"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

DOIS ASPECTOS DA CRUZ

E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas. Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
Colossenses 2: 13-14

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.
Romanos 6: 4-8


Os textos acima, embora estejam tratando da mesma coisa, ou seja, a obra libertadora da cruz, mostram dois aspectos bem distintos da obra da cruz.
O primeiro texto expõe o aspecto da libertação da punição do pecado. O homem que estava debaixo de sentença de destituição da glória de Deus (Rm, 3:23) por causa da culpa do pecado, foi salvo mediante a retirada de cédula de condenação que nos era contrária, a qual foi cravada na cruz de Cristo. O profeta Isaías profetizou quase 800 antes de Jesus nascer, que Ele foi “ferido por nossas iniqüidades e o castigo que nos traz a estava sobre Ele” (Is. 53: 5). Sem dúvida este é um aspecto tremendo da gloriosa obra da cruz: Jesus nos libertou da condenação do pecado ao morrer na cruz pelo homem, desde que este se converta a Ele.
O segundo texto aponta outro aspecto, bem distinto, porém complementar e totalmente interligado com o primeiro: Jesus libertou o homem do pecado ao morrer na cruz juntamente com o homem, desde que este aceite esta morte. Esta morte tem como conseqüência alguns aspectos profundos:
• Morte do Velho homem. Há um rompimento com a estrutura pecaminosa da velha natureza.
“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado”. (Rm 6:14)
• Morte da Carne. O homem crucificado com Cristo é liberto da carne com suas paixões e sujeiras. Ele não vive mais sob o domínio da sua carne pecaminosa. Se isto não acontece, sua experiência com a cruz não é verdadeira.
“E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gal. 5:24)
• Morte para o pecado. O homem crucificado com Cristo não é mais escravo do pecado, ele foi liberto de uma escravidão.
“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. (Rm. 6: 22-23)
• Morte para a lei de ordenanças. A obra da cruz libertou o homem do domínio da lei de ordenanças. Fomos livres dos ritualismos e colocados em uma lei eterna: A Lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus.
“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus”. (Rm. 7:4)
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Rm. 8: 1-4)
• Morte para o mundo. O homem crucificado com Cristo não pode ser atraído pelo mundo, se isto não acontece é porque ele não experimentou a obra da cruz. >/
“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. (Gal. 6:14)
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. (Col. 3: 1-3)
• Mortos com Cristo, podemos triunfar sobre Satanás. O homem crucificado por Cristo está revestido Dele para igualmente vencer o inferno.
“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” (Heb. 2:14-15)
Sobre a obra da cruz, Watchman Nee diz*: “O velho homem é verdadeiramente indigno, irreparável, imutável, incorrigível e incurável. A maneira de Deus tratar com o velho homem é crucificá-lo. Deus nos dá algo novo. Ele precisa punir os pecadores, mas em vez disso, Ele fez com que o Senhor Jesus morresse na cruz, levando todos os pecadores juntamente com ele. Primeiro há uma morte substitutiva, a seguir uma morte participante”.
Nee continua: “O velho homem não é crucificado por ‘perceber’ ou ‘sentir’. O velho homem experimenta a crucificação por meio de ‘considerar’. Que é considerar? É um ato de fé; é a aplicação da fé; é o julgamento da vontade e a execução da vontade. ‘Considerar’ é completamente contrário de ‘perceber’ e ‘sentir’, pois o dois último tem haver com os sentimentos e o primeiro tem a ver com a fé e vontade. Deveríamos exercitar nossa vontade para considerar-nos mortos para o pecado, cada dia e cada hora. Não é um exercício mental, mas uma avaliação permanente de nós mesmos em nossa vontade, ao firmar-mos no fundamento da cruz e considerar nosso velho homem morto. Tal como o Senhor Jesus ficou 6 horas suspenso antes de morrer, assim a carne tem seu período para ser mortificada, não é algo que acontece de repente, é necessário a vigilância.
Após vencer os pecados, o problema imediato é vencer o ‘ego’. Para os cristãos avançados em vida, a vitória sobre o pecado é fácil, ao passo que a vitória sobre o ‘ego’ é difícil. Se um cristão obtém vitória sobre o ‘ego’, ele terá obtido a vida que os apóstolos tiveram. Separados do Senhor nada poderemos fazer. Crucificar o ‘ego’ com a força do ‘ego’ é uma tarefa impossível e jamais poderá ser feita. Se não estivermos unidos com o Senhor em sua morte, nosso ‘ego’ nunca morrerá. Ao morrermos com Cristo para o pecado abandonamos as coisas ilícitas. Ao sermos crucificados com o Senhor para o ‘ego’, abandonamos as coisas lícitas. Esse, sem dúvida, é um passo difícil de dar".
Deus te abençoe, graça e paz.
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