"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 2 de agosto de 2008

EVANGELHO DE HOJE: BOAS NOVAS OU MÁS

Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! Isaías 52:7.

"O evangelho em voga hoje em dia oferece uma falsa esperança aos pecadores. Promete-lhes que terão a vida eterna apesar de continuarem a viver em rebeldia contra Deus". Na verdade, encoraja as pessoas a reivindicarem Jesus como Salvador, mas podendo deixar para mais tarde o compromisso de obedece-Lo como Senhor. Promete livramento do inferno, mas não necessariamente libertação da iniqüidade. Oferece uma falsa segurança às pessoas que folgam nos pecados da carne e desprezam o caminho da santidade. Ao fazer separação entre fé e fidelidade, deixa a impressão de que a aquiescência intelectual é tão válida quanto à obediência de todo o coração à verdade. Dessa forma, as boas novas de Cristo deram lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira, que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores. É por isso que as igrejas estão cheias de evangélicos vazios do evangelho da graça de Cristo. Estamos vendo nestes dias tantas conversões duvidosas, e com isso, sendo arrolados tantos membros à igreja, mas causando impacto cada vez menor sobre a nossa sociedade. Será que não é porque muitos chamam de crentes pessoas que na verdade não são regeneradas? Não será que muitos estão tomando somente a forma de piedade? Leiamos em 2 Timóteo 3:5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.

As boas-novas de Cristo não se trata de mera especulação acadêmica, ou a procura de novidades que tiram as nossas mentes da centralidade da Pessoa do Senhor Jesus Cristo. O profundo desejo do nosso coração, é sabermos o que a Palavra de Deus ensina a fim de que possamos proclamá-la com clareza e exatidão. Acima de tudo as boas-novas que anunciamos em nossa comunidade (Cristo e este crucificado) é puramente bíblica, porque nasceu diretamente do coração de Deus e não se conforma com nenhum sistema popular de teologia. O ponto de vista pessoal de um teólogo, a respeito desta ou daquela doutrina, é de interesse meramente secundário para a vida de nossa igreja. O que realmente importa é o que diz a Palavra de Deus. E nada é mais importante do que o que as Escrituras dizem a respeito das boas novas da salvação. Lucas 2:10b-11 eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

Considerando a apresentação típica do evangelho que se faz em nossos dias nos deixa tristes, porque o que se roga aos pecadores, são expressões como: "Aceite Jesus Cristo como seu Salvador pessoal"; "convide Jesus a entrar em seu coração , ou faça uma decisão por Cristo". É provável que estamos tão habituados a ouvir tais frases que fiquemos surpresos ao sabermos que nenhuma delas tem base em terminologia bíblica. O resultado de tal mentalidade é uma doutrina de salvação deficiente. É justificação sem santificação, e o seu impacto sobre a igreja tem sido catastrófico. A comunidade dos crentes professos está permeada de pessoas que foram trazidas a um sistema que encoraja a fé superficial e ineficaz. Muitos crêem sinceramente que estão salvos, todavia, são completamente estéreis e não se verifica fruto em suas vidas. Elas são o resultado de um evangelho diluído, que não é o evangelho segundo Jesus. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Marcos 8:35.

O evangelho das boas-novas anunciado pela igreja primitiva continua sendo o mesmo pregado e vivido pelos cristãos legítimos, que são muito poucos. Existem também aqueles que de certa forma possui muito conhecimento a respeito do evangelho e que usam estes conhecimentos para uma adoração não do Cordeiro, mas de si mesmos. Seus conhecimentos são tantos que eles se bastam em suas mentes intelectualizadas e com isso, não pregam o evangelho para a salvação de pecadores e nem querem comunhão com os santos de Deus. Todo aquele que passou pelo evangelho sabe que a sua natureza perversa ou corpo do pecado foi crucificado com Cristo e que pela ressurreição ganharam a vida nova, a vida de Cristo. Quando tenho muita informação a respeito do evangelho sem jamais ter passado pela experiência da minha morte com Cristo, eu simplesmente tornarei uma pessoa critica com relação à experiência alheia e também estarei correndo um grande perigo de incorrer em julgar as pessoas se colocando no lugar de Deus para julgar quem quer que seja. Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Romanos 2: 1.

O apóstolo Paulo bem sabia o que era julgar as pessoas. Paulo sabia o que significava perseguir os cristãos. Paulo sabia perfeitamente o que era ser cheio de conhecimento e vazio do evangelho. Infelizmente existem ainda muitas pessoas que ficam mordendo o seu próprio rabo por causa de uma causa que não é sua causa. São pessoas que estão se ferindo com o seu próprio veneno e querendo envenenar aos que o cercam. Essas pessoas dotadas de grandes conhecimentos, não fazem outra coisa senão afastar as pessoas da simplicidade do evangelho de Cristo. Quando nascemos de novo, a maior evidência que irá comprovar este fato será demonstrado através do amor que temos de uns para com os outros. Uma pessoa que não ama, também não perdoa e conseqüentemente não consegue viver em comunhão com os irmãos. Ela pode ser qualquer outra coisa menos uma nova criatura. Jesus deixou muito claro em seus ensinos que quem ama perdoa e quem perdoa tem relacionamentos saudáveis uns para com os outros. Se porventura não existir isso em nós, seremos pessoas mesquinhas, criticas, ressentidas, juízes e donos da verdade. A obra da cruz em nossas vidas foi para nos fazer pessoas completamente vazias de nós mesmos e cheias de Cristo. Gálatas 2:20 [Já] estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.

A igreja contemporânea tem a idéia de que a salvação é apenas a concessão de vida eterna, e não necessariamente a libertação do pecador da escravidão da sua iniqüidade pessoal. A graça barata traz uma mensagem que diz as pessoas que Deus as ama e tem um plano maravilhoso para as suas vidas, mas isto é apenas meia verdade. Deus também odeia o pecado, e irá punir com eterno tormento os pecadores que não crêem no evangelho. Qualquer mensagem que deixe de definir ou confrontar a severidade do pecado pessoal é um evangelho deficiente. E qualquer "salvação" que não cause mudança numa vida de pecado, e não troque o coração do pecador, não é salvação genuína. O pecado não é um problema secundário, no que diz respeito à salvação; o pecado é o problema. De fato, o elemento característico da mensagem cristã é o poder de Jesus Cristo para perdoar e vencer nosso pecado. De todas as realidades do evangelho, nenhuma delas é mais maravilhosa do que a notícia de que a força escravizadora do pecado foi quebrada na cruz no corpo de Cristo. Romanos 6:6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos.

Todo aquele que foi salvo pelo evangelho é um evangelista. O ministério da evangelização é uma extraordinária oportunidade de demonstrar gratidão a Jesus no ato de repassar seu evangelho da graça para outros. O evangelho verdadeiro Paulo o define em 1 Coríntios 15:3-4 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Evangelho se define na morte e ressurreição de Cristo. Para nós sermos salvos por este evangelho, é necessário que creiamos que também fomos participantes do evangelho morrendo e ressuscitando com Cristo. Assim está escrito em Romanos 6:5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição.

Jesus não pediu para que pregássemos outra coisa senão o evangelho a toda criatura. Portanto, todo aquele que se tornou participante do evangelho, é imperativo ser uma testemunha viva deste fato glorioso. E de que forma podemos testemunhar este evangelho no qual Deus depositou todo o seu poder para salvação dos pecadores? Evangelizando os que ainda não tem essa experiência. Alguém já disse que evangelizar é um mendigo ensinado a outro onde encontrar pão. Evangelizar uma pessoa é dizer a ela: você também é amado (a) por Deus no Senhor Jesus. Nós temos em nossas mãos o testamento que atesta a fidelidade de Deus na salvação dos pecadores que foi assinado com o sangue do Cordeiro e aceito pelo Deus de amor. A Bíblia é a história de amor de Deus com seu povo. Deus chama, persegue, perdoa e cura. Mesmo nossa resposta a seu amor é dádiva dEle. O evangelho da graça nos foi comunicado através do amor de Deus em Cristo. Em outras palavras, o evangelho está recheado com Seu amor. Este evangelho maravilhoso da graça de Deus, não precisa ser instruído para as pessoas, mas necessita ser lembrado sempre. Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 1 Coríntios 15:1-2.

Se somos salvos pelas boas novas de Deus, e está boa nova é que Cristo morreu e ressuscitou, logo a nossa experiência com o evangelho é certa de que nós também morremos e ressuscitamos com Ele. Neste caso a conversão não é simplesmente uma decisão do pecador por Cristo, mas é antes, a obra soberana de Deus, transformando o indivíduo. Diante disso, nossa única responsabilidade é pregar o evangelho com clareza e exatidão, sempre falando a verdade em amor. Alguns irão dar as costas, mas é Deus quem revela a verdade ou mantém-na escondida, de acordo com o que é agradável à sua vista. O plano de Deus não será restringido. Embora o evangelho das boas novas ofenda, a sua mensagem não deve ser feita mais degustável, diluindo-se o seu conteúdo ou abrandando-se-lhe as duras exigências. No plano de Deus, os eleitos irão crer, apesar da reação negativa das multidões. O evangelho da graça, Deus jamais ocultou de pessoas inteligentes, mas sim, de pessoas que se apóiam em sua própria sabedoria. O pecado deles não é o seu intelecto, mas o seu orgulho intelectual. A sabedoria e a inteligência deles estão corrompidas pelo orgulho. Deus revela a verdade das boas novas não aos orgulhosos e sofisticados, mas aos "pequeninos". Lucas 10:21 Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.

Jesus traz boas novas a respeito do Pai, não más.

Pr. Cláudio Morandi - 15/08/2007

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