"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

DOENÇA OU PECADO

Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, Romanos 3:23.

Se hoje você é um cristão, certamente lhe foi pregado todo o desígnio de Deus, todo o plano de salvação lhe foi anunciado para que houvesse libertação plena do pecado. Enquanto não se anuncia todo intento de Deus para a salvação do homem em pecado, jamais o homem será convencido pelo Espírito Santo de que é pecador e jamais ele poderá alcançar a salvação em Cristo Jesus. Estamos vivendo uma época em que recuperar a sociedade é um exercício sem sentido e fútil. E podemos ter certeza de que Deus não está interessado em uma reforma moral e superficial numa sociedade não-regenerada. O propósito de Deus para este mundo, e a única comissão legítima da igreja, é a proclamação da mensagem do pecado e da salvação ao indivíduo, a quem Deus redime e retira do mundo. O propósito de Deus para o mundo é salvar aqueles que crêem no evangelho e não trabalhar com correções de fachada numa cultura moralmente falida. Vemos o apóstolo Paulo falando da condição dos homens da nossa sociedade contemporânea em 2 Timóteo 3:2-3. Pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem.

Nossa cultura declarou guerra contra a culpa. Geralmente, aqueles que têm problemas com sentimentos de culpa recorrem a um terapeuta, cuja tarefa é melhorar a auto-imagem do paciente. Ninguém, afinal de contas, deve sentir-se culpado. A culpa não conduz à dignidade e nem à auto-estima. A sociedade encoraja o pecado, mas não tolera a culpa produzida por ele. Esse tipo de pensamento tirou do discurso dos púlpitos palavras como pecado, arrependimento, novo nascimento, restauração, redenção. Presume-se que ninguém sente culpa, como alguém poderia ser pecador? A cultura moderna nos responde: "As pessoas não são responsáveis pelo que fazem, elas são conseqüência do que lhes acontece". Sendo assim, toda falha humana deve ser descrita nos termos de como o criminoso foi vitimado. Todos deveríamos ser suficientemente "sensíveis" e "compassivos" para perceber que os próprios comportamentos que eram rotulados de pecado, são na verdade evidências da vitimização. Se uma pessoa tem sentimento de culpa, certamente ela é culpada. Oséias 5:15. Irei e voltarei para o meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, cedo me buscarão.

A indústria da terapia claramente não está solucionando o problema que as Escrituras chamam de pecado. Em vez disso, simplesmente convencem as multidões de que estão desesperadamente desequilibradas, e, portanto, não têm nenhuma responsabilidade pelo mau comportamento. Isso lhes dá permissão para entenderem que são pacientes e não malfeitores. Isso também as encoraja a se submeterem a um tratamento intenso e caro, que dura anos a fio, ou melhor, a vida toda. O pecado tratado como doença provocou um crescimento enorme da multibilionária indústria do aconselhamento e um brilhante futuro econômico aos profissionais da área. Portanto, sabendo que somos culpados devemos clamar a misericórdia de Deus reconhecendo o que somos de verdade, pois a procrastinação permite que o sentimento de culpa se transforme em feridas. Isso sucessivamente gera depressão, ansiedade e outros problemas emocionais. Talvez tenha sido isso que Paulo tinha em mente quando escreveu que: Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. Tito 1:15.

Ao estudarmos as Escrituras Sagradas podemos observar que ela esboça as etapas dessa degradação da humanidade em decorrência da queda do homem de forma tão vívida e real, que é como se tivesse sido tirada das páginas do jornal de ontem. Quanto mais a sociedade moderna alcança a profundidade da descrença e da libertinagem, mais a verdade das Escrituras é cumprida. Perceba como os pontos que o apóstolo Paulo destacou há aproximadamente dois mil anos descrevem precisamente os pecados mais populares dos nossos dias. Eles aparecem nas seguintes áreas: secularismo, falta de bom senso, corrupção religiosa, lascívia descontrolada e perversão sexual. No secularismo a Bíblia diz: Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Romanos 1:21. Uma vez que uma pessoa começa a deter a verdade pela injustiça, perde o ancoradouro espiritual. Rejeite a luz e você ficará na escuridão. Isso é exatamente o que aconteceu com a raça humana ao longo da História.

Na falta de bom senso as Escrituras diz: Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos. Romanos 1:22. Compreendemos neste verso que até as faculdades mentais foram corrompidas pela incredulidade. Também este verso descreve a insensatez que nada mais é que uma enorme cegueira espiritual. É a pior de todas. Ela corrompe a consciência e leva o descrente à incapacidade de raciocínio correto sobre qualquer assunto espiritual. Nossa sociedade é bombardeada por essa insensatez espiritual. Parece que o julgamento moral foi completamente banido.

Com relação à corrupção religiosa, podemos observar que a insensatez moral inevitavelmente corrompe a espiritualidade. Na verdade, todas as religiões que a humanidade nos deixou como legado são invariavelmente fruto da cegueira espiritual da insensatez. Lemos em Romanos 1:23. Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Isto significa que todas as religiões humanas, de acordo com as Escrituras, caminham na direção contrária à verdade, longe do Deus verdadeiro, tendendo sempre para a idolatria.

Outro ponto fundamental que quero destacar é a perversão sexual reinante em nossa sociedade, e que a cada dia que passa vem ganhando forças e apoio principalmente nos meios evangélicos. Práticas sexuais que eram universalmente vistas como terrivelmente pervertidas há algumas décadas, hoje são exibidas e celebradas nas ruas. Os homossexuais tornaram-se audaciosos, até mesmo arrogantes, exigindo a aprovação da sociedade às suas perversidades. O pensamento não-biblico corrompeu de tal maneira a consciência coletiva da sociedade que rapidamente o consenso de solidariedade ao movimento homossexual está crescendo rapidamente. Algumas poucas consciências ainda se chocam ao pensamento de tal iniqüidade, porém pressões radicais tentam levá-las a pensar que deveriam ter uma mente aberta, ser mais tolerantes, permissivas e até mesmo apoiar esse tipo de perversão. A concupiscência desenfreada inevitavelmente conduz às mais aviltantes e pervertidas formas de pecados sexuais. Os desejos carnais se deterioram e transformam-se em "paixões infames". Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. Romanos 1:26-27. Infelizmente o final de todos aqueles que praticam este tipo de perversão, bem como os que se "simpatizam", terão um final muito triste. 1 Coríntios 6:9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas.

Sentimos culpa porque somos culpados. Somente a cruz de Cristo pode responder ao pecado de uma maneira que nos liberte da dor da nossa vergonha. O evangelho em si mesmo é desagradável, desprezível, repulsivo e alarmante para o mundo. Revela o pecado, condena o orgulho, traz convicção ao coração incrédulo e demonstra que a justiça humana, até mesmo nos melhores e mais atraentes aspectos da natureza humana, é imprestável, corrupta, não passa de trapos de imundícia. Isaías 64:6. Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.

O evangelho afirma que os verdadeiros problemas da vida ocorrem por nossa causa, não por causa das outras pessoas. Somos pecadores caídos, possuímos corações enganosos, motivações ímpias e orgulho forte. Não podemos culpar a ninguém por nossos fracassos e miséria. Esta não é uma perspectiva muito popular, especialmente no clima psicológico de nossos dias. É uma péssima notícia para os que amam o pecado; e muitos, ao ouvirem estas verdades pela primeira vez, reagem com desdém contra o mensageiro. Inseparável ao evangelho está o poder de um Deus onipotente. Este poder, por si mesmo, é suficiente para salvar o mais vil pecador e transformar o mais insensível coração, sem qualquer engenhosidade, ilustrações e argumentos humanos. O profeta Jeremias escreveu: Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal. Jeremias 13:23.

A verdade é que as pessoas encontram-se completamente incapacitadas de vencer seu próprio pecado. O pecado faz parte de nossa natureza, assim como as manchas do leopardo. Não podemos mudar a nós mesmos. As técnicas de auto-ajuda e dos programas de recuperação podem suprir ajuda temporária para que as pessoas sintam-se melhores a respeito de si mesmas, mas não possuem o poder de remover o pecado ou mudar o coração humano. Nem mesmo o batismo nas águas pode remover o pecado do homem. Está escrito em Jeremias 2:22. Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniqüidade perante mim, diz o SENHOR Deus. Também não é pedindo perdão dos pecados a Deus que Ele irá nos perdoar. A única maneira de Deus nos perdoar e tirar o pecado do homem é quando este homem crer que morreu com Cristo na mesma cruz que Ele. Isaías 22:14. Mas o SENHOR dos Exércitos se declara aos meus ouvidos, dizendo: Certamente, esta maldade não será perdoada, até que morrais, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.

Quero concluir dizendo que a razão pela qual as pessoas gostam da religião e moralidade intelectual é o fato de que estas coisas apelam ao ego humano. Ao mesmo tempo, a sabedoria mundana escarnece do evangelho precisamente porque ele confronta a presunção humana. O evangelho exige que as pessoas reconheçam seu pecado e incapacidade espiritual. O evangelho humilha as pessoas, convencendo-as do pecado, chamando-as de pecadores. Além disso, oferece a salvação como uma obra graciosa de Deus, não algo que alguém possa conquistar por seus próprios esforços. A cruz esmaga completamente o orgulho humano, mas liberta completamente o homem do pecado. A doença é em decorrência do pecado, e o pecado é o causador da doença, mas Cristo crucificou o pecado e acabou com a doença. Jesus verdadeiramente tirou o nosso pecado lá na cruz. Romanos 6:6. Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos.

Pr. Cláudio Morandi - 17/07/2008

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