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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Educação de filhos segundo a Bíblia

Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. Colossenses 3:20.
Os pais desejam que seus filhos lhes obedeçam, quando solicitam algo deles, e, no entanto, poucos obtêm deles obediência. Muitos ficam tão desanimados e frustrados, que passam a achar que é impossível que os filhos obedeçam. Certa vez perguntaram a uma senhora se ela sabia o que fazer para conseguir que os filhos obedecem, e ela respondeu: “Pelo que sei, o único modo de ter filhos obedientes é não ter filho nenhum”. Onde está o erro? Por que tantos acabam sucumbindo à raiva, frustração, desespero e crueldade no que tange à criação dos filhos? “Educar é saber frustrar”. A criança nasce com uma potencialidade caótica e carece de repreensão adequada, como método humano, para enquadrá-la no contexto social. Mas aqui devemos fazer uma pergunta: De quem é a responsabilidade de educar filhos? A resposta é muito simples: E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. Efésios 6:4.
Quando uma pessoa adquire um aparelho eletrodoméstico, recebe com ele um manual de instruções, fornecido pelos fabricantes. Esse manual ensina como se usa o aparelho e como se pode mantê-lo sempre em boas condições. Se alguma coisa der errado, o comprador deve procurar uma oficina especializada para os devidos ajustes. O mesmo se aplica à família. Ela foi criada por Deus. Foi idéia dEle. E em sua Palavra Deus nos fornece instruções claras sobre seus planos para o “funcionamento” dela. Portanto, quando os pais enfrentam problemas na criação dos filhos, devem recorrer a Ele. Deus nos oferece abundante informação de Sua sabedoria para orientar-nos e guiar-nos nessa importante tarefa da educação de filhos. Portanto é responsabilidade dos pais educar os filhos para uma vida digna, ou seja, formação de vida equilibrada. Toda criança precisa ser disciplinada. A necessidade é universal, porque a sua natureza é rebelde e caótica por essência. Salmos 58:3. Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Também lemos em Romanos 3:23. Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.
Muitos dos problemas e fracassos que os pais enfrentam na criação de filhos derivam do fato de não buscarem a sabedoria e orientação de Deus para isso, e não as aplicarem em sua vida. Mas existem vários obstáculos que impedem que recebam a instrução divina e sua sabedoria, para informação quanto à disciplina dos filhos. Um dos obstáculos à disciplina é o pensamento humanista. Essa filosofia, muitas vezes, traz consigo a idéia de que a autoridade e disciplina paternas são coisas erradas e que impedem a verdadeira liberdade humana. A noção de que as crianças são seres basicamente bons, e que, se forem deixadas à vontade, crescerão felizes e serão pessoas realizadas, é outra doutrina do humanismo. E como a mentalidade deste mundo tem uma influência muito forte mesmo entre os cristãos, muitos pais passam a duvidar da disciplina e a pensar que, se usarem a vara, estarão prejudicando o desenvolvimento e a felicidade futura do filho. Entretanto, a Bíblia nos diz que: A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela. Provérbios 22:15.
A palavra estulto significa “néscio e tolo” e também qualifica um indivíduo com inclinações egoístas, que desconsidera a sabedoria e a vontade de Deus, preferindo viver independentemente dEle. A Palavra de Deus afirma em Provérbios 29:15b. Quando todas as suas vontades são feitas, ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha (NTLH).
A verdadeira liberdade vem de uma libertação desta atitude egoísta, e não de ficarem livres dos pais e de sua autoridade. Essa libertação é que produz uma felicidade real e duradoura, pois deixa a criança livre da culpa e da escravização geradas pelo egoísmo. É importante para os pais compreenderem o propósito de Deus ao estabelecer a autoridade paterna e a disciplina no lar. Sua intenção é que ambos sejam utilizados para o bem dos filhos; devem exercer uma influência positiva e redentora sobre eles. Deus quer que os pais exerçam sobre o filho a liderança de que ele precisa não a que ele quer. Lembremos que o nosso Deus é amor; e em Seu amor, ele deseja o melhor para cada indivíduo. E como o verdadeiro amor busca o que é melhor para os outros, deve aplicar a correção a tudo que possa servir de empecilho, para que eles atinjam a melhor condição possível. Sem a verdadeira disciplina não existe o verdadeiro amor, e sem o verdadeiro amor não há a verdadeira disciplina. Vamos ler juntos em Provérbios 13:24. O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.
Vamos a um exemplo: o pai que ama sabe que desobediência, egoísmo, ira ou ressentimento impedirão que os filhos alcancem todo o bem que Deus deseja para sua vida. O verdadeiro amor diz: “Amo demais aos meus filhos, por isso tenho de corrigi-los”. Se os pais tomarem como seu exemplo de paternidade, terão necessariamente de disciplinar os filhos quando isto se fizer necessário. E ao discipliná-los, estarão manifestando o amor de que as crianças realmente necessitam. Leiamos Hebreus 12:5-6. E estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.
É importante lembrarmos que o maior desejo de todo pai é que seus filhos aprendam a amar e a servir a Deus de todo o coração. Por meio da disciplina certa, o pai está trabalhando no sentido de preparar o coração dos filhos para desejarem fazer a vontade de Deus em tudo, na vida, e também para conhecerem a alegria e a paz que Ele deseja dar a todos por meio de seu Filho Jesus Cristo. Portanto, não nos esqueçamos da exortação da Palavra de Deus em Provérbios 22:6. Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.
Quem ama corrige. Deixar de aplicar a disciplina amorosa por meio da vara é uma forma de crueldade para com o filho. Os filhos têm necessidade de uma correção feita em amor, pois ela afeta tanto sua vida temporal como a eterna. Atentemos ao que nos diz a Palavra de Deus: Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno. Provérbios 23:13-14.


A palavra “fustigar” nos versos que acabamos de ler, tem uma conotação diferente da que tem hoje. Não significa machucar a criança nem espetá-la com objeto pontudo. “Fustigar” significa bater, dar-lhe com a vara. Significa bater, mas de maneira correta, não com o objetivo de infligir-lhe lesões físicas, mas de exercer uma correção de amor sobre a criança. A aplicação da vara não deve ser a ocasião em que os pais aproveitem para “desabafar” suas frustrações, tensões ou irritações pessoais. Sabem por quê? Vejamos o texto das Escrituras Sagradas em Tiago 1:20. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.
Enquanto a crueldade e o abuso contra as crianças é o resultado de raiva, egoísmo, frustração e ansiedade, a disciplina correta, aplicada por meio da vara, é motivada pelo amor. Embora a vara nunca seja realmente uma experiência agradável, nem para a criança nem para os pais, se aplicada adequadamente, ela produz benefícios positivos e duradouros. O texto da Palavra de Deus deixa isto muito claro em Hebreus 12:11. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
Foi Deus quem instruiu aos pais que batessem nos filhos usando a vara, como uma expressão de amor. Muitos pais usam a mão, o chinelo, o fio do ferro elétrico e talvez a vassoura. Essas maneiras são totalmente errôneas e podem causar traumas em seus filhos. Também existe um grande empecilho que os pais enfrentam para corrigir seus filhos que é a preguiça de disciplinar. O uso da vara exige uma aplicação pessoal da vontade do casal, para que se torne um aspecto realmente positivo na criação dos filhos. Alguns pais dizem: “Não gosto de bater nos meus filhos para corrigi-los, porque dá muito trabalho.” É verdade que o exercício dessa disciplina em amor, ao bater, dá trabalho, mas tem que ser feita em obediência ao mandamento da Palavra de Deus. E vale a pena, para os pais que desejam ver os frutos da felicidade e obediência na vida dos filhos. Ter uma horta também dá muito trabalho. Preparar os canteiros, semear, colocar adubo, regar e capinar são coisas que exigem tempo e trabalho. Mas os resultados são uma cesta cheia de verduras frescas na mesa da cozinha, e isso faz com que esqueçamos rapidamente o trabalho que ela deu. Assim também, bater é um aspecto necessário no trabalho de criação dos filhos, se quisermos ver os frutos positivos na vida deles. A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. Provérbios 29:15.
Bater também não é um método disciplinar pelo qual se pode optar ou não. É algo de que o amor não pode abrir mão. E a pergunta que se acha diante de nós, pais, é a seguinte: será que amamos a Deus o suficiente para obedecer-lhe, e amamos nossos filhos o bastante para aplicarmos a correção da vara, quando esta for necessária? Se formos obedientes a Palavra de Deus, corrigindo nossos filhos de maneira certa e por razões justas, começaremos a ver os frutos positivos que Deus prometeu produzir na vida deles. Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz de teus filhos. Isaías 54:13. Amém.

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