"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 2 de agosto de 2008

VIVENDO EM ALEGRIA

Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. Atos 2:46-47.

Muitas vezes as pessoas esquecem que este mundo em que vivemos é velho. Elas falam como se o mundo só tivesse vindo á existência neste século, e como se os homens e as mulheres fossem novas criaturas, com novos poderes e faculdades e com novos problemas. Claro está que tudo isso é puro absurdo. A humanidade é verdadeiramente velha, e a grande história da civilização, a história da raça humana, é, num sentido nada menos que a história dos esforços feitos pelos homens e pelas mulheres para resolverem os seus problemas. Ninguém jamais quis viver miseravelmente. As pessoas sempre procuraram à felicidade. A inventividade e o gênio da raça humana quase se exauriram nesse esforço para encontrar paz, descanso, felicidade e alegria. As pessoas do mundo ainda estão pesquisando e perguntando: como podemos encontrar a felicidade? Muitos homens e mulheres encontram algum tipo de alegria que é promovido pelas circunstancias, mas acabou a festa cessa a alegria. Porventura, não sabes tu que desde todos os tempos, desde que o homem foi posto sobre a terra, o júbilo dos perversos é breve, e a alegria dos ímpios, momentânea? Jó 20:4-5.

A fé cristã é considerada por muitos como algo que estraga a vida. A idéia que o povo faz do cristianismo é que ele nada mais é que uma espécie de luta, empenho e esforço moral. Geralmente afirmam que os cristãos vivem vida estreita, apertada, miserável, caracterizada principalmente pelo que eles não fazem, ou seja, o cristianismo põe uma espécie de freio na vida deles. Tornou-se corrente a idéia de que, com vontade rija e férrea, os cristãos se forçam a cumprir deveres que eles acham que de algum modo são corretos, e talvez temam não cumpri-los, e assim eles se arrastam penosamente por este mundo, perdendo muita coisa. Por isso muitas pessoas estão fora da igreja. Deram as costas a ela, alegando que, fazendo isso, encontraram a felicidade. Para muita gente o conceito de alegria é festa. Vamos festejar! Mas festejar o que? Há muita festa que só serve para esconder as dores da alma. Prazer e alegria, são sinônimos, como também podem ser profundamente diferentes, como céu e inferno. A distração divertida pode ser um disfarce para ludibriar o vazio de um coração pesaroso. Mas, a hipocrisia é uma mentira muito ruidosa. Uma pessoa sem Cristo, é uma vida infeliz e sem significados, pois o seu fim termina na morte. Não há sentido para quem é governado pelo destino da morte. Se a nossa vida se resume ao tempo, não há riso que consiga amenizar a dor da incerteza. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. 1 Coríntios 15:19.

Há uma alegria do homem natural proveniente da ausência de reais tribulações. A maioria das pessoas se alegra em virtude dos acontecimentos favoráveis e toda expressão de seu bom contentamento se configura com o apoio e os aplausos que recebe em seus pontos de vista. A alegria natural é fruto de uma circunstância vantajosa. Sempre que algo conveniente se apresenta no nosso modo de viver, sentimo-nos alegres e dispostos. Mas a alegria do Senhor não se encontra envolvida com o patrocínio do favorecimento. Ela independe da situação. Não é uma alegria motivada pelo sucesso nem roubada pelo fracasso. A alegria do Senhor é um estado permanente de total satisfação e alegria que independe das circunstancias favoráveis ou desfavoráveis. Lemos em Habacuque 3:17-18: Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.

A vida cristã é uma vida que manifesta uma verdadeira alegria. Não podemos conceber um cristão triste: podemos admitir que a tristeza visite o viver cristão, mas não que ela o mantenha aprisionado por muito tempo. Todos nós somos assaltados por momentos de tristeza. Não existe vacina anti-sofrimento. Não há abrigo suficientemente seguro que nos garanta uma plena proteção contra as investidas terríveis das mágoas. Mas, não há permanência indefinida da tristeza no modo de vida do cristão. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã. Salmos 30:5b.

Fica claro que neste mundo não somos protegidos contra os traumas e problemas que nos abatem. É falsa esta impressão triunfalista que pretende nos encastelar num refúgio atômico contra toda forma de sofrimentos e tristezas. Porém, uma coisa não anula a outra. Mesmo sendo acossados por freqüentes investidas dolorosas, o cristão autêntico não se abate ante as pressões que o atingem. Disse Jesus em João 16:33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

O retrato da igreja primitiva nos mostra o real sentido de um cristianismo autêntico e conseqüentemente cheio de alegria. Eles "comiam juntos as refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo". O livro de Atos é sumamente estimulante e jubiloso. Pode-se sentir esta alegria pulsar através da vida dessas pessoas. É um dos livros mais alegres do mundo. Mais tarde o apóstolo Pedro escrevendo a respeito da relação dessas pessoas com o Senhor Jesus Cristo, ele diz em 1Pedro 1:8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.

Essa descrição é autêntica. É mascarar a verdade de Deus pensar no cristianismo como uma tarefa árdua e um fardo pesado, que leva a um modo de vida queixoso e triste. O coração de todo aquele que morreu e ressuscitou com Cristo expressa a alegria perfeita e completa em Cristo. Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. João 15:11.

O livro de Atos mostra-nos o cristianismo como ele verdadeiramente é em sua totalidade; cheio de alegria! Vocês acham que o cristianismo teria alvoroçado o mundo se ele fosse tão negativo e triste como as pessoas o apresentam? Claro que não! O que venceu o mundo antigo foi esta alegria, esta qualidade indestrutível da vida destas pessoas, e esta é a maior necessidade do mundo atual. Billy Sunday costumava dizer com muita sabedoria que "Se você não tem alegria na vida cristã, existe vazamento em algum lugar do seu cristianismo". A mensagem do Evangelho destituída de uma expressão jubilosa, proveniente de um coração satisfeito, é um contra-senso insustentável. A fé cristã sem regozijo é como carvão sem fogo, denuncia as mãos de quem lhe manuseia. Ninguém pode dar crédito ao cristianismo cuja reputação ofusca a exultação do espírito. O cristianismo deve ser um aleluia da cabeça aos pés. Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Filipenses4:4.

Contudo, fica claro que o problema final acerca da alegria que o mundo tem para dar é que, invariavelmente, ela depende das circunstâncias. É isso que nos revela a tragédia da vida sem Cristo e sem a mensagem cristã. E grande parte da alegria deste mundo se esvai se não há dinheiro. Se você não tiver dinheiro para comprar os seus prazeres, você não terá prazer nenhum, e não será feliz. Você vai ficar amuado num canto, com inveja daqueles que estão curtindo, e com desejo de estar lá. Mas a alegria que requer saúde, riqueza e a presença de outras pessoas, não é alegria real. Entretanto, a alegria cristã é profunda, é alegria pura e santa. A Bíblia lhe chama "alegria no Espírito Santo". Leiamos Romanos 14:17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

A vitória de Jesus nos permite desfrutar duma certeza absoluta com relação ao nosso ânimo. Há bom humor no espírito dos verdadeiros cristãos. A salvação se caracteriza por uma profunda alegria. O evangelho de Jesus Cristo não patrocina a felicidade humana, mas promove o gozo e alegria em meio às mais sérias provações. Isto parece um paradoxo, pois a felicidade é um estado de completa alegria. Para se entender este ponto de vista temos que definir a felicidade no ângulo da concepção popular. As pessoas vêem a felicidade como um estado de ausência de tribulações e constantes benefícios favoráveis. A felicidade é sempre circunstancial e atrelada a um bom estado de espírito. Quando tudo corre às mil maravilhas e nós estamos em sintonia psicológica com estes momentos agradáveis, dizemos que temos passado dias muito felizes. Porém, todas aquelas circunstancias desfavoráveis podem, de um momento para o outro, destruir a mais enraizada construção de felicidade. No entanto, o gozo e alegria na vivência cristã não estão ligados aos momentos aprazíveis ou a ausência de quaisquer dificuldades. Os salvos são mais felizes nas suas tribulações, do que Adão no paraíso. Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas jóias. Isaías 61:10.

Não é possível ser cristão e não ser no mínimo profundamente alegre. A murmuração é uma forte característica dos descontentes. O louvor é uma marca dos salvos, que estão revestidos com os traços da alegria. A crítica mesquinha é sinal evidente dos inconformados, que procuram denegrir aqueles a quem invejam. Os aplausos fazem parte dos satisfeitos que não temem perder mais nada, pois já têm a alegria verdadeira, que não os deixará em qualquer situação, e que por isso não tem medo de perder nada que a alegria não lhes compense. Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas. Filipenses 3:1.

Quando Cristo morreu naquela cruz, todos que creram que foram incluídos no seu corpo, ou seja, em sua morte e ressurreição juntamente com Ele conforme diz a Bíblia, são selados com a alegria da salvação. Todos os filhos de Deus, renascidos em Cristo Jesus, não precisam temer nem mesmo a morte. É isso que enche de alegria, gozo e regozijo a todos nós, pois está escrito em 2 Coríntios 5:1 Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. Que caiam bombas, que venha a guerra, que as doenças e a peste assolem as terras, e que eu morra. Que é isso? Traslado! Estar com Ele! Este velho corpo meu, o corpo da minha humilhação, o corpo da fraqueza, o corpo da doença, o corpo da morte, transfigurado, mudado, glorificado, feito semelhante ao corpo da ressurreição de Cristo, e eu, neste corpo novo, glorificado, conduzido à Sua bendita presença para passar a minha eternidade com ele. É porque conheciam coisas como essas que estas pessoas (os cristãos primitivos) estavam cheias de alegria. É isso que o evangelho faz. Ele habilita você e eu a dizer com o apóstolo Paulo em Romanos 8:38-39 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Enquanto a alegria deste mundo é fugidiça, a alegria dos santos de Deus é permanente. Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria. Isaías 61:7. Como posso não viver alegre?

Pr. Cláudio Morandi - 06/09/2007

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