"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sexta-feira, 25 de março de 2022

O PERFUME DO CRISTÃO

"E encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo" (Jo 12:3).

"Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem" (2 Coríntios 2:15).

 

 Quando o vaso de alabastro de Maria fora quebrado para ungir ao Senhor, todos podiam sentir o cheiro da fragrância. O que isso significa? Sempre que encontrarmos alguém que realmente sofreu - que passou por experiências com o Senhor que o conduziram ao seu limite, mas que em vez de procurar libertação, se prontificaram a permanecer "aprisionados" por Ele, encontrando no Senhor sua satisfação (e em nada mais), ficamos conscientes de alguma coisa. Imediatamente nossos sentidos espirituais percebem o doce sabor de Cristo. Algo foi esmagado, algo foi quebrado naquela vida, e por isso sentimos esse perfume.

Não falo do que nós somos, nem do que nós fazemos, nem do que nós pregamos. Talvez já tenhamos pedido muito ao Senhor que nos usasse para comunicar Sua mensagem aos outros. Acredite que essa oração não é necessariamente um pedido para receber o dom de pregar ou ensinar. Ela expressa o desejo de podermos, nas nossas relações com os outros, transmitir Deus, a Sua presença, a percepção de Sua pessoa. Não poderemos produzir essas impressões de Deus nos outros sem que tudo em nós tenha sido quebrado aos pés do Senhor. Uma vez alcançada essa condição, Deus começará a usar-nos para criar nos outros uma sensação de fome espiritual, mesmo sem haver demonstrações externas muito visíveis em nossas vidas de que estarmos empenhados em tão preciosa obra. As pessoas próximas a nós sentirão o perfume de Cristo. O menor santo do corpo sentirá. Ele perceberá que está com alguém que tem andado com o Senhor, que tem sofrido, que não tem se movido livremente, de forma independente, mas sabe o que é entregar todas as coisas para Ele. Este tipo de vida gera impressões, e essas impressões produzem fome, e a fome conduz os homens a continuar a sua própria busca até que serão trazidos, por revelação Divina, à plenitude de vida em Cristo. Deus não nos põe aqui, primeiramente, para pregar ou para realizar uma obra para Ele. A primeira razão porque ele nos põe aqui é para criar uma fome por Ele nos outros. É isso, acima de tudo, que prepara o terreno para a pregação. Deus não começará qualquer obra em uma vida sem que, inicialmente, seja criado um sentimento de necessidade. Mas como isso pode acontecer? Não podemos usar de força para injetar apetite espiritual nas pessoas, nem obrigá-las a ter fome. A fome precisa ser gerada nos outros por meio das pessoas que geram essas impressões de Deus. Esta questão da nossa influência sobre os outros depende de permitirmos que a Cruz faça sua obra completa em nós, até que possamos satisfazer o coração de Deus. O Senhor nos conceda graça para que possamos aprender a agradar-Lhe. Quando, como Paulo, fizermos disso o nosso alvo supremo (2Co 5:9), o Evangelho terá realizado o Seu propósito. Amém.


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