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sexta-feira, 10 de abril de 2009

O significado da Páscoa

O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Êxodo 12:13.
A palavra portuguesa “páscoa” é usada para designar a festa dos judeus que no hebraico, é chamada “pasach”, que significa “saltar por cima”, “passar sobre”. Pesach é a forma nominal da palavra. Esse nome surgiu em face da tradição de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, “passou por sobre” as casas assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, quando ele matou os primogênitos dos egípcios. Vamos ler juntos esses três versículos de Êxodo 12:21-23. Chamou, pois, Moisés todos os anciãos de Israel e lhes disse: Escolhei, e tomai cordeiros segundo as vossas famílias, e imolai a Páscoa. Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.
Essa foi a última das pragas que se tornaram necessárias para convencer ao Faraó de permitir que Israel saísse do Egito, após séculos de escravidão naquele país. Portanto, a páscoa assumiu o sentido de livramento, e o próprio êxodo foi a concretização dessa libertação. Não foi por alguma estranha coincidência que o Messias morreu por ocasião da Páscoa. Aquela festa comemorava a gloriosa libertação por Deus de um povo em escravidão e miséria. Além disso, no centro daquela comemoração estava um cordeiro imolado, um cordeiro sem mancha, macho de um ano, cujo sangue fora colocado sobre a verga e sobre os umbrais das portas de cada família dos que haviam crido. Podemos entender que não foi por acaso que Jesus morreu quando os cordeiros estavam sendo imolados para a comemoração. O Senhor Jesus era a realização daquele antigo simbolismo. Vejamos o que nos diz João Batista em João 1:29. No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
O Messias foi feito pecado por nós e “foi da vontade do Senhor esmagá-lo”; era o próprio Deus que submetia o Messias ao sofrimento. Jesus estava sozinho, não apenas no nível humano; foi desamparado pelo próprio Pai por causa do nosso pecado. Toda a extensão do que Ele fez, precisamente como sofreu, como se tornou nosso pecado, o imenso amor envolvido, tudo está muito além da nossa capacidade de compreensão. O nosso Deus depositou sobre Cristo a iniqüidade de todos nós e Ele as levou embora para o esquecimento. Jesus pagou o preço, à custa da Sua própria vida, e sofreu pelos nossos pecados, o Justo pelo injusto, de maneira a trazer-nos para Deus. O Messias provou a morte por cada ser humano, para daí em diante trazer muitos filhos à glória. Hebreus 2:9-10. Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem.
Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles.
Vocês percebem o quão profundo é o significado da Páscoa! Portanto, para nós cristãos, a Páscoa tem um profundo significado porque representa a obra que Cristo realizou para nos libertar. Segundo as Escrituras Sagradas, as festas eram apenas sombras das coisas futuras. A festa da Páscoa apontava para a futura encarnação do Senhor Jesus. Esta comemoração era exatamente uma antecipação figurativa da obra de Jesus no Calvário. Os evangelhos registram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém poucos dias antes de sua crucificação, e esta entrada se deu exatamente no momento em que o povo estava trazendo os seus cordeiros pascoais para que os sacerdotes os examinassem. O cordeiro era submetido a um rigoroso exame pelo sacerdote antes de ser apresentado para o sacrifício. Vamos ler em Hebreus 7:26. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus.
Este versículo que acabamos de ler nos mostra que o Senhor Jesus tinha que ser declarado totalmente imaculado. Na Bíblia vemos o modo pelo qual o Senhor Jesus foi examinado, e podemos encontrar, Ele, o Cordeiro de Deus, sendo minuciosamente investigado pelos herodianos, saduceus, escribas e fariseus, e nenhum deles conseguiu achar no Senhor qualquer defeito que o incriminasse. Vamos ler alguns textos que mostram o atestado de perfeição do Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus. Ouvindo isto, se admiraram e, deixando-o, foram-se. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina. E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas. Mateus 22:22;33 e 46.
Não somente os judeus testificavam que Jesus era perfeito, mas também a autoridade civil que representava Roma não viu no Cordeiro de Deus nenhuma mácula. Lemos em João 19:4. Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum. Por três vezes Pilatos declarou a inocência do Salvador. Jesus, o Deus encarnado, era o perfeito Cordeiro que seria sacrificado por indignos pecadores. O cordeiro pascal aponta com clareza para o Senhor Jesus Cristo, pois em vários lugares as Escrituras Sagradas confirmam: 1 Coríntios 5:7b. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Também lemos em 1 Pedro 1:18-20. Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.
HÁ algum tempo atrás eu ouvi de uma criança uma linda poesia sobre a Páscoa que dizia: “Não foi o coelhinho que morreu na cruz, quem foi crucificado foi o meu Jesus. Na sexta Ele morreu, mas morto não ficou. Domingo de manhã Ele ressuscitou. A Páscoa comemora a ressurreição, mas muita gente nem se lembra disso não. Existe muita gente que não dá valor, Ao grande sacrifício do meu Salvador”.

Irmãos tenham sempre isso em mente: Assim como Deus usou o cordeiro pascal a fim de livrar os filhos de Israel no passado, da mesma forma agora Ele usa o Senhor Jesus, o nosso Cordeiro pascal, para nos salvar. Assim como os filhos de Israel foram salvos pelo cordeiro, também somos hoje salvos pelo Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus. Os filhos dos hebreus não foram salvos porque neles havia algum mérito, mas porque o sangue do cordeiro tinha sido aspergido na verga e nas ombreiras de suas casas. Da mesma maneira a nossa salvação é fundamentada no derramamento do sangue do Cordeiro de Deus, e não em nossas boas obras.
O Senhor Jesus foi levado à cruz em conseqüência de nossos pecados. Foi a nossa maldade que levou a Cristo para aquela morte tão cruenta. Eis o diagnóstico bíblico a respeito do homem: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3:23.
Por essa razão, na Antiga Aliança foram derramados rios de sangue de animais, conforme as leis dos sacrifícios. Esse sangue cobria o pecado, mas não podia eliminá-lo. Incontáveis animais inocentes morreram pelas pessoas. Que coisa desagradável, brutal e horrenda! Mas para Deus o pecado é ainda mais repugnante, brutal e horrendo! E naturalmente a morte de animais inocentes tinha de acontecer por imolação. Quando se conta essa história às crianças, inevitavelmente elas dizem que os animais inocentes não tinham culpa e sentem pena deles. Certo! Mas justamente esse é o significado do sacrifício. Trata-se de bem mais que um simples ritual, porque somente sangue inocente pode produzir expiação. Jesus estava disposto a oferecer Sua vida singular, inocente e santa em sacrifício no altar. Por você e por mim! Só por esse caminho foi possível realizar a expiação pelos seus e pelos meus pecados. Isto não existe em nenhuma outra religião: plena libertação do fardo do pecado. A Epístola aos Hebreus explica a respeito de Jesus: Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Hebreus 9:12.
O Senhor Jesus realizou uma obra perfeita na cruz, e o profeta Isaias descreve detalhadamente, o que o Messias de Deus sofreu, para que nós pecadores, pudéssemos ser salvos: Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53:4-5.
Quando confiamos plenamente na eficácia do sacrifício do Cordeiro de Deus, desfrutamos da graciosa libertação da condenação de nosso pecado. Você crê que Cristo é o Cordeiro de Deus? O Cordeiro sem mancha e imaculado é Jesus! O pão que não tem impureza é o corpo de Jesus! O único sangue que purifica que liberta e salva é o sangue de Jesus! Jesus é a verdadeira Páscoa! Louvado seja Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, a nossa Páscoa!

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