"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 2 de agosto de 2008

EDUCANDO FILHOS À MANEIRA DE DEUS

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Provérbios 22:6

A melhor maneira de educar nossos filhos para que eles sejam bem sucedidos é o exemplo. Alguém já disse que "o exemplo é mais poderoso do que a retórica". O pastor Glenio Fonseca Paranaguá disse em seu livro "exame de paternidade", que "um ensino bom e correto enunciado por uma vida torta é mais prejudicial ao equilíbrio emocional dos filhos do que a coerência de um ensino errado transmitido por uma vida errada". Toda criança já nasce com uma potencialidade caótica e carece de repreensão adequada, como método humano, para enquadrá-la no contexto social. De quem é a responsabilidade de educar filhos? A Bíblia nos informa que é responsabilidade dos pais educar os filhos e isso para uma vida digna, e somente assim terão uma formação de vida equilibrada. E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. Efésios 6:4.

Em um sentido real, Deus nos deu uma oportunidade divina de moldarmos as vidas de nossos filhos para o tempo e para a eternidade e é lindo percebermos que podemos de fato, ensinar a nossos filhos o amor e a natureza de Deus. Também não podemos esquecer que nossos próprios complexos podem interpor obstáculos entre nossos filhos e Deus. O grande educador Roy Lessin, disse algo muito interessante se referindo ao pensamento humanista, como um dos grandes obstáculos à disciplina educacional de nossos filhos. Ele disse que: "Essa filosofia humanista, muitas vezes, traz consigo a idéia de que a autoridade e disciplina paternas são coisas erradas e que impedem a verdadeira liberdade humana. A noção de que as crianças são seres basicamente bons, e que, se forem deixadas à vontade, crescerão felizes e serão pessoas realizadas, é outra doutrina do humanismo". A filosofia do homem eventualmente levará a deificação do homem. Se não é de Deus não levará a Deus. Lembramos como é o coração do homem: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Jeremias 17:9. Toda criança precisa ser disciplinada. A necessidade é universal, pois está escrito em Romanos 3:23: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Também lemos em Salmos 58:3 Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.

Algumas crianças deixam de perceber a diferença entre amor e atenção. O amor é uma necessidade construtiva, mas uma busca indevida por atenção não é boa coisa. Há crianças que acham que têm de ser o centro das atenções para serem amadas. No entanto, elas farão de tudo para chamar a atenção dos pais com suas carências muitas vezes manipuladas, para poder dirigir seus progenitores. Ceder a todas as exigências de atenção leva ao egoísmo e a comportamento mimado. As crianças se tornam nossas amas e nós seus escravos. Recusam-se a nos dar um só momento de sossego. Utilizam-se de nosso senso de responsabilidade para dominar nossas vidas. Em resumo, são tiranos em miniatura. Somente uma correção séria dará descanso aos pais e segurança aos filhos. O uso da vara é necessário, só palavras não resolvem. Provérbio 29:17 Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma.

Ao criar a família, Deus também queria nos ensinar a Seu próprio respeito. Os filhos aprenderão sobre o amor e a natureza de Deus através do testemunho de seus pais. Todo relacionamento familiar é planejado para aumentar nossa compreensão da natureza de Deus. Uma razão para o estabelecimento da família se baseia na necessidade de orientação que as crianças tem. Chegamos todos a esta vida com grande potencial para o mal e para o bem. Apesar de os bebês não serem criaturas conscientemente pecadoras, nascem sob o pecado. Têm inclinação para o egoísmo, rebeldia e o mal. Salmos 51:5 Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. Essa idéia em outro texto é bastante ampliada. Diz lá: A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela. Provérbios 22:15. Essas palavras contrastam nitidamente com as declarações de algumas pessoas que resistem ao ensino bíblico de que as crianças são pecadoras. Insistem que nascemos bons, ou pelo menos moralmente neutros. Mas, mesmo as crianças pequenas demonstram uma vontade teimosa, egoísta, que é o cerne do pecado.

Todo aquele que morreu e ressuscitou com Cristo, muitas vezes terá de passar pela vara da disciplina. E está é a maneira de Deus corrigir seus filhos. Através da vara da disciplina, Deus nos treina para sermos obedientes para o nosso próprio bem. Como filhos de Deus, somos disciplinados para aprendermos a crescer. Mas não somos castigados para pagarmos por nossa desobediência. Deus castiga os incrédulos por seus pecados. Mas todo o Seu castigo para os pecados dos seus filhos foi sofrido por Cristo na Cruz. Compare as seguintes passagens e começará a ver as diferenças entre o castigo que Deus aplica aos não cristãos e a disciplina que Ele aplica a seus filhos. Primeiro para os filhos de Deus ele diz: Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem. Provérbios 3:11-12. Agora vejamos para os não-cristãos (castigo): Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz. Castigarei o mundo por causa da sua maldade e os perversos, por causa da sua iniqüidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos violentos. Isaías 13:9-11.

"Faça o que eu mando, não o que faço". Esse provérbio paterno é uma ordem silenciosa de muitos pais. Infelizmente, não funciona! As crianças aprendem mais através de nosso comportamento do que através de qualquer outra fonte. Toda pregação e ensinamento do mundo são sombreados por nossas ações. No entanto, toda criança irritada, desobediente, rixenta, birrenta, teimosa, desorganizada, que não tem cuidado com suas coisas, quebra tudo, etc; são verdadeiras figuras mascaradas que os próprios pais são. Imitar os pais é uma forma básica de aprendizado de cada filho. Gritar, fazer beicinho e outras reações, também são aprendidas com os pais. O exemplo fala muito alto. Se de fato nós cremos que fomos atraídos no corpo de Cristo, incluídos na sua morte e ressurreição, somos feitos filhos de Deus. E todo filho de Deus não fica sem correção. E se nosso Pai-celestial nos corrige, também devemos corrigir aos nossos filhos conforme a maneira estabelecida pelo próprio Deus. Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Hebreus 12:6 e 8.

É muito comum os pais não entenderem quando devem usar a vara, mesmo entre aqueles que reconhecem a importância que Deus dá a isso. Nunca foi intenção de Deus que a vara fosse aplicada ao acaso. Ela tem um objetivo direto e deve ser aplicada por razões especificas. O grande problema em não corrigir os filhos adequadamente, é porque os pais idealizam desculpas para não disciplinar. Normalmente os pretextos são basicamente desta natureza: "Ele é muito pequenino e não entende as coisas". Se uma criança já tem idade suficiente para entender palavras como "gatinho", "tchau", "sorvete", então já pode entender também a palavra "não". Tenho ouvido pais falarem da inteligência dos filhos: "Ele já sabe dar tchau", "já sabe bater palminhas!" Mas, quando se trata de uma desobediência ou de um incômodo para outras pessoas, dizem que eles não compreendem bem as coisas, e, portanto, deve-se ter paciência com eles. Mas isso não passa de desculpa. Quantos pais para desculpar a rebeldia dos filhos dizem: "Ah, ele está com muito sono, e quando está com sono, fica pirracento". Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno. Provérbios 23: 13-14.

Precisamos de sabedoria para disciplinar nossos filhos. Quero destacar pelo menos cinco ocasiões em que não se deve castigar a criança. Primeira, por criancices. A vara nunca deve ser aplicada nos filhos para forçá-los a fazer alguma coisa para a qual ainda não estão preparados. As crianças não devem apanhar somente por serem crianças, por fazerem coisas próprias da idade. Segunda, por falta de certas habilidades. Os pais devem ter o cuidado de não bater nos filhos para que eles tenham as habilidades de outrem. Forçar a criança, através de castigos, a ter um desempenho atlético e intelectual, por exemplo, igualando-se à capacidade de uma criança vizinha, é injustiça e crueldade. Terceira, por acidentes. Esquecimentos e pequenos acidentes involuntários também não são razões para uma criança apanhar. Os pais precisam aprender a distinguir entre conduta sem erro e sem culpa. Muitas vezes, uma criança, espontaneamente, tenta ajudar os pais e os resultados nem sempre correspondem à motivação dela. Quarta, informação incompleta. Outra situação em que um pai não deve bater num filho é quando não está bem a par de todos os fatos implicados em certo incidente. Não faça um "julgamento apressado", se tudo ainda não estiver bem claro. Não devemos nos basear apenas em coisas que ouvimos dizer, mas precisamos averiguar bem o que aconteceu. Quinta, por raiva. Um pai ou uma mãe nunca deve bater num filho quando levado pela raiva. Bater não tem como objetivo ser uma válvula de escape para as frustrações paternas, e não deve se basear nas emoções dos pais. Esse tipo de correção é que leva à crueldade com crianças. Antes, a vara tem por alvo aplicar a correção em amor, com base numa obediência à Palavra de Deus. Hebreus 12:10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.

A correção física é a melhor forma de disciplina, a que mais amor revela. A vara, quando adequadamente ministrada, irá reprimir o espírito de rebelião e teimosia que há no coração infantil, sem destruir seu espírito. As crianças que são disciplinadas pela correção física sabem que seus pais as amam, e terão uma imagem própria certa e adequada. O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina. Provérbios 13:24. As crianças felizes e obedientes são aquelas cujos pais não negligenciam nem rejeitam as responsabilidades que Deus colocou sobre eles na criação dos filhos, para que os ensinem no caminho em que devem andar. Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto. Provérbios 20:11.

Pr. Cláudio Morandi - 13/10/2007

Nenhum comentário: