"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 31 de janeiro de 2009

A RELEVÂNCIA DO EVANGELHO

Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 2 Coríntios 4:3-4.
O evangelho de Jesus Cristo confronta e desafia o mundo moderno com a declaração de que somente o evangelho tem a resposta para todas as perguntas do homem, bem como a solução para todos os seus problemas. Em um mundo que procura saída para suas tragédias e tribulações, o evangelho anuncia que a solução já se acha disponível. Em um mundo que olha ansiosamente para o futuro e que fala em planos relativos a ele, o evangelho proclama que esta busca por outra saída não apenas está errada quanto à sua direção, como também é inteiramente desnecessária. O evangelho denuncia o hábito fatal de colocarmos as nossas esperanças em algo que virá a acontecer e afirma que tudo quanto é necessário para os homens, individual e coletivamente, já foi posto à disposição da humanidade há quase dois mil anos. Pois, a mensagem central do evangelho para os homens é que tudo quanto é imprescindível para a salvação deles se encontra na pessoa de Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus. O evangelho proclama que Cristo é a revelação plena e final de Deus. Em Cristo, em sua vida e em seus ensinamentos vemos aquilo que o homem deve ser e qual o tipo de vida que ele deve viver. Na morte de Cristo sobre a cruz, podemos ver o pecado do mundo finalmente desmascarado e condenado. Através de sua morte e nossa co-crucificação com Ele, vemos o único meio pelo qual o homem pode reconciliar-se com Deus. É exclusivamente dEle que podemos receber vida nova, obtendo um novo começo e filiação. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome. João 1:12.
No entanto, todos temos consciência de que a expiação operada por Cristo, conforme apresentada nas Escrituras, é altamente desagradável para a mente moderna. Não existe razão tão freqüentemente apresentada, como explicação para a rejeição do evangelho, quanto o fato de que ele é antiqüíssimo. Em geral, as pessoas deste século consideram que os crentes se acham nessa posição ou por serem lamentavelmente ignorantes ou, então, por se terem tornado retrógrados e se recusarem a enfrentar os fatos. Para o homem moderno, nada é tão ridículo como a sugestão de que tudo quanto ele precisa hoje em dia, é de algo que vem sendo continuamente oferecido à humanidade por quase dois mil anos. Na realidade, o homem moderno recebe como insulto a afirmação de que, apesar de todo o seu conhecimento, progresso e sofisticação, espiritualmente falando ele permanece precisamente na mesma condição na qual têm estado todos os homens, através da longa história da humanidade. Ele supõe que qualquer coisa que seja muito antiga não pode ser adequada para satisfazer as necessidades da situação moderna. Por esse motivo, a vasta maioria das pessoas nem ao menos pára, a fim de considerar o evangelho. Argumentam elas que algo tão antigo não pode ser relevante para os nossos dias, porém a Bíblia diz que: À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva. Isaías 8:20.
Aqui a relevancia está em Sua Palavra e não no mero conhecimento acadêmico que sozinho não pode revelar-nos o evangelho da graça. A vida eterna está justamente em conhecer uma Pessoa, conforme diz João 17:3: E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Uma das grandes tragédias do mundo atual é que as teorias estão sendo igualadas aos fatos, e meras hipóteses estão sendo aceitas como verdades. Muitos daqueles que descrêem da própria existência de Deus e que negam a divindade de Cristo, Aquele que é miraculoso e sobrenatural, fazem-no com base na palavra de certos cientistas bem conhecidos, que se recusam a crer em tais verdades. As asseverações dogmáticas de tais cientistas estão sendo aceitas como se fossem fatos concretos, embora, na realidade, não passem de teoria. Nenhum cientista tem conseguido provar, nem poderá fazê-lo, que Deus não existe, que Jesus de Nazaré não era, de forma singular, o Filho de Deus e que Ele não operou milagres. Ninguém pode provar que não existe vida após a morte física, o julgamento final e o inferno. Tão-somente podem dizer que não acreditam nesses fatos. Mas a descrença deles, por mais audível e confiantemente proclamada que seja, não serve de comprovação. Portanto, nada existe de tão anticientífico quanto o modo como as pessoas estão confundindo hipóteses com verdades e teorias com fatos. De fato esses grandes “sábios” de hoje são como Jó antes da sua conversão: Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Jó 42:3b.
Essa é a posição defendida, no momento, por grande número de pessoas. O que podemos responder a um argumento assim? Começamos a nossa resposta concordando inteiramente com os fatos mencionados. Não faz parte da pregação do evangelho negar os fatos, e o crente no evangelho não é tolo. Tem plena consciência dos avanços obtidos em muitos ramos do conhecimento humano. Está cônscio dos desenvolvimentos ocorridos em muitos setores da vida; no entanto, continua a confiar no antigo evangelho. Entretanto, vamos à questão de maneira positiva. Queremos apresentar as razões para continuarmos crendo na mensagem do antigo evangelho, em um mundo moderno. A primeira razão para tanto é que o homem, em si mesmo, não tem mudado em nada. Gênesis 6:12. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.
Trata-se de um livro antiqüíssimo, mas seus personagens são, em todos os pontos, iguais ao homem moderno. Consideremos, por exemplo, Caim, homem que sentia tanta inveja de seu irmão ao ponto de assassiná-lo. Porventura não há homens assim no mundo moderno? Ponderemos, em seguida, sobre um homem como Esaú, que parecia interessado apenas em comer e beber. Não haverá pessoas como Esaú, no mundo moderno? Basta-nos ouvir as conversas das pessoas em lugares públicos para descobrirmos a resposta. Ou, então, observemos um homem como Jacó, que ansiava por obter sucesso e prosperidade, mas cuja avareza era tão grande que não hesitou em defraudar a seu próprio irmão. Porventura Jacó se tornou um tipo extinto? Pensemos também em Davi, rei de Israel. Lembremo-nos de como, certo dia, assentado no pátio superior de sua casa, viu a esposa de outro homem. Ficou atraído por ela e a desejou. Resolveu possuí-la e provocou a morte de seu marido, a fim de que pudesse tê-la. Não haverá homens dessa categoria, no mundo moderno? Assim poderíamos prosseguir, examinando cada um dos personagens do Antigo Testamento. Praticamente, em todos os exemplos estaríamos vendo retratado o típico homem moderno. Romanos 3:12-13. Todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios.
Mas alguém questiona: "Certamente há algum equívoco nessa apresentação. Você não viu ainda o homem moderno cruzar os ares de avião, a setecentos quilômetros por hora? Estará sugerindo que ele é idêntico ao homem que costumava viajar à pé, a seis quilômetros por hora?" Espere um momento! Pensemos nestes dois homens. Lá vão eles, um em alta velocidade e outro a seis quilômetros por hora. A questão vital a ser respondida é: em cada caso, qual é o objetivo da viagem? O que há de mais notável é que o objetivo é precisamente o mesmo, em ambos os casos. Eles viajam ou em busca do amor, ou da guerra ou de negócios, ou, então, pretendem divertir-se. Só há uma única verdadeira diferença entre esses dois homens: é a velocidade com que se dirigem ao mesmo alvo. Verificamos que todos os pecados cometidos no mundo moderno, encontram-se mencionados no Antigo Testamento; ou, vice-versa, todos os pecados mencionados no Antigo Testamento são cometidos pelo homem de nossos dias. O homem, em si mesmo, nunca muda. Continua o mesmo indivíduo contraditório que sempre tem sido, desde a queda original. E essa é a nossa principal razão para continuarmos a apresentar ao homem moderno a revevancia do antigo evangelho de Jesus Cristo.: Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios. 1 Coríntios 1:22-23.
Deus não mudou! Ora, quando percebemos, conforme temos procurado mostrar, que o problema crucial do homem é o seu relacionamento com Deus, vemos então a total futilidade da questão de antigüidade e de datas. É nesse ponto que vemos com toda a clareza quão insensato é rejeitar o evangelho simplesmente por causa de sua antigüidade. Alguém já salientou admiravelmente bem esse particular, quando disse: "O tempo não deixa rugas na testa do Deus eterno”. Não há dúvida que existe hoje um novo cenário para os problemas, quer sejam econômicos, políticos ou educacionais, quer digam respeito à falta de moradias ou à maneira de contornar as greves. Todos esses problemas, no entanto, são temporários. Quando eles se findarem restará aquela situação inevitável, na qual nos veremos face a face com o Deus eterno, o Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. Tiago 1:17b.
O problema crucial do homem não é a sua própria pessoa, nem a sua felicidade, nem as condições que o circundam, enquanto se encontra neste planeta. O problema crucial do homem é o seu relacionamento com Deus, tanto agora como na eternidade. Deus é eterno, imutável e absoluto. Por conseguinte, quão grande tolice é argumentar que o homem moderno necessita de um novo remédio ou de uma nova modalidade de salvação, ao invés do "evangelho da glória do Deus bendito", o qual se acha, exclusivamente, em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. É somente e sempre em Cristo que encontro satisfação. Somente nEle que os meus problemas são solucionados. O mundo, com todos os seus métodos, não pode ajudar-me em meu momento de maior necessidade. Mas Cristo nunca falha. Ele, em todos os aspectos, sempre nos satisfaz. Cristo continua sendo a única esperança para cada um dos homens; a única esperança para o mundo inteiro. O evangelho ainda é relevante? Sua antiga mensagem continua adequada? A resposta é que somente o evangelho é relevante. Somente ele pode cuidar dos problemas do homem e dar-lhes solução. No qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos. Colossenses 3:11. Uma vez que temos Cristo, temos tudo e quem tem tudo não precisa de mais nada, porque tem tudo e esse tudo é Cristo. Amém.


Pr. Claudio Morandi

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