Eis
que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Atos 7:56.
Estêvão foi um homem que viveu em
plenitude. Sua vida serve para nós de exemplo e inspiração. Uma das maiores
necessidades do nosso tempo é de homens que sejam modelos. Vivemos uma época
marcada pela superficialidade. As pessoas estão cheias de si mesmas e vazias de
Deus, estão cheias de vaidades e vazias de virtudes. Estêvão não era um homem
conformado com a mediocridade. Plenitude era a marca da sua vida e da sua
personalidade. Estêvão era um homem que havia passado pela cruz, e sempre foi
um homem cheio do Espírito Santo. Atos
6:5a. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de
fé e do Espírito Santo.
Ele era não apenas um homem regenerado,
selado, habitado e capacitado pelo Espírito, mas também um homem cheio do
Espírito de Deus. Uma das maiores necessidades da igreja de Deus neste século é
ter uma liderança cheia do Espírito Santo. Temos hoje muitos homens
cultos, eruditos, versados nas ciências,
mas poucos cheios do Espírito. Temos muitos líderes que detêm o poder nas mãos,
mas poucos que se submetem ao Espírito. Temos líderes cheios de vaidade, cheios
de si mesmos, mas vazios do Espírito. Temos líderes que exercem uma autoridade
imposta pela força ou pela intimidação, mas poucos que revelam a doçura do
Espírito em suas palavras e atitudes. A igreja precisa não tanto de homens
ricos, poderosos e cultos, mas de homens cheios do Espírito Santo. Muitos dos apóstolos
eram homens iletrados, mas no poder do Espírito eles colocaram o mundo de
cabeça para baixo. Em segundo lugar, Estêvão era um homem cheio de sabedoria.
Está escrito em Atos 6:3 Mas, irmãos,
escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.
Sabedoria é usar da melhor forma o
conhecimento para atingir os fins que mais glorificam a Deus. Sabedoria é ver a
vida da perspectiva de Deus. É reagir nas diversas situações com firmeza e
amor, transmitindo graça às pessoas. Muitas pessoas confundem conhecimento com
sabedoria. Uma pessoa pode ser culta e ser tola. Sabedoria é olhar para a vida como
Deus olha, é agir como Deus age, é ter uma compreensão clara da vida no meio do
nevoeiro. Hoje nosso foco é muito mais no conhecimento do que na sabedoria. Cultivamos
a cultura da cabeça, e não a cultura do coração. Ensinamos as pessoas a terem
fome de livro, e não fome de Deus. Mas o conhecimento sem a sabedoria
envaidece. A sabedoria não é ausência de conhecimento, mas a aplicação correta
do conhecimento. Estêvão tinha conhecimento
e sabedoria. Tinha luz na mente e fogo
no coração. Olhava para a vida com as lentes do saber humano, mas
interpretava-a pela ótica de Deus. Segundo a Bíblia Estêvão era um homem cheio
de fé. Vou citar novamente o texto de Atos
6:5a. Todos concordaram com a proposta dos apóstolos. Então escolheram Estêvão,
um homem cheio de fé e do Espírito Santo.
Estêvão confiava plenamente em Deus. Andava
estribado não em sua lógica humana, mas na direção divina. Estêvão andava por
fé. Seus olhos estavam sempre fitos em Deus. Não desanimava diante das refregas
da vida. Não perdia o ardor nem a motivação diante das oposições, Estêvão não
andava guiado pelas circunstâncias. Ele não se envaidecia com os milagres que
Deus realizava por seu intermédio nem se intimidava diante da ameaça do
Sinédrio. Ele vivia pela fé. Não era guiado pelas leis da terra, mas pelo
comando do céu. Seu propósito na vida não era proteger-se, mas honrar a Deus.
Ele preferiu o martírio à infidelidade. Ele não naufragou engolido pelas ondas
revoltas do ódio humano que vociferaram contra ele, porque seus olhos não
estavam postos nas pedras que seus algozes lançavam contra ele, mas no Rei do
Universo, que de pé o recebia na glória. A fé
não olha para baixo, mas para cima. A fé
não olha para a ameaça, mas para a recompensa. Eu e você somos chamados a
aproximar de Deus em plena certeza de fé. Aproximemo-nos,
com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má
consciência e lavado o corpo com água pura. Hebreus 10:22.
Precisamos aprender a depender mais de
Deus do que dos nossos recursos. Precisamos tirar nossos olhos das
impossibilidades humanas para colocá-los nas possibilidades infinitas de Deus.
Não andamos pelo que vemos, andamos pela fé. Não agimos apenas de acordo com os
recursos humanos, agimos pela fé. Pela fé devemos viver e pela fé devemos
morrer. A fé que nos foi dada em Cristo é muito mais preciosa do que qualquer
coisa deste mundo. Dizem que todo homem tem seu preço, mas, você já foi
comprado e quem te comprou não faz revenda. Está escrito em 1 Coríntios 6:20 Porque fostes comprados
por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
Outra característica fundamental na vida
de Estêvão é que ele era cheio de graça. Lemos em Atos 6:8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes
sinais entre o povo.
A graça abundante de Deus estava sobre a
sua vida. Ele levava uma vida de plenitude não na força da carne, mas firmado
no bordão da graça divina. Por isso, nunca perdeu a doçura da vida, mesmo
diante das perseguições mais cruéis. Estêvão servia às mesas com o coração
cheio da doçura do Espírito. Ele cuidava dos pobres com ternura. Vivia de forma
atraente. Falava de forma comovente. Sua vida era irrepreensível. Sua pregação
era irresistível. Em cada palavra, em cada gesto e em cada atitude, as pessoas
viam nele a graça de Deus. Só aqueles que estavam endurecidos taparam seus
ouvidos para não o ouvirem, porque não toleravam a verdade nem desejavam a
graça de Deus, que transbordava da vida de Estêvão. Jesus veio cheio de graça e
verdade, por isso o mataram. Estevão era cheio de graça e de realidade da vida
de Cristo, também o mataram. O que você espera se sua vida for cheia da graça? Atos 7:57 Eles, porém, clamando em alta
voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele.
Outra característica de Estêvão é que
ele era cheio da Palavra de Deus (Atos 7:1-60). Estêvão prega, de improviso, o
sermão com o maior número de citações das Escrituras que temos registrado na
Bíblia. Era um homem que conhecia com profundidade a Palavra de Deus. Estêvão
tinha disposto o coração para conhecer a Palavra, para vivê-la e para
ensiná-la. Ele gastava tempo com a Palavra. Ele estudava as Escrituras com zelo.
Ele não vivia estribado em sentimentos, em experiências, em fenômenos
extraordinários. Ele centrava sua espiritualidade na Palavra. Ele pregava não a
si mesmo. Ele exaltava não a si mesmo. Ele pregava a Palavra. Era um homem
cheio da Palavra. Hoje, infelizmente, há muitos líderes que estão à frente da
igreja, mas são praticamente analfabetos da Palavra. Governam o povo da plenitude
de seu coração e do vazio de sua cabeça. São líderes inseguros confusos,
jogados de um lado para o outro, à mercê das novidades do mercado da fé, que,
em vez de alimentar o rebanho de Deus com o trigo da verdade empanturram-no com
a palha tóxica das heresias. Mas aquele
em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha
com o trigo? —diz o SENHOR. Jeremias 23:28b.
Para concluir quero lhes mostrar que
Estêvão era um homem de perdão. O perdão cura, liberta e transforma. O perdão é
maior do que o ódio. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente, a
alforria do
coração. Perdoar é
lembrar sem sentir dor. Estêvão mesmo no suplício cruel do apedrejamento,
perdoou os seus algozes. Então,
ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com
estas palavras, adormeceu. Atos 7:60. Amém.
Ouça os estudos em áudio no YOUTUBE:
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