Dessarte,
não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher;
porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:28.
Todos os que estão unidos a Cristo em
sua morte e ressurreição são cristãos, ou seja, filhos de Deus. Os filhos de
Deus são a igreja viva de Cristo. Igreja não é um edifício, nem denominação.
Igreja significa o ajuntamento local do povo de Deus que vivem como comunidade
sob a direção de Jesus Cristo. Por ser a igreja de Cristo, ela não é nativa
deste planeta, suas origens estão em outro domínio. Por isso a vida cristã não
pode sobreviver fora de seu habitat natural. Assim como a laranjeira não cresce
na zona do Ártico, nós não podemos viver a vida cristã fora de Cristo e a igreja. 1 Coríntios 12:13 Pois,
em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só
Espírito.
Os filhos de Deus foram regenerados para
viverem em igreja. Infelizmente, hoje a fé cristã está uma grande confusão,
inúmeros cristãos estão vivendo em um habitat artificial. Eles estão vivendo em
um meio ambiente que não combina com sua espécie. Mãos humanas vêm destruindo
esse habitat. Algo artificial tomou seu lugar. O que os homens chamam de
“igreja” hoje, na maioria das vezes, não é nosso habitat celestial. Hoje tudo é
voltado para as coisas terrenas. As Escrituras nos exortam: Pensai nas coisas lá do alto, não nas que
são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta
juntamente com Cristo, em Deus. Colossenses 3:2-3.
Fora da realidade de Cristo habitando em
nós e fora da igreja, o efeito direto é uma vida espiritual atrofiada e sem realidade. Jeremias 2:13 Porque dois males
cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram
cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.
O Antigo Testamento nos dá um exemplo de
três habitats onde o povo de Deus nunca deverá viver. O primeiro habitat é o
Egito. O que o povo de Deus faz quando está vivendo no Egito (Mundo)
espiritual? Eles fabricam tijolos para um patrão estrangeiro. Lemos em Êxodo 1:13-14. Então, os egípcios, com
tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com
dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo
o serviço em que na tirania os serviam.
Em vez de construir a casa de Deus, eles
fazem uma casa para o inimigo do Senhor. O Egito representa o sistema mundial.
Fala dos tesouros deste mundo presente. Consumismo, materialismo, avareza,
comércio e paixão pelo prazer são as características mais marcantes desse
sistema. O cristão que vive no Egito vive para o prazer, põe a busca terrena acima
da busca pelo Senhor, e mergulha em busca de “nome, fama e distração”. Assim, quando um cristão vive no Egito, ele é
escravo, e constrói tijolos para um senhor que não é Cristo. E esse senhor
tirará dele cada gota de seu sangue e cada pedaço de sua carne. Não ameis o mundo nem as coisas que há no
mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15.
Outro habitat que o povo de Deus não
deve viver é a Babilônia. Babilônia é a tentativa humana de atingir Deus pela
força, sabedoria e ingenuidade humana. É também a tentativa de criar um nome
para si mesmo. De modo simples, a Babilônia é a religião organizada. O Senhor
destruiu a Torre de Babel e confundiu àqueles que a construíram. Por quê?
Porque Deus não pode tolerar o princípio da Babilônia. A sabedoria e a força
humanas são inúteis para o empenho espiritual. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. João 15:5.
O povo de Israel foi cativo para a
Babilônia e com isso se adaptaram ao cativeiro. Os setenta anos de cativeiro
chegam ao seu final. E um decreto real é lançado permitindo que os israelitas
retornem a Jerusalém. Mas a reação é muito triste. Somente um pequeno grupo de
remanescentes volta. Cinquenta mil israelitas daqueles dois milhões voltam para
a terra; apenas 2,5%. O resto permaneceu na Babilônia. Por quê? Porque haviam
fincado raízes profundas na terra estrangeira. Naqueles setenta anos, os
israelitas se tornaram muito acomodados. Eles construíram casas, começaram seus
negócios e prosperaram na Babilônia. Tinham até liberdade religiosa. Mas qual é
o recado de Deus para quem vive na Babilônia? Apocalipse 18:4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo
meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos
seus flagelos.
Para finalizar, há um terceiro habitat
falsificado. E um grande números de cristãos hoje já fincou suas tendas ali. É
chamado deserto. Cada cristão que tenta deixar o Egito ou a Babilônia irá
experimentar a transição do deserto. Não há como evitar. Agora, quanto tempo
você vai passar ali, na maior parte das vezes a decisão é sua. Depois que os
filhos de Israel saíram da cidade sagrada do Egito, eles rapidamente viajaram
para o monte Horebe. Depois vagaram pelo deserto por longos quarenta anos. Por
quê? Por causa de sua incredulidade. A epístola aos Hebreus deixa claro esse
fato. Temamos, portanto, que, sendo-nos
deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de
vós tenha falhado. Hebreus 4:1.
Aqueles de nós que deixaram o Egito e a
Babilônia precisam ser esvaziados de uma grande bagagem religiosa. A
experiência do deserto é destinada a fazer somente isso. É o lugar da
desintoxicação religiosa. O deserto é fundamental, mas não é o habitat da nova
criatura, pois nosso habitat é a terra de Canaã, ou seja, Cristo. Habite, ricamente, em vós a palavra de
Cristo. Colossenses 3:16a. Amém.
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