Mas
o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gálatas
5:22-23.
Essa palavra “domínio próprio”, no grego
é “EGKRATEIA”, que significa “autocontrole”. Ela refere-se a toda a forma de
autocontrole e autodisciplina que um atleta precisa exercer para ser bem
sucedido em suas tentativas de obter a coroa da vitória. Parece que Paulo se
utiliza dessa palavra, neste contexto, dando a entender aquele autocontrole que
obtém o domínio sobre os vícios alistados nos versículos dezenove a vinte e um
desse capítulo. Mas isso só pode ocorrer com a operação do Espírito Santo.
Domínio próprio é fruto do Espírito, o produto natural que aparece na vida de
todos os que morreram e ressuscitaram com Cristo. Uma pessoa que mediante o
Espírito, tem domínio próprio, essa pessoa sempre será melhor. Melhor é o longânimo do que o herói da
guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade. Provérbios
16:32.
A perversão moral é que leva o indivíduo
ao extremo de não ter domínio de si mesmo. Essa perversão leva o homem a formar
hábitos tão arraigados que sua fibra moral é destruída. Ele é um escravo das
paixões e concupiscências, e sua natureza não trocada o leva a não ter domínio
de si. Desafeiçoados, implacáveis,
caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, 2 Timóteo 3:3.
Se já fomos crucificados com Cristo,
temos o Espírito Santo e consequentemente o domínio próprio. Agora vamos
procurar entrar nos aspectos práticos da nossa vida, para verificarmos até onde
não estamos tendo domínio próprio. Por
que muitas vezes eu sou uma pessoa explosiva? Por que não consigo perder peso? Por
que não consigo ficar no emprego? Por que não consigo manter a casa limpa? Por
que não consigo trabalhar de maneira eficiente? Por que não consigo acabar com
aquele mau hábito? Por que não consigo entrar em forma? Por que não consigo
pagar minhas dívidas? Meu maior problema sou eu mesmo! Você sente que sua vida
está fora de controle e, talvez esteja. Sente-se sobrecarregado pelas
circunstâncias e pressões. Você se sente indefeso e vulnerável. Como um carro
com uma direção quebrada, você derrapa nas curvas sem senso de controle na
direção. É um sentimento assustador. Lemos em Provérbios 25:28 Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o
homem que não tem domínio próprio.
Tendemos a não perceber como somos, mas
devemos rogar a Deus para que a cruz opere nesta deficiência. Se você, no
trânsito, é um pé de chumbo, vigie seu comportamento, para que controle seu
ímpeto de sair em disparada. O domínio próprio traz consigo o sentimento
agradável da competência. Como um automóvel excelentemente regulado, sua vida
anda na estrada com o mais leve toque na direção. Os resultados do domínio
próprio são confiança e um sentimento interior de segurança. O domínio próprio
e a autodisciplina são também fatores-chave em qualquer sucesso que você deseja
alcançar nesta vida. Sem autodisciplina provavelmente não vai conseguir nada
realmente valioso. O apóstolo Paulo percebeu isso quando escreveu: Todo atleta em tudo se domina; aqueles,
para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 1 Coríntios
9:25.
Os atletas olímpicos treinam durante
anos para ter oportunidade de ganhar alguns rápidos momentos de glória. Mas a
nossa corrida é muito mais importante que qualquer evento atlético do planeta
Terra. Por isso, o domínio próprio não é opcional para os cristãos. Se
quisermos alcançar verdadeira liberdade, precisamos de domínio próprio. O
filósofo grego Epíteto estava certo quando disse: “Nenhum homem é verdadeiramente
livre até que se domine”. Jesus o expressou nestas palavras em João 8:34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade,
em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. Quando
Deus nos incluiu em Cristo, foi para que nós morrêssemos para aquilo no qual
estávamos sujeitos. Mas agora eu nasci de novo e ainda persisti a falta de
domínio próprio, o que devo fazer? Admita o problema. Nós com frequência
tentamos ignorar nossos problemas ou negamos tê-los. Dizemos: “Eu não tenho
problema”. Com frequência racionalizamos: “Eu simplesmente sou assim”. “Todo
mundo faz isso.” Às vezes, acusamos os outros: “Se eu pelo menos tivesse pais
diferentes”. Podemos culpar qualquer um, mas enquanto desperdiçarmos energia
inventando desculpas, não poderemos resolver o problema. Talvez você tenha um
problema com comida, bebida, palavras, temperamento, dinheiro, exercício, sexo,
roupas, tempo e tantos outros. Todas essas diferentes áreas precisam de domínio
próprio. Comece orando especificamente a respeito de suas áreas de problema,
pedindo a Deus que por sua graça opere a cruz, pois é desta forma é que você
obterá a vitória. Está escrito em Graças
a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Coríntios
15:57. Outro ponto fundamental para desenvolver o domínio próprio é deixar
o passado para trás. Observe o que Paulo diz em Filipenses 3:13-14a. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado;
mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando
para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo. Talvez você já tenha
tentado umas quinze vezes e, pensa que nunca será capaz de controlar isso. É um
conceito errado. O fracasso no passado não significa que nunca será capaz de
mudar. Contudo, focalizar os fracassos do passado é uma garantia de repeti-los.
É como dirigir um carro e olhar pelo retrovisor o tempo todo. Você vai colidir
com o que está na frente. Deixe o passado para trás. Não importa quantas vezes
você falhou. Tente de novo, mas desta vez de maneira diferente. Como disse
certa vez Thomas Edison: “Não diga que foi um fracasso, diga que foi uma lição!
Agora você sabe como funciona!” Tito
2:11-12. Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens,
educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no
presente século, sensata, justa e piedosamente. Deus é o único que pode lhe
mudar. A verdade é que sua crença controla o seu comportamento. Você morreu com
Cristo naquela cruz, agora qual deve ser o seu comportamento? O que você pensa
determina o que sente, e o que sente determina como age. Tanto a pessoa que
diz: “Eu não consigo”, quanto a que diz: “Eu consigo”, estão certas. A maior
parte do tempo nós nos condicionamos para sermos derrotados por um hábito
dizendo: “Nunca vou deixar de fazer isso. Simplesmente, sou assim. Nunca
conseguirei mudar”. Nossas crenças se transformam em uma profecia que se
cumpre. Porque, como imagina em sua
alma, assim ele é. Provérbios 23:7a. Já lhe passaram pela cabeça pensamentos
e ideias que, se fossem apregoados por um alto falante, o fariam corar de
vergonha? O domínio próprio a que estamos nos referindo aqui não se trata de um
autocontrole que nos faz doentes, aquele religioso, aquele apenas de aparência,
mas aquele resultante de desejo profundo. O que você pensaria se eu dissesse
para você primeiro sarar, para depois ir consultar o médico? Você certamente
diria que eu estou louco. É uma ideia ridícula. Talvez você pense em sentir-se
melhor, para depois tomar remédio. É um absurdo, mas ouço pessoas dizendo
coisas parecidas com isso o tempo todo. Quero finalizar dizendo que o segredo
do domínio próprio é o controle de Cristo em nossas vidas regeneradas. Se você
ainda não creu em sua morte e ressurreição com Cristo, por misericórdia creia e
receba todos os benefícios da Pessoa de Cristo em seu interior, porque em
Cristo temos tudo. Tudo posso naquele
que me fortalece Filipenses 4:13. Amém.
Ouça os estudos em áudio no YOUTUBE:
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