"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 8 de novembro de 2014

ENTENDA O HOLOCAUSTO

Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o trará, para que o homem seja aceito perante o SENHOR. Levítico 1:3.
A palavra holocausto significa: “todo queimado”. E está é a posição de Cristo no Livro de Levítico, posição esta que deve ser tida em consideração, se quisermos ter um conhecimento exato das revelações que este Livro encerra. Nessas revelações encontramos inflexível santidade unida a mais pura graça. Deus é Santo, seja qual for o lugar de onde fala. É Santo no monte Sinai e Santo no propiciatório. É necessário que Deus seja Santo, ainda que seja na condenação eterna dos pecadores impenitentes; porém a revelação plena da Sua santidade na salvação dos pecadores faz ressoar no céu um coro de louvor: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! Lucas 2:14.
Sem dúvida, havia “glória nas alturas”, mas não havia “paz na terra” nem “boa vontade para os homens”. Mas quando o Filho ocupou o Seu lugar como homem na terra, o céu pôde exprimir todo o Seu prazer nAquele cuja Pessoa e obra podiam ligar, da maneira mais perfeita, onde o Pai encontraria todo o Seu prazer. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade João 1:14a. E é em Seu Filho que Deus tem todo prazer: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. Lucas 3:22b.
O Senhor Jesus Cristo fazia sempre as coisas que agradavam ao Pai, Ele sempre fez a vontade de Deus. No holocausto, Jesus não se ofereceu como Aquele que foi feito maldição por nós, mas como Aquele que apresenta ao coração do Pai um perfume de incomparável fragrância. É por isso que o pecador culpado encontra, incontestavelmente, na cruz uma resposta divina aos mais profundos e ardentes desejos do coração. O verdadeiro filho de Deus encontra na cruz aquilo que cativa todas as afeições do seu coração e deixa aturdido todo o seu ser moral. Mas há alguma coisa na cruz que ultrapassa as mais elevadas concepções dos santos ou dos anjos; isto é, a profunda devoção do coração do Filho para com o Pai e como Este a apreciou. Levítico 1:13b. O sacerdote oferecerá tudo isso e o queimará sobre o altar; é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR.
O holocausto não representa Cristo sobre a cruz levando o pecado, mas sim, Cristo sobre a cruz cumprindo a vontade de Deus. Que Cristo mesmo contemplava a cruz nestes dois aspectos é evidente pelas Suas próprias palavras: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. Lucas 22:42.
Irmãos, este é um assunto elevado da cruz, que é manifestado de um modo tão notável no holocausto. Nunca podemos nos esquecer que Cristo veio para fazer a vontade de Deus. Caso contrário, não poderia haver lugar para a ação voluntária no caso de uma pessoa que era compelida, pela própria necessidade da sua posição, a morrer. Se Cristo tivesse carregado com o nosso pecado na Sua vida, então segue-se que a Sua morte seria obrigatória e não um ato voluntário. Este é especialmente o caso no holocausto, porquanto não é uma questão de carregar com o pecado ou de sofrer a ira de Deus, mas inteiramente de dedicação voluntária, manifestada na morte da cruz. No holocausto reconhecemos uma figura de Deus o Filho, cumprindo, por intermédio de Deus Espírito, a vontade de Deus Pai. Isto Ele fez de “sua própria vontade”. Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. João 10:17.
Foi um ato voluntário da Sua própria parte; dar a Sua vida para tornar a tomá-la. Isto Jesus fez porque Ele deleitava-se em fazer a vontade de Deus. O Senhor Jesus nunca se deteve para averiguar até que ponto qualquer ato ou circunstância O afetaria. Ele se aniquilou a Si mesmo e também renunciou a tudo. E, por isso, quando chegou ao fim da Sua carreira, pôde refletir sobre o passado, olhar para trás e, com os olhos levantados ao céu dizer: Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; João 17:4.
É impossível contemplar a obra de Cristo sob este aspecto sem que o coração se sinta cheio das mais gratas afeições para com a Sua Pessoa. É neste ponto que podemos entender a nossa identificação com Cristo em Sua morte e ressurreição. Porque antigamente quando eram feitos os sacrifícios havia também uma identificação do adorador com o holocausto. Leiamos Levítico 1:4 E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação.
O ato da imposição das mãos exprimia completa identificação. Por este ato significativo o oferente e a oferta tornavam-se um; e esta unidade, no caso do holocausto, assegurava ao oferente que a sua oferta era aceita. A aplicação deste fato a Cristo e ao cristão realça uma verdade das mais preciosas, uma das mais largamente desenroladas no Novo Testamento, a saber: a identificação eterna do cristão com Cristo e a sua aceitação em Cristo. Está escrito em Romanos 6:5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição.
É quando cremos neste fato é que Deus nos aceita efetivamente e definitivamente na Pessoa do Seu filho Jesus Cristo. Vamos ler Efésios 1:6 para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
Nada menos do que isso nos podia aproveitar. O homem que não está em Cristo está nos seus pecados. Não há terreno neutro. Ou estamos em Cristo ou fora dEle. Não se pode estar parcialmente em Cristo. Ainda que seja apenas a espessura de um cabelo que se interponha entre vós e Cristo, estamos num estado positivo de ira e condenação. Agora se você está “em Cristo”, você é “qual Ele é” perante Deus, e assim considerado na presença da santidade infinita. Esse é o ensino claro da Palavra de Deus. Em Cristo estamos perfeitos, somos membros do Seu corpo e o Pai nos fez “agradáveis a Si no amado”. Quando cremos em nossa morte e ressurreição com Cristo, estamos unidos perfeitamente e eternamente a Ele. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. 1 Coríntios 6:17.
Irmãos, não é possível que a Cabeça esteja num grau de aceitação e os membros noutro. Não; a Cabeça e os membros são um. Deus considera-os um; e, portanto, são um. Esta verdade é, ao mesmo tempo, o fundamento da mais elevada confiança e da mais profunda humildade. Nos dá a mais completa segurança. Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda. 1 João 2:28.
O maravilhoso dessa obra é que Foi o próprio Deus quem nos colocou em Cristo. Graças a Deus pela oferta de Cristo a Deus, e na Sua oferta santo nos tornou. Uma vez estando em Cristo podemos chegar diante do Pai não mais como pecador culpado, mas como sacerdote em adoração, vestido com os vestidos de glória e ornamento. Ocupar-me da minha culpa na presença de Deus, não é pelo que me diz respeito, humildade, mas sim incredulidade, pelo que respeita ao sacrifício de Cristo. Hoje nós podemos olhar para a cruz e entender que Cristo consumou até mesmo na morte, a vontade do Pai. Cristo entrou no céu com a Sua própria justiça, levando consigo os sinais de ter completado a Sua obra. As cinzas atestavam que o sacrifício estava consumado e que havia sido aceito por Deus. As cinzas, postas ao lado do altar, indicavam que o fogo tinha consumido o sacrifício, que era um sacrifício não apenas consumado, mas aceito. As cinzas da expiação do pecado declaravam que o pecado fora julgado. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas. Hebreus 1:3. Amém.


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