"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 2 de agosto de 2008

DESÇA DO ELEVADOR


Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. Salmo 19:13.

O nosso Dicionário define o orgulho como "um exagerado senso de superioridade pessoal, uma auto-estima desordenada, arrogância e altivez de espírito, presunção". Sempre será fácil vermos o orgulho manifesto em nossos semelhantes, e não em nós mesmos. Algumas pessoas arrogantes chamam de orgulhosas a outras pessoas. É que o orgulho é uma atitude muito sutil. Podemos ter o orgulho de sermos mais espirituais que outras pessoas, conforme os fariseus se imaginavam. Podemos até ter orgulho de nossa humildade, de nossa suposta bondade. Isaías 65:5 Povo que diz: Fica onde estás, não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu. És no meu nariz como fumaça de fogo que arde o dia todo. O ser humano está dentro de um elevador, e o elevador faz parte de sua vida. Ele quer subir, subir sempre e depressa, e subir sozinho, deixando lá embaixo os concorrentes, os mais fracos, os mais pobres, os mais ignorantes, os mais tímidos, os mais tolos, os mais pecadores. É uma reação natural de quem nasceu em iniqüidade e foi concebido em pecado. Salmos 51:5 Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.

A soberba tem muitos parentes e parentes próximos. Todos começam com o prefixo "ego" e entre eles é possível citar: "egocentrismo" que significa o "eu" como o centro de todo interesse, o "egoísmo", que expressa amor excessivo ao bem próprio, temos também a palavra "egolatria" que quer dizer "adoração de si mesmo". A família inteira jaz no pecado e vive do pecado. Os sentimentos que expressam são diretamente opostos aos sentimentos cristãos. Desde os tempos mais remotos, a luta de Deus com o homem é nesta direção. Deus o acusa freqüentemente de cerviz dura. Deuteronômio 9:13: Falou-me ainda o SENHOR, dizendo: Atentei para este povo, e eis que ele é povo de dura cerviz. O homem não se curva, não se abaixa, não se desmonta, não desce. Este é o diagnóstico que Deus fez de Israel. Na época do profeta Isaias, a metáfora da cerviz dura é reforçada Isaías 48:4 Porque eu sabia que eras obstinado, e a tua cerviz é um tendão de ferro, e tens a testa de bronze. E a coisa não muda em nossos dias. Atos 7:51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.

Se alguém quer evitar a queda, tome cuidado com a soberba, pois entre uma e outra a distância é muito pequena. A soberba tem um poder de atrair a queda e está lei é inflexível, é válida para todo indivíduo, vale para igrejas e vale também para nações. Quanto maior for a soberba, maior será a queda. Se alguém sobe acima das altas nuvens, certamente será precipitado no mais profundo do abismo. Isaías 14:13-15 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo.

O único meio ao nosso alcance para não cair em ruína é deixar a soberba à míngua. Porquanto a soberba dá a impressão de que somos suficientemente fortes para vencer tentações e cumprir nossas responsabilidades. É por isso que não vigiamos mais, não oramos como antes, não nos consideramos frágeis, não gritamos por socorro, não buscamos a direção de Deus nem os seus recursos e poder. Quase em seguida cortamos o cordão umbilical, separamo-nos da Videira, declaramos nossa auto-suficiência, dizemos que somos donos de nossos narizes e nos entregamos à aventura de viver sem Deus no mundo. Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Efésios 2:12. Quando isto acontece, a ruína é inevitável, mesmo que atrase um pouco. A vaidade é semelhante ao tumor maligno que faz surgir outros focos secundários até tomar conta de todo o corpo e provocar a morte.

Uma das expressões mais audaciosas e comuns da soberba humana é viver como se Deus não existisse. Aquele que nunca pede desculpas, aquele que não se entristece pela falta cometida, aquele que não sente necessidade de perdão, aquele que não agradece nada a Deus, aquele que não dobra sua cerviz nem seus joelhos diante do Criador dos céus e da terra, aquele que não presta culto a Deus, este é um soberbo por excelência. Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. Habacuque 2:4. Na verdade o mundo está cheio de soberbos por excelência. Alguns são ateus, alguns são religiosos, alguns são crentes, alguns até se apresentam como cristãos, mas todos são apáticos, secularistas e materialistas, e em sua incontrolável soberba, eles se amotinam e se insurgem contra o Senhor: Salmos 2:2-3 Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas.

O clímax mesmo da soberba não é quando o homem rompe com Deus, mas quando pretende mostrar-se igual ou superior a ele. Por mais absurda que possa parecer, essa soberba existe! Daniel 4:30 falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade? Quem disse isso foi o rei Nabucodonosor, mas veja o fim que o Senhor lhe deu: Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. Daniel 4:32. De fato todo o soberbo tem que pastar para que possa reconhecer que há só um Deus Todo-Poderoso, que só há um que devemos dar glória. Daniel 4:37. Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.

A soberba é um problema tão delicado que exige uma série de medidas de caráter radical para prevenir a doença ou para acabar com ela. Uma delas é chamado espinho na carne que Deus teve o cuidado de colocar em Paulo para que o apóstolo não se ensoberbecesse com a grandeza das revelações e, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 2 Coríntios 12:7.

Todos somos propensos à vaidade, sobretudo depois do sucesso, depois de certos privilégios, depois das palmas e dos elogios. Quem bate palmas e nunca junta as mãos para interceder por aquele que aplaude é cúmplice do pecado da soberba. A soberba é uma doença mortal grave. De cura difícil, dolorosa e demorada. Muitos não se curam, morrem na soberba. É difícil porque a soberba cega o paciente e impede que ele descubra e assuma a sua arrogância. C. S. Lewis disse acertadamente que: "O primeiro passo rumo à humildade é o reconhecimento do nosso orgulho". É impressionante como as pessoas estão na busca desenfreada de reconhecimento e glória nestes dias atuais. As escolhas estão voltadas para as "grandes coisas". No entanto, Deus sempre vai trabalhar com os opostos em todas as suas escolhas. Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 1 Coríntios 1:28-29.

Quando temos a revelação do Espírito Santo de quem somos de verdade, certamente ficaremos bastante tristes e frustrados conosco mesmos, pois a Bíblia afirma que: Eis que sois menos do que nada, e menos do que nada é o que fazeis; abominação é quem vos escolhe. Isaías 41:24. É um remédio muito amargo, mas curador. Quando temos a revelação da nossa morte com Cristo naquela cruz, certamente a nossa glória será outra: Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. Gálatas 6:14 .

Quando cremos que morremos e ressuscitamos com Cristo, o seu amor é derramado em nosso coração, e onde esse amor entra, Deus entra. Concordo com as palavras de Andrew Murray quando disse: "Não há nenhum santo a não ser Deus; temos tanto de santidade quanto temos de Deus, essa será nossa real humildade, pois a humildade não é nada senão o desaparecimento do ego na visão de que Deus é tudo. O mais santo será o mais humilde". Quanto mais nós temos de Cristo, mais seremos humildes, e de fato Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 2 Coríntios 4:7.

A maior humilhação que uma pessoa possa ter é a de saber que já foi e está crucificada com Cristo. E a maior exaltação que uma pessoa possa ter, é saber que foi ressuscitada com Cristo e está assentada nos lugares celestiais. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:5-11.

Pr. Cláudio Morandi -11/10/2007

Nenhum comentário: