"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

segunda-feira, 30 de março de 2009

Nosso passado perdoadoe apagado

Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro. Isaías 43:25.
Certa vez um conselheiro cristão perguntou a uma mulher sobre a tatuagem no braço, ela explicou: “Foi meu ex-namorado que fez, ele era alcoólatra e violento”. Esse conselheiro disse que agora ela estava feliz, casada com outro homem, mas todos os dias tinha de se lembrar do sofrimento passado. Creio que todos nós já encontramos pessoas que tem o passado tatuado na alma. Elas sofreram abusos, viveram na imoralidade ou foram viciadas. São mulheres que vivem com a lembrança de um aborto; são homens que tiveram filhos fora do casamento ou que arruinaram a família. Recentemente eu li uma reportagem onde uma mulher entregou o próprio pai às autoridades por te-lo visto cometer um assassinato quando criança. Pense nas lembranças que ela tinha tatuadas na alma! Tem muita gente com sua alma ferida, machucada, sofrendo com um passado que Deus em Cristo já apagou. Mas, muitas pessoas estão sofrendo devido a não querer abrir o jogo, por isso ficam sofrendo e vivendo com segredos dolorosos que aprisionam a alma. Muitos ao optar por fingir inocência, tem que encarar, dia após dia, secretamente, o próprio pecado. Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Salmos 32:3.
Nunca Deus irá censurar ninguém que chega diante dEle com sinceridade e honestidade. Ele já sabe o que se passa em nossa mente, então por que não dizer tudo para Deus? Ele não vai ficar surpreso! Amarguras supuradas só podem ser tratadas com comunicação honesta. Sempre que abrirmos para Deus, descobriremos que a sua graça é derramada em nossa alma. Por outro lado, algumas pessoas pensam que Deus irá afligi-las com um raio caso lhe digam a respeito do seu passado que tanto as afligem. E assim, começam a ignorá-lo, entupindo a alma de hostilidade como se fosse um saco de lixo. A amargura latente é estocada até tornar-se insuportável. Alguns descem ao túmulo com uma amargura silenciosa, mas fervilhante. Esse tipo de negação é muito comum, mas nunca será um recurso permanente e satisfatório para por de lado o nosso passado. A negação nos permite convencer-nos de que controlamos a própria vida e de que tudo vai bem. Depois que começamos a descer a ladeira, vamos entrar em centenas de jogos de manipulação para escapar do anzol. Qualquer um de nós tem dificuldade em ver-se como é visto por Deus, ou mesmo como é visto pelos outros. A negação não é a via de escape provida por Deus. Precisamos ser sinceros com Deus, pois o que Ele tem para nós é o melhor. Jeremias 32:40. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.
Muitas pessoas pensam que a solução pra o dilema em que vivem estão nelas mesmas. Muitos chegam até jurar que vai largar seus velhos hábitos ou até entrar num grupo de auto-ajuda e observar alguns progressos expressivos. Ainda que essas mudanças sejam boas, podem acabar sendo danosas, caso substituam a resposta de Deus para o dilema. O bom passa a ser o inimigo do melhor. O aperfeiçoamento pessoal não pode corrigir nossa briga com Deus. Também não pode remover a culpa que acompanha o comportamento pecaminoso. Só pode redirecioná-la. Assim, a culpa reaparece com outros rótulos. É muito comum ela ser empurrada para o subconsciente. Então, qual a resposta de Deus para nosso caráter pecaminoso? Em outras palavras, como o pecador torna-se justo diante de Deus? Em termos breves, a morte de Cristo na cruz foi um sacrifício pelo pecado. Isso significa que Deus é capaz de realmente nos creditar a justiça de Cristo. 2 Coríntios 5:21. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Todos nós queremos um espelho que nos faça parecer bem. Aliás, se os espelhos à nossa volta não nos fazem parecer bem, construímos um que o faça. Instintivamente, queremos esconder nossa verdadeira personalidade e projetar uma imagem que nos faça parecer agradáveis, dignos e amados. E a esperança é de nos vermos como esperamos que os outros nos vejam. Conseguimos ver claramente esse engano nos outros, mas ele existe também em nós. Esse truque mental de manipulação é conhecido como negação, uma relutância básica em permitir que os outros vejam nosso lado triste. A negação faz com que levantemos defesas para não enfrentarmos a realidade. Tentamos esconder quem realmente somos por causa de nossa reputação e autopreservação. Mas, a realidade é que todos nós projetamos uma imagem que não é verdadeira e com isso incentivamos as pessoas a nos considerar melhores do que merecemos. É por isso que a obra da cruz crucifica a nossa teomania e nos faz ver quem realmente somos. Salmos 103:14. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.
Domingo passado o programa da rede globo “fantástico” apresentou uma reportagem onde as pessoas diziam estar acostumadas a conviver com seu problema. Será que isso também não está acontecendo conosco? Você precisa ser liberto, mas não quer, porque já acostumou a conviver com seu problema. Que tipo de vicio você acostumou a conviver com ele? Viciados de todos os tipos são mestres de negação e não há como ajudá-los, a menos que a bolha ilusória deles estoure. Alguém disse que se fossemos feitos de vidro, de modo que tudo o que estivesse por dentro ficasse à vista, iríamos, todos, querer viver sozinhos em ilhas desertas! Tem muita gente com problema, com coisas erradas em sua vida, mas não sabem o que é. O meu conselho é pedir para Deus revelar, pois elas estão ocultas. Salmos 19:12. Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
Não pode haver crescimento na vida cristã antes que seja retirada a barreira da culpa do passado. É por isso que Cristo morreu a dois mil anos antes de nascermos e seu sacrifício incluía pecados que nem cometemos ainda. Deus se antecipou aos nossos pecados e todos eles foram depositados em Cristo Jesus. Quando cremos que fomos incluídos juntamente com Cristo em seu sacrifício naquela cruz, podemos estar certos de que todas as nossas dividas relacionadas ao nosso passado foram plenamente quitadas. Deus enviou Seu Amado Filho Jesus, para pagar o preço do nosso pecado, tornando-nos inteiramente livres. Colossenses 2:14. Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz.
Deus risca totalmente nossos pecados, de modo que já não se lembra deles. Não estou dizendo que Deus deixou de ser onisciente. O nosso texto base, simplesmente significa que Deus já não considera os nossos pecados. Ele não nos lembra deles; eles deixam de ser barreiras para nossa comunhão com Ele. Deus lança nossos pecados no mar e depois coloca uma sinalização em que se lê: “proibido pescar”. Deus nos perdoou em Cristo com a finalidade de nos fazer perdoadores. Pois quando perdoamos, somos mais parecidos com o nosso Pai-celestial. Nossa capacidade de perdoar baseia-se no perdão divino. O motivo pelo qual podemos perdoar muito é porque Deus nos perdoou muito. Vamos ler Efésios 4:32. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.
Não importa o mal que fizeram contra você, não é tão grande quanto os males que fizemos a Deus. Se a grandeza do pecado é determinada pela grandeza do ser contra o qual é cometido, nossos pecados são realmente grandes. Muitas vezes oramos: “Ó Deus, faça-me como tu és”; ou seja, queremos ser mais parecidos com Deus. Depois reclamamos quando ele nos dá oportunidade de conceder perdão. O perdão é um curso necessário em seu currículo, pois prove a oportunidade de sermos como o Pai no céu, aquele que faz o bem mesmo aos maus. Se temos a convicção de que fomos perdoados, o que nos impede de perdoarmos aos nossos ofensores? Como disse Watchman Nee: “O perdão é a fragrância que a flor deixa na roda que a amassa”. Se algumas pessoas lhes fizeram mal, perdoem-nas! E perdão é perceber todo mal que elas fizeram, e então perdoá-las. Também significa esquecer, e nós devemos perdoar e esquecer prontamente e livremente. E é somente o cristão que pode fazer isso, pois ele se tornou capaz de olhar agora o ofensor com outros olhos. E quando perdoamos, soltamos as amarras das pessoas que nos prendiam com as algemas invisíveis. Portanto, o perdão é bom para nós quando o liberamos do que para a outra pessoa que nos ofendeu. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. Colossenses 3:13.
É tão maravilhoso quando ganhamos a experiência de que todo nosso passado foi perdoado e apagado por Deus na Pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, quando fomos atraídos, crucificados e mortos com Cristo. Mas não para por ai. É que a novidade maior é que recebemos a vida de Cristo pela ressurreição juntamente com Ele, para vivermos em novidade de vida, ou seja, vida nova. Depois deste conhecimento a nossa vida foi totalmente transformada, e não faz sentido olhar para trás, para o passado que Deus já apagou. É mais importante ver para onde estamos indo do que ficar preocupado com o lugar em que nós estávamos. Por pertencermos ao reino dos céus, já ganhamos crédito ilimitado para perdoar todas as ofensas, feridas e prejuízos desta vida. Além disso, toda vez que perdoamos uma dívida, recebemos imediatamente a mesma quantia multiplicada na nossa conta. Esse crédito, nada mais é do que o amor de Deus que temos em Cristo Jesus. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. Romanos 5:5.

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