Depois,
foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel:
Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Êxodo 5:1.
O livro de Êxodo inicia com esse povo em
cativeiro no Egito, servindo a Faraó e seus deuses. Nenhuma “Festa do Senhor”,
nem santas convocações, nem tempos de regozijo eram conhecidos por eles ali.
Eram escravos e idólatras. Aqui, vemos como é o homem em seu estado natural,
longe de Deus, no mundo e do mundo, servindo àquele que é o seu “deus” e o seu
“príncipe”: Satanás. Mas, foi para esse povo subjugado que veio a redenção.
Eles foram libertos do domínio e autoridade de Faraó, para serem o povo
escolhido do Senhor. Êxodo 19:4-5: Tendes visto o que fiz aos
egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e
guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre
todos os povos.
Essa libertação do povo de Israel do Egito
é uma linda figura da nossa libertação em Cristo no Calvário. Por que eles
foram libertos? Em primeiro lugar para celebrar uma festa ao Senhor e servi-lO
com alegria. E em segundo lugar para ser o tesouro particular do Senhor, um
povo chegado a Ele. Um povo não contado entre as nações, mas habitando só. Números 23:9 Pois do cimo das penhas vejo
Israel e dos outeiros o contemplo: eis que é povo que habita só e não será
reputado entre as nações.
O nosso Senhor está no meu meio do seu
povo, nos amparando e governando sobre nós. Não é de admirar que Moisés, o
homem de Deus, ao despedir-se deles, acampados na última etapa da sua jornada
pelo deserto, proferiu aquelas palavras sempre dignas de serem lembradas: Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo
salvo pelo SENHOR, escudo que te socorre, espada que te dá alteza. Assim, os
teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos. Deuteronômio 33:29.
O que nos chama muita nossa atenção, é que
a posição e benção de Israel são apenas sombras do lugar ainda mais elevado e
mais rico a que os regenerados deste tempo presente são trazidos em Cristo,
como descrito nas palavras brilhantes do apóstolo Paulo em Efésios 1:3: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.
Uma vez libertos da escravidão do Egito, o
coração do povo não estava mais ocupado com o pecado e insensatez do Egito, nem
gemendo por libertação; mas agora estavam desfrutando da plena salvação do
Senhor, então podiam ouvir e responder aos desejos do coração de Deus o Pai. Que
maravilha é tudo isso! Mas ainda muito mais maravilhosa é a graça de Deus no
presente, para com o Seu povo celestial. O nosso Deus e Pai não é um Ser
solitário, mas sim um Deus de comunhão, que se deleita em compartilhar o Seu
prazer com Seu próprio povo, enquanto estes se deleitam em Cristo, Aquele em quem Deus tem se comprazido. Que
privilegio é para aqueles que creram que foram mortos com Cristo na cruz, pois
estes desfrutam da comunhão com a Trindade santa. O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que
vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai
e com seu Filho, Jesus Cristo. 1 João 1:3.
Mas, será que o mundo tem nos privado
disto? Será que as coisas terrenas ocupam e envolvem a tal ponto nossos
pensamentos e sentimentos que damos pouca atenção à Palavra do Senhor? Será que
os interesses e cuidados desta vida monopolizam os nossos dias e horas de forma
que não sobra energia, nem tempo, nem coração para pensarmos e nos deleitarmos
em Deus e no Seu Cristo? Irmãos, nós somos a igreja do Deus vivo, o povo
comprado, os chamados para fora e chamados para estarmos reunidos, é chamada
para a comunhão do Filho de Deus. Fiel é
Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso
Senhor. 1 Coríntios 1:9.
Existem três festas nas Escrituras onde
multidões de todas as partes do país vinham a Jerusalém para celebrar a Páscoa,
a Festa do Pentecostes e a festa dos Tabernáculos. Mas, o que diz o Senhor acerca delas? Não são mais as festas do
Senhor, e sim as festas dos judeus. A forma exterior ali estava, mas o prazer
do Senhor havia desaparecido. Falando delas, tempos antes, Deus disse em Isaías 1:14: As vossas Festas da Lua Nova e as
vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado
de as sofrer.
O Senhor estava tão desejoso de que o Seu
povo comparecesse perante Ele, três vezes ao ano nestas solenidades, feliz e
sem preocupações, que Ele deu a Sua Palavra de que cuidaria de seus interesses
terrenos, guardaria suas esposas e seus filhos, e protegeria suas terras
durante todo o tempo em que estivessem em Jerusalém celebrando as Suas festas.
Nós bem sabemos como é impossível regozijar perante o Senhor e adorá-lO
alegremente quando as preocupações domésticas e os negócios estão oprimindo a
nossa mente. Por isso, o Senhor fez uma promessa especial, dizendo que na
ausência deles, Ele não permitiria que ninguém tomasse, ou mesmo desejasse, as
suas possessões. Porque eu lançarei as
nações de diante de ti e alargarei o teu termo; ninguém cobiçará a tua terra,
quando subires para aparecer três vezes no ano diante do SENHOR, teu Deus.
Êxodo 34:24 Amém.
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