"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

domingo, 2 de junho de 2013

O PREÇO DO NOSSO PECADO

Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens), assim causará admiração às nações, e os reis fecharão a sua boca por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão. Isaías 52:14-15.
Todas as coisas que Jesus Cristo veio fazer neste mundo têm a ver com os decretos divinos anteriormente estabelecidos por Deus. Os decretos redentores de Deus foram estabelecidos na eternidade e, nunca são elaborados ou executados à parte de Jesus Cristo. Por essa razão, a Escritura sempre usa a expressão “em Cristo” quando menciona o decreto redentor de Deus. Quando a ação redentora de Deus é aplicada a nós, pelo Espírito Santo, somos habilitados a crer, e temos acesso, pela fé em Cristo, às coisas que Ele fez por nós. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1:30.
Em nosso texto básico podemos observar que a humilhação de Jesus Cristo não passou despercebida, mesmo às pessoas comuns do povo. A aparência de Jesus Cristo causou espanto em todos os homens comuns que o viram. Ninguém, ao ver Cristo, pode furtar-se ao espanto do sofrimento do Servo sofredor. A expressão “fechar a boca” está indicando o silêncio diante do espetáculo tão deprimente pelo qual nosso Senhor passou. A aparência de dor e a atitude perante a dor que o Servo sofredor teve fez todas as nações se espantarem. No tempo exato da morte de Jesus Cristo, havia muitas pessoas de várias nações perambulando em Jerusalém. E as multidões se espantaram diante do espetáculo da crucificação saíam batendo nos peitos. Muitas nações certamente estavam representadas ali naquela hora, e o espanto era geral diante daquele quadro triste que fora imposto ao Homem de Dores. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Isaías 53:3.
Todas essas coisas pela qual Jesus passou eram uma exigência do pacto eterno da redenção. A fim de salvar pecadores, o Servo sofredor teria de ser contemplado pelos homens e causar admiração e espanto neles pelo seu sofrimento. Jesus foi rejeitado em sua aparência física.
Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Isaías 53:2.
Os seres humanos sempre se aproximam uns dos outros por causa de alguma coisa que os atrai. A beleza física é algo que mais aproxima e atrai os seres humanos. Eles são atraídos pela formosura de qualquer natureza. Quando se aproximaram de Jesus Cristo, logo eles se desapontaram, porque não havia nenhuma beleza que os agradasse. Os homens rejeitaram a presença de Jesus Cristo porque ela causava uma espécie de incômodo e algum tipo de repulsa. Portanto, se alguém se aproxima de Jesus crendo nEle, não foi por atração física. O cinema americano tem sido pródigo em apresentar Jesus com bela aparência a ponto das pessoas ficarem atraídas mais por sua aparência física do que por seu caráter divino-humano. É por isso que muitos rejeitam a pregação da cruz, pois a cruz é lugar de morte. Quando nós rejeitamos a palavra de uma pessoa, rejeitamos a própria pessoa. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. João 8:47.
Irmãos o meu e o seu pecado atingiram a natureza humana total de nosso Senhor. As nossas enfermidades atingiram o corpo e a alma de Jesus, com sofrimentos físicos e morais. Precisamos entender que nada do nosso Salvador escapou à manifestação da justiça divina. Jesus assumiu todas as coisas humilhantes tanto do corpo quanto da alma, por causa dos nossos pecados que levou sobre Si. Isaías 53:4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
O nosso Senhor Jesus Cristo levou tudo de nós lá na cruz e também foi traspassado pelas nossas transgressões. Isaías 53:5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Jesus quando foi pendurado no madeiro, um soldado atravessou-lhe o lado com uma lança, mas esse traspassamento é mais profundo do que o gesto grosseiro e brutal daquele soldado. Foi o próprio Deus quem atravessou as entranhas do Redentor com a manifestação da sua ira. A ira divina caiu sobre a natureza física de nosso Senhor Jesus, porque naquele momento, Deus estava contemplando os pecadores, os quais o Verbo encarnado substituía, e não a Pessoa de Seu Filho. O castigo físico que Ele levou foi de natureza penal, judicial. Os homens que o atravessaram foram apenas instrumentos malignos nas mãos do Todo-Poderoso cheio de ira. Para livrar pecadores desse traspassamento provocado pela ira divina, Deus exigiu que o Seu Filho fosse atravessado em suas entranhas, sofrendo substitutivamente em lugar deles. Foi da vontade do Pai que Jesus fosse moído na cruz: Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Isaías 53:10.
Para livrar aqueles que o Redentor substituiu, de passarem por esse esmagamento pela ira divina, o Pai exigiu que o seu Filho encarnado suportasse essa “moedura”, que vinha da Sua parte, embora seus instrumentos fossem humanos. O flagelo que veio sobre Jesus foi muito mais duro e severo porque os seus algozes, judeus e romanos, pretenderam que Ele sofresse mais do que os outros homens comuns. Para que não fôssemos pisados por Deus, e os seus vergões não ficassem para sempre marcados em nós, o Pai estabeleceu que o Seu Filho se sujeitasse à humilhação desse sofrimento, por causa dos nossos pecados. 1 Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
As enfermidades de Jesus Cristo foram também de caráter moral, pois Ele sofreu interiormente como se fosse culpado pelos pecados que pagava. Ele foi oprimido por Deus, a ponto de sentir profunda “angústia” de alma, uma sensação extremamente dolorida que lhe causava a morte. No sofrimento de Cristo cabem perfeitamente as palavras do salmista: Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza.
Salmos 116:3. A humanidade de Jesus é que O qualifica a ser Redentor. Sem ela, ou seja, sem as propriedades humanas, Ele não poderia ser tentado nem sofrer a penalidade da justiça divina sobre Si, em nosso lugar. Somente um homem pode substituir homens. E Cristo foi esse homem de Dores que sofreu a penalidade divina para nos salvar. Não pode haver remissão sem que o pagamento seja feito. Essa exigência do Pai é absolutamente necessária para que Ele poupasse aqueles que iria tornar seus filhos em Cristo. O pagamento feito pelo Filho é que libera o Pai para poder perdoar, justificar, santificar etc. Todo processo de salvação do pecador é iniciado por causa do cancelamento da dívida em virtude do pagamento exigido por Deus e feito pelo filho. Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens. 1 Coríntios 7:23.  Amém.

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Um comentário:

Alcindo Almeida disse...

Verdade, sem a humanidade de Cristo não haveria possibilidade de redenção de pecadores como nós. Era necessário ser humano, se encarnar para nosso resgate e reconciliação com o Pai. Um ab a todos...