Permanecei
em mim, e eu permanecerei em vós. Como o Pai me amou, também eu vos amei;
permanecei no meu amor. João 15:4a- 9.
A palavra permaneça em mim significa
“habitem em mim”, ou seja, façam sua casa em mim, assim como eu faço a minha
casa em vocês. Casa é um lugar de amor
acolhedor, de aceitação sem julgamentos, acompanhado de muitos sinais de
afeição. Deus é amor e ninguém pode negar isto. Muitos falam do amor de Deus em
suas músicas, em livros de romance, em conversas, mas no sentido prático, é
incrível como poucos cristãos vivem cada dia como se o Deus do Universo não os
amasse. Por quê? Porque dois mil anos de tradição religiosa nos contaminaram
com a ideia equivocada de que o amor de Deus é algo que precisamos conquistar.
Muito pelo contrário, foi o amor de Deus quem nos conquistou. Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos
5:8.
Infelizmente muitas pessoas não
experimenta o amor de Deus em suas vidas porque acreditam mais no dever, nas
regras e na culpa. É impressionante como muitas pessoas não acreditam
verdadeiramente que o amor de Deus seja capaz, por si só, de mudar as pessoas.
Ao nos dar Seu Filho Jesus como presente, o Pai nos mostrou que não está em
busca de trabalho de escravos fiéis. Ao contrário, Deus prefere a amizade
íntima de Seus filhos e filhas. Deus sabe que o amor faz com que nos
aprofundemos em Sua vida muito mais do que o dever temeroso jamais seria capaz.
O amor nos ensina melhor a verdade, nos liberta de nosso egoísmo e de nossos
fracassos e nos torna produtivos no Seu reino. João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário,
eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o
vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome,
ele vo-lo conceda.
Durante muitos séculos, homens e
mulheres se mantiveram a uma grande distância de Deus, com vergonha dos
próprios pecados e intimidados pela Sua santidade. O Deus do Antigo Testamento
era um personagem assustador e sentir-se seguro ao Seu lado era impensável. Mas
a realidade é que Deus nunca pensou assim. Ele levava adiante Seu plano de
restaurar a amizade com os seres humanos, e é disso que nos fala o Novo Testamento.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna. João 3:16.
Na Pessoa do Senhor Jesus, Deus era
capaz de se sentar na companhia daqueles que amava e as pessoas se sentiam
muito à vontade para participar de uma conversa franca com Ele. Que experiência
incrível deve ter sido para Jesus estar com pessoas que não se impressionavam
com Ele e que podiam sinceramente alegrar-se com a Sua presença. Claro que isso
só aconteceu porque os discípulos não tinham a menor ideia de que Jesus era o
Deus encarnado na Terra. Que lindo é isso irmãos, ver Deus entre os homens como
sempre desejava estar. Seus seguidores se sentiam seguros o bastante em Sua
presença, aliás, a Sua presença em nós nos dá muita segurança. Isaías 41:10 Não temas, porque eu sou
contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te
ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.
Agora Deus podia vivenciar a amizade que
sempre quis ter com Seu povo e, por meio dessa relação, libertá-lo do pecado.
Nem mesmo no último dia da vida de Jesus, antes de ser crucificado, seus
discípulos descobriram quem Ele era realmente. Foi o próprio Jesus quem afirmou
isso durante a última ceia que teve com eles: Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde
agora o conheceis e o tendes visto. João 14:7.
Quando Cristo foi à cruz por amor a nós,
fomos atraídos e crucificados e mortos com Ele, mas vivemos hoje pelo Seu
poder, ou seja, pela Sua vida de ressurreição. Hoje Cristo é a nossa vida e não
será pretensão pensar que Ele conhece todos os detalhes da nossa vida e se
importa com eles. Deus em Cristo quer construir em nós uma amizade no amor e na
confiança. Mas para que isso seja realidade em mim e em você é necessário ter
consciência de quanto somos amados. Apocalipse
1:5 E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o
Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos
libertou dos nossos pecados.
Em nossos dias as pessoas frequentam
mais os cultos por medo do inferno do que pelo amor do Senhor. Fala-se mais em
regras a serem cumpridas do que do amor de Deus. As ameaças sempre apontam para
algum castigo. Como alguém pode sentir seguro numa amizade fundada no medo?
Conscientemente ou não, a ameaça do inferno pode criar uma profunda distorção
em nossa visão de um Deus de amor. 1
João 4:18 No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.
Vocês se lembram do apóstolo Paulo?
Ainda jovem, ele já havia conquistado muito mais do que seus pares. Educado nas
melhores escolas, era considerado um dos mais influentes líderes religiosos de
seu tempo, em uma das cidades mais conhecidas do mundo. Sua moral e sua
sabedoria eram impecáveis. Mas, no íntimo, nem tudo ia tão bem quanto parecia
estar. Apesar de todo o seu zelo e sabedoria, algo o corroía por dentro. Ele
era um homem raivoso. Raramente demonstrava isso, mas sabia que a raiva estava
lá, obscurecendo sua alma. Seu empenho em tornar-se o melhor servo de Deus de
sua geração não o levara ao colo do Pai, e sim à tirania cruel do próprio ego.
Saulo empreendera seus esforços com o desejo de servir a Deus, mas aquela
paixão foi rapidamente consumida por sua ambição por status espiritual. Até
que, certo dia, durante uma viagem a Damasco, ele ficou frente a frente com o
Deus vivo. Atos 9:3-4 Seguindo ele
estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao
seu redor, e, caindo por
terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
Saulo sabia que estava sendo confrontado
com o Deus vivo. Mas por que a voz dizia que Saulo O estava perseguindo?
Certamente Saulo deve ter se perguntado naqueles poucos segundos: “Será que é
Jesus”? E se fosse? Saulo matara muitos dos seguidores de Jesus e estava para
matar mais. Saulo perguntou: Quem és tu,
Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues Atos 9:5.
Seus piores medos se tornaram realidade.
As pessoas que ele matara em nome de Deus eram, na verdade, o povo de Deus. O
que lhe acontecerá agora? Que castigo esperava por ele em seu desamparo cego? Saulo
fechou os olhos, encolhendo-se como se fosse ser atingido por um golpe, mas aos
poucos percebeu que nenhuma ameaça se aproximava. Não havia raiva ou vingança.
Saulo que depois se tornou o apóstolo Paulo, deparou-se com Aquele que
combatera e, naquele momento, tudo o que encontrou foi amor. Aquele que Saulo
tanto perseguia o amava. Ele viera não para castigar Paulo, e sim para
abrir-lhe os olhos espirituais para que ele visse o que Jesus realmente era.
Naquele instante, Saulo descobriu a graça de Deus, mesmo sem ter feito nada
para merecê-la. Em vez de ser punido, ele foi convidado a entrar para a família
que tanto tentara destruir. Em vez da morte que infligira aos outros, Saulo se
viu diante da possibilidade de viver uma vida que não imaginava. Para Paulo
restou uma verdade irrefutável: Ele não tinha feito nada para ganhar a favor de
Deus e, mesmo assim, o recebera. 2
Coríntios 5:14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um
morreu por todos; logo, todos morreram. Amém.
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