"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A FORÇA DO AMOR


Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. João 21:17.
Você me ama? Como é duro ouvir essa pergunta de uma pessoa que você ama. Ela implica que você fez alguma coisa que sugere o contrário. Como responder, se suas ações falharam? A pergunta de Jesus deve ter ferido o coração de Pedro. Fazia pouco mais de uma semana que Pedro abandonara o Mestre no momento em que Jesus mais precisava. Depois de prometer que morreria por Ele, os medos de Pedro o dominavam e ele praguejou e negou que conhecia Jesus. Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais! Marcos 14:71.
Pedro sabia que não havia amado Jesus tanto quanto imaginava. E, talvez por tê-lo negado, teve dificuldade em responder. Jesus perguntou pela segunda e terceira vez: “Tu me amas?” Embora lhe respondesse afirmativamente, Pedro ficou magoado pelo fato de a pergunta ter sido repetida três vezes. E nas três vezes Jesus convidou Pedro a superar suas fraquezas e a se tornar ministro de Seu reino: “Pastoreie as minhas ovelhas”. A mensagem de Jesus era clara para Pedro: “Continuo confiando em você. Sua falha não mudou nada entre nós. Você ainda faz parte da família”. Quando Pedro negou ao Senhor, ele estava negando a pessoas errada. Mas o Senhor não se esqueceu de Pedro, pois está escrito em Marcos 16:7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse.
Por que estaria Deus querendo conquistar o amor de Pedro? É como se estivéssemos acostumados com deuses que impõem o medo. Quase todos os ídolos ou falsos deuses que o homem criou buscam submissão de seus súditos pela aplicação do puro terror. Mas e quanto ao amor? Que falso deus algum dia quis ser amado? Temido, sim! Obedecido, sim! Mas amado, nunca. No entanto, depois que Sua obra na cruz foi concluída, Jesus prosseguiu em sua busca do amor, e o procurou numa das pessoas que mais o havia decepcionado. E graças ao Senhor Pedro compreendeu este amor. 1 Pedro 4:8 Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.
O que Jesus buscava em Pedro expressa o que o Pai sempre quis, mas que Seu povo raramente compreendeu. Ele desejava o aconchego e a ternura de uma relação cheia de amor. Se o poder da cruz podia superar os defeitos humanos, então algo realmente novo acontecera. Jesus estava convidando Pedro, apesar de suas falhas, a receber a intensidade do Seu amor, que é a força mais poderosa do Universo. O amor está na essência da natureza de Deus. Na verdade, quando João resumiu o que Deus significava, ele o fez com uma afirmação muito simples: E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 1 João 4:16.
É necessário crermos em nossa morte e ressurreição com Cristo, e ficar crendo até crermos de fato. Quando cremos e ganhamos uma genuína experiência com nosso Senhor de troca de natureza, podemos então experimentar a intensidade de Seu amor, e nossas vidas será para sempre transformada. Por outro lado, se você não ama a Cristo, sinta-se à vontade para temê-Lo. Somente quando temos nossos olhos espirituais abertos perceberemos o quanto Ele nos ama, nunca mais precisaremos ter medo dEle. Em outras palavras, o nosso Pai não deseja apenas nossa obediência; Ele almeja o nosso afeto. Deus pode ter nossa obediência sem o nosso amor, mas Deus sabe que, se tiver o nosso amor, terá nossa obediência. Aliás, Ele é Salvador daqueles que lhe obedecem e quem O obedece o faz com amor. E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem. Hebreus 5:9.
Mas é uma pena que muitos ainda têm medo de Deus. Mas o medo não é a essência de Deus. Ele não teme nada. Na verdade, o medo não pode gerar a santidade que Deus deseja compartilhar conosco. O medo não tem esse poder. Para que Deus nos transforme, a fim de que sejamos como Ele, devemos acabar com o medo e aprender a maravilha que é viver em Seu amor. Com Cristo, Deus quis conquistar nosso afeto pelo que Ele é. Assim Deus pôde dispensar o nosso medo, pois sabia que jamais chegamos a amar aquilo que tememos. João descreve o medo e o amor como polos opostos. No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo. Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que existe castigo. 1 João 4:18 (NTLH).
Você pode acreditar sinceramente que o guarda rodoviário está cuidando da sua segurança, mas isso não faz com que você o ame. Na verdade, o medo de receber uma multa o leva a tomar mais cuidado na direção e a presença do guarda de trânsito lhe dá segurança. Mas isso o impede de se sentir aliviado quando ele finalmente segue em outra direção? Por mais segurança que o guarda lhe dê, não é o suficiente para que você queira se tornar amigo dele. A submissão não gera intimidade. Esse é o equívoco de muitas denominações religiosas, e é por isso que tantas pessoas nos bancos das igrejas permanecem afastadas de Deus e sem nenhuma mudança de vida. Pensamos que a submissão a Deus sempre nos aproxima Dele, quando o contrário é a verdade. Só se vivemos na segurança do amor de Deus é que Ele se torna capaz de nos transformar. Esse amor transformador é um amor manifestado. 1 João 4:9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
Temer a Deus pode nos levar a ajustar nosso comportamento aos desejos Dele, mas como o medo nos convence a agir contra a nossa vontade, ele não nos transforma. O comportamento resultante dura apenas enquanto o medo durar, e será preciso infundir mais medo para mantê-lo. É por isso que o amor cuida primeiramente de seus medos, pois o “perfeito amor lança fora o medo”. Ainda que o medo possa ser uma força poderosa, o amor de Deus é ainda mais poderoso, e diante dele nossos maiores medos são aniquilados. O amor substitui o medo do mesmo modo que a luz substitui a escuridão. Aquele que é amor habita em nós e nos traz segurança.  Isaías 41:10. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.
Deus quer que você conheça Seu amor completamente, de modo que o temor não tenha mais lugar em sua vida. Quando você estiver absolutamente convencido de quanto Deus o ama, todo medo acabará. A porta de entrada para o amor do Pai começa na cruz. Entender o que o Pai e o Filho alcançaram juntos naquele momento decisivo define de um modo que só pode ser vivenciado Nele. É o amor que permitirá que você se sinta completamente seguro na presença de Deus. Esse amor o liberta para que você seja exatamente quem é, com todos os seus defeitos, sem jamais ter de fingir diante de Deus. O diálogo entre Jesus e Pedro mostra que o apóstolo tinha muito a aprender sobre o poder da cruz. Pedro temia seus fracassos, porque não havia entendido o amor de Deus. Mas ao provar esse amor tão intenso, Pedro nunca mais precisou temer. Pois, como dizem as Escrituras Sagradas: Vocês já descobriram por vocês mesmos que o Senhor é bom. 1 Pedro 2:3 (NTLH). Amém. 

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