"Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele." 1ª Co.8:6.
A cada nova geração dos filhos de Deus há o desafio de buscar, de forma independente, a melhor maneira de viver segundo as Escrituras. Para tanto, haverão de utilizar como alicerce os princípios imutáveis da Palavra de Deus. Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. (Tiago 1:17). Todo arcabouço de valores, que obtemos através das instruções recebidas de nossa família, desde o nascimento até a completa formação de nosso caráter, é composto pelos princípios que nossos pais receberam de suas famílias e, entenderam serem importantes para nos ensinarem. Porém, assim como eles, nem tudo que aprendemos, passaremos adiante, mas, todo ensinamento que provém do alto - do coração de Deus - esse, deve ser totalmente ensinado às gerações futuras. "Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração. Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, deitando-te e levantando-te. Também as atarás na tua mão por sinal, e te serão por faixa entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais da casa, e nas portas." (Dt.6:6-9). Esse discernimento sobre as escolhas que fazemos como pais, sobre os princípios e valores que devem vir a fazer parte da formação moral, espiritual e comportamental de nossos filhos, nos é imputado de acordo com o nosso grau de dependência e comunhão com Deus, nosso Pai.
Ora, se em nosso Deus não há mudança e nem sombra de variação, quem pensa diferente, ou seja, que os critérios de Deus são antiquados e podem ser colocados de lado, irá com certeza expor o casamento e a vida familiar ao fracasso. Cada geração deve considerar a Palavra de Deus, com oração e depois colocar em prática os seus princípios imutáveis. Em Mt 24:35 Jesus nos diz: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão."
O Nosso Deus é eternamente o mesmo, e como diz as Escrituras, a Sua fidelidade e misericórdias duram para sempre. "Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade." (Sl. 100:5)
Às vezes, você pode ter a sensação de impotência em relação à sua dependência da soberania de Deus. Você pode achar que seus esforços estão sendo em vão. Porém jamais se esqueça que essa obra é do próprio Deus, pois, assim como está escrito: "Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais..." (Mal.4:6), Ele o fará.
Vivemos no mundo, onde o apelo à prática do pecado é muito forte, e se não estivermos fincados na "rocha" que é Cristo, Nosso Senhor, dificilmente obteremos livramento da parte Deus nas nossas necessidades. Não porque Deus não queira, mas porque nós estaremos à deriva sob a nossa própria dependência. Vejam a prova da importância do senhorio de Cristo nas nossas vidas, quando Ele próprio, intercedendo em favor dos discípulos, assim orou: "Estando eu com eles no mundo, guardei-os no nome que me deste. Nenhum deles se perdeu..." (João 17:12)
Experimentar significa ter experiência, convivência, comunhão, intimidade com o mestre. O pai que experimenta a paternidade do Pai possui muito mais autoridade - prerrogativa daquele que conhece o autor - para ensinar aos seus filhos os princípios da criação, da redenção e da eternidade com Deus.
Jó foi para nós, um exemplo de sacerdote em seu lar, pois, tinha total dependência no Senhor e intercedia por sua família. "Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente." (Jó 1:5). A intercessão de Jó foi sem dúvida de grande valia para sua família. A intercessão ainda é, nos dias de hoje, um privilégio e um instrumento poderoso reservado para os pais cristãos.
Conhecemos uma expressão destruidora do mundo que diz: "Faça o que eu digo e não faça o que eu faço", mas os pais crentes são edificados justamente por terem a Palavra incorruptível de Deus como alicerce das suas vidas, e, por conseqüência, da vida de sua família: "pois fostes regenerados não com semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora esta é a palavra que vos foi evangelizada." (1ª Pe.1:23-25).
O mais importante, porém, é levar os vossos filhos ao conhecimento de Jesus, ou seja, apresentar a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Para tanto, é preciso que o seu testemunho dentro do lar, que a sua vida na sociedade e sua conduta, sejam sempre pautadas pelo viver na suficiência de Cristo.
Como diz nosso texto inicial de I Coríntios 8: 6 - "todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele." (grifamos). Qualquer coisa fora dessa verdade provém do maligno. Temos uma decisão importante e de muita responsabilidade a tomar em nossas próprias vidas e essa é de vida ou de morte, de bênção ou de maldição, e influenciará, diretamente, não só a nós mesmos, mas também aos nossos filhos e aos filhos de nossos filhos.
Ensinar nossos filhos a amar o Senhor Jesus, viver uma vida de comunhão com o Espírito e de querer conhecer mais e mais o Pai Celestial é nosso alvo maior. No Salmo 78:4 nos dá uma maneira graciosa de fazermos isso: "Não encobriremos aos seus filhos; mostraremos a geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez."
No meio de um mundo embrutecido pelo pecado, o povo de Deus promove uma geração cheia de esperança, alegre e integra. Um povo escolhido para espelhar a glória e o amor de Deus. Uma nação santa que tem promessa de vida eterna e que sabe seu destino. Este é o desejo do Pai Celestial . Ele nos criou, nos salvou do pecado pela regeneração em Cristo e nos deu seu Espírito para nos capacitar, ensinar e guiar em todas as coisas. 2Co 3: 4 e 5 - E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus. Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus.
Abençoa o teu filho. Ensina-o a amar a Deus e ao próximo de todo coração. Mostre-lhe o caminho. "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele." (Pv.22:6). O caminho é Cristo, nosso amado, em quem não há sombra de variação como o Pai. Apresentando o Filho aos nossos filhos estamos apresentando o Pai.Jo 14:6 e 7 "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu pai. De agora em diante o conheceis, e o vistes."
Deus quer o melhor para nós! O melhor Dele é Cristo. Ele diz: "Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência." Dt.30:19.
Aquele que nasce apenas uma vez morre duas vezes, mas o que nasce de novo ganha a vida eterna junto do Pai celestial. Que nossos filhos possam ver a vida do Filho de Deus em nós e conhecerem o Pai. E que Deus na Sua infinita graça, possa nos capacitar com a revelação do Espírito Santo para esta graciosa tarefa. Amém.
Mário Cotta - 19/10/2007
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