Eu
formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas
estas coisas. Isaías 45:7.
Houve um “tempo” quando não havia a
presença do mal no universo criado. O mal apareceu primeiro no mundo angelical
e, depois, no mundo dos homens. O Mal não é eterno. Eterno é o que é bom. Não
há nada neste mundo criado que seja produto do acaso. Nada é sem sentido no
mundo que Deus criou. A existência do mal faz parte do plano de Deus. Deus faz
com que os atos maus venham à existência, mas sempre Ele os traz à existência
por meio de Suas criaturas racionais. Todas as coisas acontecem pela vontade
decretiva de Deus. Todas as coisas existentes, inclusive os principados e
potestades que são os primeiros operadores do mal, são produto da Sua vontade
para nos abençoar. Sabemos que todas as
coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito. Romanos 8:28.
Quando Deus diz: “Eu formo a luz e crio as
trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas”. Isso
significa que DEUS chama a existência do mal pela agência das criaturas
racionais. Isso indica que os anjos, assim também, como Adão e Eva, agiram
livremente, isto é, sem compulsão exterior, apenas levados pelos seus desejos e
conveniências. O homem caiu em transgressão e, como resultado da queda, o homem
passou a ser escravo do mal. A vontade caída tornou-se uma fonte do mal no
lugar de uma fonte do bem. Porque eu sei
que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem
está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro,
mas o mal que não quero, esse faço. Romanos 7:18-19.
Segundo o texto base de Isaías, veja que
Deus diz que é Ele que “formo a luz”, “faço a paz”. “Luz” e “paz” são inerentes
a própria pessoa de Deus. DEUS é “Luz” e “paz”. As palavras: “formo” e “faço”,
são diferentes de “crio”. Aqui vemos que DEUS está aceitando a responsabilidade
pela presença do mal no meio da sua criação. A palavra: “crio” no hebraico é
bara, e é exatamente a palavra que foi usada em Gênesis 1. Essa palavra significa “trazer a existência do nada”.
Isso significa que quando Deus chamou todas as coisas inexistentes à criação, o
mal também veio a existir. Pois ele
falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir. Salmos 33:9.
Parte da maldição que se seguiu à queda
foi à expulsão do Éden. Deus baniu Adão e Eva do jardim paraíso e colocou na
entrada do Éden alguns sentinelas angelicais que empunhava uma espada
flamejante. Estes sentinelas prevenia que Adão e Eva voltassem ao jardim.
Consequentemente, o ambiente no qual eles gozavam da presença imediata de Deus
e da comunhão com ele foi retirado. E, expulso o
homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma
espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. Gênesis 3:24.
A grande questão para alguns, é como um
Deus de amor pôde permitir a entrada do mal no mundo? Alguns acham que, pelo
fato de Deus ser amor, isso elimina a possibilidade do mal ser permitido na
criação. Ao contrário, é num mundo de maldade e pecado que podemos ver o amor
de Deus ser revelado. Esse é o amor redentor de Deus. Deus é essencial e
eternamente misericordioso. Mas nunca a sua misericórdia seria conhecida se não
houvesse a manifestação do mal neste mundo. Salmos 103:8. O SENHOR é
misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno.
A misericórdia só pode ser entendida num
mundo de miseráveis pecadores. Fora do contexto do pecado jamais poderíamos ter
noção desse maravilhoso atributo de Deus. Embora Deus fosse eternamente
misericordioso, para que houvesse a manifestação da Sua misericórdia, teria de
haver pecadores necessitados dela. Efésios
2:4-6 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e
estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela
graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais em Cristo Jesus.
Alguém já disse que “o mal é simplesmente
a ausência do bem”. Tenho profunda convicção de que o mal é uma definição que o
homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal, Ele apenas
assumiu o mal. O mal é o resultado da ausência de Deus no coração dos seres
humanos. Tal e qual como acontece com o frio quando não há calor, ou com a
escuridão quando não há luz. O nosso Pai é luz e Nele não há treva nenhuma. 1 João 1:5. Ora, a mensagem que, da parte
dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva
nenhuma.
A ira de DEUS é Sua santa indignação
contra o pecado e o mal, contidos no homem. Deus vindica sua santidade na
manifestação da Sua justiça, condenando o pecado. É somente em
contraste com o pecado e o mal no gênero humano que podemos ver a evidência da
santidade e da justiça de Deus. Então, conclui-se que em Cristo conhecemos hoje
algo de Deus que Adão, em seu estado de inocência, não conheceu, e que, em
certo sentido, Adão não poderia conhecer. Mas nós conhecemos e temos toda a Sua
bondade porque Ele habita em nós. E Deus é bom. Você é filho de Deus? Então
essa Palavra é para você: Bondade e
misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na
Casa do SENHOR para todo o sempre. Salmos 23:6. Amém.
Assista os nossos estudos no YOUTUBE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário