"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 2 de janeiro de 2022

O OBJETIVO CENTRAL DO EVANGELHO

 "E encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo" (João 12:3).

O objetivo central do Evangelho é que o Senhor fique satisfeito. Graças a Deus o pecador tem a sua parte, mas isso não é o mais importante. O mais importante é que tudo deve ser entendido do ponto de vista da satisfação do Filho de Deus. É somente quando Ele fica satisfeito que nós também ficaremos satisfeitos. Jamais encontrei uma alma que tenha se proposto a satisfazer o Senhor que não tenha, ela mesma, encontrado satisfação. No serviço divino o princípio de nos gastarmos é o princípio do poder. Esse princípio que determina a utilidade é o princípio de nos derramarmos. Quando mais pensarmos que podemos fazer, quanto mais empregarmos os nossos dons até o limite máximo... descobriremos que estamos aplicando o princípio do mundo e não o do Senhor. Os caminhos de Deus são todos designados para estabelecer em nós esse outro princípio: que o nosso trabalho para Ele resulte em um ministério para Ele. Não digo que não vamos fazer nada, todavia, a primeira coisa para nós deve ser O SENHOR, não a obra para Ele. Como o vaso de alabastro de Maria foi quebrado para ungir ao Senhor, todos puderam sentir o cheiro da fragrância. O que isso significa? Sempre que encontrarmos alguém que realmente sofreu - que passou por experiências com o Senhor que o trouxeram ao limite de si mesmos, mas em vez de procurar libertação, se prontificaram a ficar "aprisionados" por Ele, encontrando no Senhor sua satisfação (e em nada mais), ficamos conscientes de alguma coisa. Imediatamente nossos sentidos espirituais percebem o doce sabor de Cristo. Algo foi esmagado, algo foi quebrado naquela vida, e por isso sentimos o perfume. Não falo do que nós somos, nem do que nós fazemos, nem do que nós pregamos. Talvez já tenhamos pedido muito ao Senhor que nos usasse para comunicar aos outros Sua mensagem. Acredite que essa oração não é necessariamente um pedido para receber o dom de pregar ou ensinar. Expressa o desejo de podermos, nas nossas relações com os outros, transmitir Deus, a Sua presença, a percepção de Sua pessoa. Não poderemos produzir essas impressões de Deus nos outros sem que tudo em nós tenha sido quebrado aos pés do Senhor. Uma vez alcançada essa condição, Deus começará a usar-nos para criar nos outros uma sensação de fome espiritual, mesmo sem haver em nossas vidas demonstrações externas muito visíveis de estarmos empenhados em tão preciosa obra. As pessoas sentirão perto de nós o perfume de Cristo. O menor santo do corpo sentirá. Perceberá que está com alguém que tem andado com o Senhor, que tem sofrido, que não tem se movido livremente, de forma independente, mas sabe o que é entregar todas as coisas para Ele. Este tipo de vida gera impressões, e essas impressões produzem fome, e a fome leva os homens a continuar a sua busca até que serão trazidos, por revelação Divina, à plenitude de vida em Cristo. Deus não nos põe aqui, primeiramente, para pregar ou para fazer um trabalho para Ele. A primeira razão porque ele nos põe aqui é para criar fome nos outros por Ele. É isso, acima de tudo, que prepara o terreno para a pregação. Deus não começará qualquer trabalho em uma vida sem que, inicialmente, seja criado um sentimento de necessidade. Mas como isso pode acontecer? Não podemos usar de força para injetar apetite espiritual nas pessoas, nem as obrigar a ter fome. A fome precisa ser gerada nos outros por meio daqueles que geram essas impressões de Deus. Esta questão da nossa influência sobre os outros depende de permitirmos que a Cruz faça sua obra total em nós, até que possamos satisfazer o coração de Deus. O Senhor nos conceda graça para que possamos aprender a agradar-Lhe. Quando, como Paulo, fizermos disso o nosso alvo supremo (2Co 5:9), o Evangelho terá realizado o Seu propósito. Amém!

 

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