"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 11 de janeiro de 2009

PRIMEIRO PECADO - PRIMEIRO MEDO

E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Gênesis 3:9-10.
Está claramente escrito que o Senhor Deus desceu ao jardim para falar com Adão, na "viração do dia", ou seja, cedo pela manhã. Porém, como agora o temor controlava Adão, procurou ele evitar Deus, escondendo-se entre as árvores do jardim. Naturalmente que sabemos o que o fez ficar receioso. Ele tinha comido da árvore proibida, rebelando-se assim contra Deus. Rebelião contra Deus é pecado. Adão temia antes de experimentar do fruto da árvore proibida? Tinha ele medo antes de pecar? Essa é a chave que nós cristãos devemos usar para avaliar os problemas de culpa, preocupação, ansiedade, o chamado nervosismo ou ataque de nervosismo, e muitos outros problemas associados com o sofrimento mental daqueles que são dominados pelo medo. O homem ou mulher que teme não está em harmonia per­feita com o Senhor, pois: No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 1 João 4:18.
Quando Adão pecou contra Deus, estabeleceu um padrão emocional para cobrir a culpa, o medo e o pecado, e que está sendo usado pelos seus descendentes até à presente geração, seis mil anos mais tarde. Adão não se voltou arrependido para Deus, a Quem tinha ofendido, para pedir-Lhe perdão; mas tentou cobrir sua culpa e pecado, apelando para seus próprios esquemas. Lemos em Gênesis 3:7. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Essa foi a solução encontrada por Adão para encobrir a nudez e o pecado do casal. Os esquemas criados pelo próprio homem para encobrir o pecado não têm efeito duradouro sobre a consciência culpada. Os sedativos e as novas drogas tranqüilizadoras amortecem o cérebro;. os prazeres sensuais distraem a mente dos cuidados e das preocupações, e os passa-tempos mantém a mente ocupada; mas todas essas coisas são medidas temporárias, inventadas pelo homem. Salmos 107:17. Os loucos, por causa do seu caminho de transgressão e por causa das suas iniqüidades, são afligidos.
Pessoas temerosas e nervosas há que parecem obter algum alívio enquanto estão fazendo alguma coisa para si mesmos. Esse ímpeto de fazer alguma coisa é um anseio sa­tânico para manter a mente ocupada. Contudo, os esquemas criados pelo próprio homem para encobrir o pecado não pode proporcionar paz à mente, enquanto a alma não for purificada de sua culpa. Nada menos que o sangue derramado por Cristo pode purificar a consciência culpada. A Bíblia diz em Hebreus 9:14. Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Não há registro bíblico que ensine que Adão sentia medo enquanto amava e comungava com Deus. Seu medo apareceu somente depois de seu pecado. Os crentes espirituais testificam dessa mesma verdade hoje em dia: Enquanto amam a Deus e meditam sobre Sua vontade relativa às suas vidas, não sen­tem medo. As Escrituras afirmam: Busquei o SENHOR, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores. Salmos 34:4.


Quando uma pessoa que teve uma genuína experiencia de morte e ressurreição com Cristo, e por alguma maneira ela venha a temer, imediatamente recorre ao Espírito Santo para sondar o seu coração para ver qual o motivo deste temor que há entre sua própria pessoa e Deus. Por outro lado o crente mundano, visto que ama mais ao mundo que a Deus, traça um esquema "que pa­rece reto ao homem", quando deseja agradar a antiga natu­reza sensual. Quando indivíduos nervosos e cheios de temor, ansiedades e preocupações são tentados a se afastar de Deus, não são cegos. Estão tão conscientes ao quebrar sua comunhão com Deus como Adão estava, quando caiu em transgressão. Mas, tal como Adão, procuram cobrir-se com aventais, fruto do seu pró­prio esforço. Eles não são consumidos porque Deus é longânimo e bondoso e não os consome quando voltam suas afeições d'Ele para o mundo de Satanás. Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Romanos 2:4.
Esses indivíduos conservando-se ocupados com seus próprios esquemas, são capazes de cauterizar suas consciências por meses e anos, até que elas se tornam insensíveis, ou até que percebam que estão vencidos pelo medo e pelos temores. Então clamam por so­corro, fazendo seus amigos acreditarem que seu nervosismo (temor) apareceu subitamente. Mas isso nunca surge da noite para o dia. Tem saltado de um esquema para outro, até que não há mais planos capazes de aquietar a alma em luta que por tanto tempo tem estado afastada de Deus. Os pecadores, então, gritam: Deus me parece tão longe; não posso alcan-çá-Lo. Ele não ouve minhas orações. Basicamente todos os crentes que sofrem de temores têm um denominador comum: estão fora de comunhão com Deus. Ao ter surgido a primeira sugestão de medo, deveriam ter percebido que não estavam andando em intimidade com Deus. Qualquer que seja o caso, a pessoa que está fora da comunhão com Deus, ela é dominada pelo medo e vive tão absorvida com seus próprios temores que sua mente é capaz de entender apenas uma pequena porção de tudo quanto lhe é dito. Isso significa que a grande e esmagadora porção de seus pensamentos é voltada para seu próprio "eu", contudo, ainda se consideram sábios. Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR; que sabedoria é essa que eles têm? Jeremias 8:9.
Os cristãos salvos pela graça de Deus não têm a menor esperança que os perdidos possam ajudá-los em seus problemas de temor e an­siedade, porque sabem que os não-crentes não entendem nada dos problemas da alma. Todos que passaram pela cruz e morreram em Cristo, são "embaixadores de Cristo", intercedendo ao Pai a favor daqueles que se acham de-premidos pelos temores. É o amor redentor de Deus, na nova criatura, que o faz capaz de interceder perante Ele a favor de outros cristãos que porventura estejam aprisionados ao temor, sempre conscientes ao fato que foi somente pela graça de Deus que nós mesmos temos sido ensinados e fortalecidos para nos apro­priarmos da fé que Deus dá, assim ficando capazes de evitar os engodos que o levaram a tropeçar em armadilhas. Certo dia Simão Pedro fez uma pergunta ao Senhor Jesus, pergunta essa que todo filho de Deus faria bem em também perguntar ao Senhor, ao se tornar necessário pedir auxilio em tempos de sofrimento: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; João 6:68.
Quanto mais mundana for uma pessoa em sua maneira Cristã de viver, mais se ressente ao ouvir a verdade que provocou seu medo; por isso é muito cautelosa na seleção de seu conselheiro. Os crentes mundanos são inclinados a voltar-se para as psicologias humanas, que dão paz ao sofredor "como o mundo a dá", ou seja, um ajustamento ao mundo presente que os afasta mais ainda de Cristo. Essas situações são lamentáveis, mas o crente não deve esperar que o perdido possa ajudá-lo em seus problemas. Não é justo esperar que tais conselheiros sejam capazes de compreender as coisas espirituais, as quais só podem ser discernidas pelo Espírito Santo que no filho de Deus habita. É uma rebelião, da parte de filhos redimidos de Deus, comprados pelo sangue de Cristo, abandonar a Ele e voltar-se para o mundo para resolver os problemas espirituais. 1 Coríntios 2:15. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Os cristãos alcançados pela graça de Deus confiam em Cristo que Ele os guiará, à semelhança de nossos pais terrenos, que nos tomavam pela mão para transpormos obstáculos difíceis e perigosos, quando éramos crianças. Isso não fazia desaparecer o objeto que nos infundia temor, nem nos fazia esquecer do mesmo; porém, não tínhamos mais medo, porque confiávamos em nossos pais. Assim também, visto que somos de Cristo, Ele nos guia e somos vencedores sobre essas coisas. Temos um Deus todo Poderoso que habita em nós e que nos toma pela nossa mão direita e diz-nos para não temermos.. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. Isaías 41:10. Também podemos considerar em Salmos 23:4. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.
Uma vez que morremos com Cristo, temos plena consciência de que ele mesmo levou todas as nossas enfermidades, que são caracterizadas de temores e uma série de doenças oriundas da alma. Uma vez que ganhamos nossa libertação em Cristo, devemos cultivar a oração e a comunhão com Deus, mediante a Sua Palavra, que são essenciais para que sejamos capazes de vencer todos os temores. Agora, por favor, entendam uma coisa: nem todo temor é mal em si mesmo. Há um cer­to temor que é um instinto dado por Deus, pelo qual Ele nos protege dos perigos potenciais que ameaçam nossos corpos. Se não fosse esse temor, seriamos constantemente feridos. Isso não significa que devamos viver temendo diariamente sobre o que possa suceder conosco, mas significa que precisamos con­fiar em Deus para nossa segurança física e espiritual. Nada pode aconte­cer ao cristão sem que Cristo tome interesse pelo fato pois Ele vive em nós. Irmãos, não consideres coisa estranha quando notares que estás sentindo algum temor. Muitos santos bíblicos foram perturbados com o temor; contudo, não foram dominados ou ven­cidos pelo mesmo. O apóstolo Paulo diz: Porque, chegando nós à Macedônia, nenhum alívio tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro. 2 Coríntios 7:5. Paulo não deixou que esses temores o vencessem. Antes, venceu os mesmos pelo Espírito de Cristo, que nele habitava. "Temor" e "não temais" não são paradoxais para o cristão. Há um certo temor, referido na Bíblia Sagrada, que só po­de ser experimentado pelo crente espiritual. "O temor do Se­nhor" não é algo espantoso como a expressão talvez deixe sub­entender. Não se trata de um temor provocado pela visão da ira de Deus. Pelo contrário, é um temor reverente e um dese­jo envolvente de servi-Lo, de estar com Ele e de nunca sepa­rar-se d'Ele. O TEMOR DO SENHOR EXPULSA TODOS OS OUTROS TEMORES. AMÉM.

Pr. Claudio Morandi.

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