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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A VIDA DE CRUZ NA VIDA DE ABRAÃO


Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo. Isaías 41:8.
Hoje com a ajuda do Senhor vamos tomar como base a vida de Abraão, um modelo de vida de fé e de crescimento espiritual constante. Os “altares” que Abraão levantou, o conduzem tanto a um crescimento de sua visão de Deus, quanto a um crescimento e formação do caráter de Cristo em seu homem interior. Nosso crescimento espiritual é descrito na Palavra de Deus, como um processo lento e contínuo de apropriação do caráter moral de Deus, ou seja, o caráter de Cristo. Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. João 1:16.
Sabemos que o altar no Antigo Testamento é uma figura da cruz no Novo Testamento, onde o verdadeiro Cordeiro pascal foi imolado. O nosso Senhor Jesus Cristo e a cruz são inseparáveis! Sem a cruz Cristo não é Cristo e Ele não pode nos salvar! Um altar é um símbolo nas Escrituras de adoração e consagração a Deus. Não edificamos um altar para nós mesmos, mas para adorar a Deus, oferecer sacrifícios a Ele e invocar o seu nome. O altar é símbolo de uma vida espiritual, uma vida com Deus. Abraão foi chamado “amigo de Deus”. Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. Tiago 2:23b.
Durante a vida de fé de Abraão, nós constatamos a edificação de quatro altares. Esses altares foram erguidos no processo de sua jornada interior de conhecimento de Deus e amizade com Ele. Cada um destes altares aponta para um aspecto do trabalho da cruz em nossas almas, ampliando assim a nossa consagração, ou seja, o nosso relacionamento com Deus e nossa verdadeira espiritualidade. O primeiro altar foi edificado em Siquém e podemos chamá-lo de altar da revelação. Deus revelou-se ali a Abraão. Apareceu o SENHOR a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. Gênesis 12:7.
Precisamos saber que a cruz e a revelação andam juntas. Na medida em que a cruz trata conosco, é que teremos genuína revelação de quem Deus é; de quem nós somos, do que a igreja é e do que o mundo é. Carecemos da visão real destas quatro coisas para que vivamos uma vida que seja verdadeiramente espiritual! Por outro lado, toda genuína revelação de Deus a nós implicará em cruz, ou seja, requererá que depositemos nossos corpos como sacrifício no altar de Deus. Para que aquilo que de Deus foi revelado a nós seja “formado” em nós e que não fique apenas em nosso intelecto como informação a respeito de Deus. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5:8.
O segundo altar na história de Abraão foi edificado entre Ai e Betel, e podemos chamá-lo de altar da separação. Abraão deixou Ai para trás e tinha Betel diante dele. Ai significa literalmente “monte de ruínas” e Betel significa “Casa de Deus”. Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR. Gênesis 12:8.
Aqui podemos dizer que é a vida de altar, a consagração, que permite que a cruz separe-nos do mundo, do amor pelas coisas do mundo, enfim de “tudo o que há no mundo” (cobiças, concupiscências e soberba). A cruz coloca o mundo para trás e mantém viva e clara a visão da Casa de Deus que é Betel! A cruz nos introduz na igreja como Cristo passou pela cruz e a igreja surgiu. A cruz nos separa do mundo. Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo. Gálatas 6:14 (LH).
O terceiro altar erguido por Abraão foi levantado logo após a sua separação de Ló.  Aqui temos mais um degrau na vida consagrada de Abraão. Este faz a escolha, mas por causa da contenda entre seus pastores e os de Ló, ele pede a Ló que se aparte dele escolhendo seu próprio caminho. Ló faz uma escolha de alguém que realmente não conhecia o altar! Ele escolhe “a campina do Jordão”, uma terra boa para sua prosperidade econômica, e vai armando suas tendas até Sodoma, um lugar de julgamento, pecado, figura do mundo! E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR. Gênesis 13:18.
Podemos então chamar este terceiro altar de altar da comunhão. Ele foi edificado em Hebrom que significa “comunhão, união”. A cruz habilita-nos a ter aquela incessante comunhão com Deus, uma verdadeira amizade com Deus! O quarto altar na vida de Abraão foi erguido no Monte Moriá. Podemos chamá-lo de altar da adoração. Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha. Gênesis 22:9.
Este altar reflete a vida madura de Abraão e o quanto ele já tinha aprendido diante do Senhor. É de aceitação geral entre os estudiosos de tipologia, que aqui Abraão até mesmo tipifica Deus como o Pai eterno. O que vemos aqui é um homem absolutamente rendido a Deus, a ponto de sacrificar seu único e amado filho. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos. Provérbios 23:26. Amém.  

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