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sexta-feira, 28 de abril de 2017

CRESCENDO À MATURIDADE - A CEIA DO SENHOR (II)

Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. 1 Coríntios 1:9.
Não devemos pensar que a mesa do Senhor seja uma mesa literal que os irmãos coloquem no centro de seu salão de reuniões. Uma “mesa” nas Escrituras simboliza comunhão. No caso da mesa do Senhor, ela simboliza o terreno de comunhão que Deus tem para todos os cristãos, onde a autoridade do Senhor é reconhecida e a esta todos se sujeitam. É por isso que ela é chamada de mesa do Senhor. Ela simboliza o terreno espiritual sobre o qual se expressa comunhão cristã, é exibida a unidade do corpo, e onde Cristo está no meio. 1 Coríntios 8:6 Porém para nós existe somente um Deus, o Pai e Criador de todas as coisas, para quem nós vivemos. E existe somente um Senhor, que é Jesus Cristo, por meio de quem todas as coisas foram criadas e por meio de quem nós existimos (LH).
As circunstâncias em que a Ceia do Senhor foi instituída, foram circunstâncias particularmente solenes e tocantes. O Senhor estava a ponto de entrar em um terrível conflito com todos os poderes das trevas; iria enfrentar toda a terrível inimizade do homem; e esgotar, até o fim, o cálice da justa ira
de Deus contra o pecado. Tinha diante de Si um terrível amanhã, o mais terrível que jamais foi enfrentado por qualquer homem ou anjo; todavia, a despeito de tudo, lemos em 1 Coríntios 11:23b e 24a. Que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu.
Que amor mais desinteressado! “Na noite em que foi traído”; noite de profunda dor; a noite de Sua agonia e de suor de sangue; a noite em que foi traído por um, negado por outro e abandonado por todos os Seus discípulos; nessa mesma noite, o coração amabilíssimo de Jesus estava cheio de pensamentos acerca da Sua Igreja, foi nessa mesma noite que Ele instituiu a ordenança da Ceia do Senhor. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 1 Coríntios 11:26.
A partir do momento em que a alma é levada a sentir a realidade de sua condição diante de Deus a profundidade de sua ruína, culpa e miséria, sua completa e irremediável ruína, não poderá haver descanso até que o Espírito Santo revele ao coração um Cristo pleno e todo-suficiente. É esta a única solução possível, e o remédio perfeito de Deus, para nossa completa ruína. Cristo nos atrai para Si, para nos crucificar e nos dar a Sua vida pela ressurreição. Agora estamos aptos a participar da Sua mesa. Se ao menos nos lembrássemos de que o Próprio Senhor é Quem preside à Sua mesa, para dar o pão e o vinho; se pudéssemos ouvi-Lo dizer: Tomai-o e reparti-o entre vós. Lucas 22:17b.
O fato da Ceia do Senhor ter sido instituída imediatamente após a Páscoa nos ensina um valioso princípio de verdade, a saber, que os destinos da Igreja e de Israel estão inseparavelmente ligados com a cruz do Senhor Jesus Cristo. É verdade que a Igreja tem um lugar mais elevado, identificada, até, com sua Cabeça ressuscitada e glorificada; todavia, tudo se baseia na cruz. Sim, foi na cruz que o puro feixe de trigo foi moído e o suco da videira viva espremido pela mão do próprio Deus, para conceder força e alegria aos corações do Seu povo celestial e terrenal, para todo o sempre. O salmo do Messias sofredor diz exatamente isso. Leiamos Salmos 22:26 Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração.
O Príncipe da Vida tomou da justa mão de Jeová o cálice da ira, cálice de horror, e bebeu-o até o fim, a fim de poder colocar nas mãos do Seu povo o cálice da salvação, cálice do amor inefável de Deus, para que eles pudessem beber dele e esquecer a sua pobreza, e da sua miséria não se lembrarem mais. A Ceia do Senhor expressa tudo isso. Ali o Senhor preside; ali os redimidos deveriam se reunir em santa comunhão e amor fraternal, para comer e beber na presença do Senhor; e enquanto fazem isto, podem olhar para trás, para a noite de profunda angústia do seu Senhor, e olhar para diante, para o Seu dia de glória e manhã sem nuvens. É como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva. Não está assim com Deus a minha casa? Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna, em tudo bem definida e segura. Não me fará ele prosperar toda a minha salvação e toda a minha esperança? 2 Samuel 23:4-5.
A Ceia do Senhor, portanto, foi instituída para a Igreja de Deus a família dos redimidos. Todos os membros dessa família deveriam estar presentes; porque ninguém pode estar ausente sem incorrer na culpa de desobediência à ordem clara de Cristo e do Seu apóstolo inspirado; e a consequência desta desobediência certamente será declínio espiritual e um fracasso completo no testemunho para Cristo. Contudo, tais conseqüências é somente o resultado da ausência deliberada à mesa do Senhor. Mateus 22:5 Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio.
Como é triste pensarmos que os interesses materiais exercem uma influência muito mais poderosa no coração do regenerado do que a glória de Cristo e o bem-estar da Igreja! Pois é este o modo como devemos encarar a questão da Ceia do Senhor. Quais seriam os nossos sentimentos, na glória do reino vindouro, se pudéssemos recordar que, enquanto estávamos no mundo, uma feira ou mercado, ou qualquer outro atrativo mundano, tivesse ocupado o nosso tempo e as nossas energias, enquanto a assembléia do povo do Senhor, em redor da Sua mesa, fora negligenciada? Esses serão atirados em um abismo de uma interminável e inexprimível lamentação; e embora possam dizer ao Senhor: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Lucas 13:26b.
A Sua solene resposta, de partir o coração, será, enquanto lhes fechar a porta, e dizer: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades. Lucas 13:27b. A mesa do Senhor não pode ser negligenciada. Amém.

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