavia, o problema está em que em seu
coração não se acha o temor, como aquele temor que levou Noé a construir a arca
para salvar a sua família. Deus te abençoe em Cristo. Graça e paz.
Ouça os estudos em áudio no YOUTUBE:
Um comentário:
A paz amado,gostaria de indicar meu blog:willian bugiga e o site:www.convertidos.com.br
A paz
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