A
estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas
incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas
concernentes ao reino de Deus. Atos 1:3.
Cristo não apenas morreu pelos nossos
pecados segundo as Escrituras, mas ressuscitou novamente de acordo com essas
mesmas Escrituras. A pregação dos discípulos como existe no livro dos Atos
chama atenção ao cumprimento da profecia e ao propósito da ressurreição. A
morte e o inferno reterão tudo aquilo que se relaciona com o pecado. Mas Cristo
não tinha pecado e entrou na morte. O ferro não podia retê-Lo ao madeiro, nem
as cordas da morte podiam detê-Lo. Sendo
este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o
por mãos de iníquos; ao qual, porém,
Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível
fosse ele retido por ela. Atos 2:23-24.
A certeza eficaz da ressurreição de
Cristo é uma convicção que todo regenerado deve alimentar em seu coração.
Igualmente significativos são os tipos ou figuras como, por exemplo, o molho
das primícias que, sendo movido no primeiro dia da semana, se torna uma figura
de Cristo como as primícias dos que vivem, e a garantia da colheita que está por
vir. Mas, de fato, Cristo ressuscitou
dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Cada um, porém, por
sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua
vinda. 1 Coríntios 15:20,23.
Vamos olhar para o Antigo Testamento e
ver ali algumas figuras biográficas para termos vislumbres que prefiguram a
ressurreição de Cristo. Lembra-se de Isaque? Ele prefigura a ressurreição de
nosso Senhor. Leiamos Gênesis 22:5
Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos
até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
Este filho de Abraão miraculosamente
nascido, cujo nascimento foi anunciado por um anjo, que recebeu o seu nome
antes de nascer e foi oferecido sobre o monte Moriá, nos dá um vislumbre do
sofrimento, morte e ressurreição de nosso Senhor. Note as referências ao
“lugar” em Gênesis. Tais referências apontam para o lugar chamado o Calvário. Gênesis 22:9 e Lucas 22:33. Chegaram ao
lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele
dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da
lenha. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como
aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda.
Outra figura biográfica tão linda no
Antigo Testamento sobre a ressurreição de Cristo é José do Egito. E lhe disseram: José ainda vive e é
governador de toda a terra do Egito. Com isto, o coração lhe ficou como sem
palpitar, porque não lhes deu crédito. Porém,
havendo-lhe eles contado todas as palavras que José lhes falara, e vendo Jacó,
seu pai, os carros que José enviara para levá-lo, reviveu-se-lhe o espírito. E
disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; irei e o verei antes que eu
morra. Gênesis 45:26-28.
Não conhecemos nenhuma outra Escritura
do Antigo Testamento melhor do que essa para usar sobre a ressurreição. Essa
passagem combina o medo e o gozo, a incerteza e a segurança que encontramos no
relato da ressurreição do Senhor Jesus. Quando os discípulos viram Jesus
ressuscitado tiveram uma reação de temor. Lucas
24:37 Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um
espírito.
Mas logo em seguida, eles tiveram uma
reação maravilhosa de alegria. Nós que morremos e ressuscitamos com Cristo,
também devemos viver uma vida de alegria, pois temos em nós a vida de
ressurreição! E, por não acreditarem
eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes
aqui alguma coisa que comer? Lucas 24:41.
Irmãos e irmãs, o dito da narração do
Antigo Testamento é a história da ressurreição de Cristo, pois em nenhum lugar
é mais verdadeiro do que na história de José. José é apresentado a nós como o
filho amado que deixou Hebrom (comunhão) para ir até os seus irmãos. Ele “veio
para os que eram seus, e os seus não o receberam”. Eles o odiaram,
especialmente por causa dos seus sonhos, que eram proféticos e sugeriam que as
coisas no céu e na terra seriam entregues em suas mãos. Eles o venderam,
aceitando a sugestão de Judá, em troco de algumas moedas de prata. Acusado
injustamente, ele foi lançado na prisão. Falando de José o salmista diz: Salmos 105:17-18: Adiante deles enviou um
homem, José, vendido como escravo; cujos pés apertaram com grilhões e a quem
puseram em ferros.
Para os dois homens na prisão com ele,
um copeiro e um padeiro, José se tornou um aroma de vida para um e de morte
para o outro. O copeiro, no seu sonho, trouxe o vinho ao rei e foi aceito. O
padeiro trouxe do seu serviço e foi rejeitado, por isso foi morto. Assim também
somos nós neste mundo, ou seja, para alguns somos aroma de vida, mas para
outros, aroma de morte. Porque nós somos
para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se
perdem. 2 Coríntios 2:15.
José é uma linda figura Daquele que viria;
Jesus Cristo, nosso Senhor. Deixando a perfeita comunhão que tinha na casa do
Pai, Ele veio para os Seus. Eles o odiaram sem causa. A traição e a venda de
Judas; a cruz onde machucaram os seus pés com ferros, onde dois homens
compartilharam o Seu castigo; todos esses detalhes são vistos em José. Um
ladrão aceitou alegremente o sangue da Videira Verdadeira em seu cálice e
clamou: “Jesus, lembra-te de mim quando
vieres no teu reino”. Ele se apossou da Vinha naquele dia em que o Senhor
se tornou aroma de vida para aquele que creu e também aroma de morte para
aquele que pereceu. 2 Coríntios 2:16a. Para
com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para
vida.
A fé na ressurreição de Jesus Cristo é o
fundamento da mensagem cristã. A fé cristã estaria morta se lhe fosse retirada
a verdade da ressurreição de Cristo. A ressurreição de Jesus são as primícias
de um mundo novo, de uma nova situação do homem. Ela cria para os homens uma
nova dimensão de ser, um novo âmbito da vida: o estar com Deus. Também
significa que Deus manifestou-se em Seu Filho de forma real, também colocou em
nós a vida de ressurreição que é o próprio Cristo. Não podemos morrer mais,
nunca mais, pois somos filhos da ressurreição! Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de
Deus, sendo filhos da ressurreição. Lucas
20:36.
Crer na gloriosa ressurreição de Jesus,
para o cristão, é uma condição de existência eterna. Livres do pecado, da morte,
mas cheios de vida, luz e imortalidade. A morte não tem mais domínio sobre a
vida de um nascido de novo. que nos
salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos, e manifestada,
agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu
a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho. 2
Timóteo 1:9-10.
Nos final da história de José, seu pai e
irmãos se apresentam a Faraó. Ele não se envergonha deles, mesmo eles sendo
pastores, porque os pastores eram abominação aos egípcios. Os irmãos são
aceitos no amado José. Que dia
glorioso quando nosso José deixar Seu palácio grandioso para nos encontrar nos
ares e nos conduzir ao lar! Amém.
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