Jesus é o juiz constituído por Deus para julgar seu povo, porque o julgamento irá começar pela casa de Deus (I Pedro 4.17). O tribunal de Cristo será o tribunal das obras do povo de Deus, e ele será manifesto quando Jesus vier para assumir o seu Reino neste mundo: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" II Cor 5.10. Todos os filhos de Deus irão comparecer perante este tribunal para serem julgados pelo justo juiz. Este é o batismo no fogo que João Batista ensina quando diz: "Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo" Mateus 3.11. "Porque cada um será salgado com fogo" Marcos 9.49.
O apóstolo Pedro também nos fala deste dia em II Pedro 3.10, quando diz: "Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas". Esta não é a destruição da terra em fogo, mas um prenuncio. Este é o batismo no fogo dos filhos de Deus, que manifestará a obra de cada um, pois, o fogo neste dia, a demonstrará (I Cor 3.12-15). A palavra "descoberta" que encontramos no verso acima, vem do original grego "eurethesetai", que quer dizer: achada recompensa, ou o tesouro. Isto é o que Jesus disse em Mateus 6.19 quando se refere a ajuntar tesouros no céu. O fogo que aqui se refere, como podemos também encontrar no mesmo verso, tem como finalidade manifestar as obras que nela há. Estas são as obras dos santos, quer sejam boas ou más.
Deus nos ensina amplamente em Sua Palavra sobre este dia, e este tribunal quando diz: "Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil" Mateus 5.23-26. " Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós" Mateus 7.1-2. "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda" II Tim 4.8. "Portanto nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor" I Cor 4.5. "Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles" Mateus 25.19. "Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Não vos queixeis, irmãos, uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta" Tiago 3.1, 5.9. "Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo" I João 4.17. Veja que todos estes textos estão falando dos filhos de Deus e não dos ímpios.
O Tribunal de Cristo será o julgamento dos filhos de Deus. Não será para a vida eterna, mas para a herança. O juízo para a vida eterna será feito por Deus no final, após os mil anos do governo de Cristo. Neste juízo final, os filhos de Deus não entrarão, porque será para aqueles que não estão inscritos no Livro da vida do Cordeiro (Apoc 20.12). O tribunal de Cristo, como Deus nos revela, é para julgar as obras dos filhos de Deus. Será o juízo da recompensa que será dado a todo aquele que padeceu com Cristo. É por isso que o Espírito de Deus tem nos ensinado para ajuntarmos tesouros no céu, fazer as obras para Deus e não para ser vista pelos homens. Cuidar para não julgar, ter alguma dívida para ser acertada com algum irmão e etc... É por isso que Deus nos fala em Sua Palavra o seguinte: "Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus" Mateus 6.1. "Então chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor" Mateus 25.20-21. Todo o sermão do monte fala de recompensa. Esta recompensa é o galardão, o prêmio, a coroa que será dada pelo justo juiz naquele dia aos vencedores.
Não podemos ignorar este julgamento da casa de Deus, porque tanto aqueles que tem enterrado o talento recebido, como aqueles que tem dívidas a serem acertadas com irmãos, bem como aqueles que tem sido sufocados pelos cuidados, deleites e riquezas desta vida, não poderá receber a mesma recompensa deste justo juiz, como daqueles que sofreram escárnios e açoites, cadeias e prisões; foram apedrejados, e tentados; serrados ao meio, e sofreram toda afronta, e perseguição, e morte pelo Nome de Jesus. A palavra fala de vencedores e não vencedores entre os filhos de Deus. É para julgar os filhos de Deus, e dar-lhes sentenças, que Deus instituiu o tribunal de Cristo; e isto não podemos ignorar. A graça nos foi dada não para ser estéril em nós. Fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas (Efe 2.10).
O apóstolo Paulo aprendeu de Deus sobre isto, porque disse: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que por mim fosse cumprida a pregação, e a ouvissem todos os gentios; e fiquei livre da boca do leão, E o Senhor me livrará de toda má obra, e me levará salvo para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém". II Tim 4.7,8,17,18. Primeiramente ele fala do seu bom combate, depois da coroa que irá receber do justo juiz, isto é, da participação como rei no Reino Celestial de Cristo. Depois ele fala de ficar livre da boca do leão. Aqui ele se refere ao leão que matou o profeta que desobedeceu a Deus em I Reis 13.11-26. No verso 26 diz que o profeta foi rebelde a Palavra do Senhor. O apóstolo Paulo faz a mesma comparação deste leão, com o Leão da tribo de Judá, que será o juiz de todos os filhos de Deus naquele dia. O envolvimento com as obras infrutuosas das trevas, e com as obras mortas, fará com que este filho de Deus receba a sentença da boca deste Leão que é Jesus.
São muitos os textos das Escrituras que nos falam deste julgamento. Devemos considerar a bondade e a severidade de Deus. Deus tem nos disciplinado para sermos participantes da sua santidade. Esta é a vocação de Deus em Cristo Jesus, e temos uma esperança nesta vocação (Efe 1.18). Nós não fomos chamados só para crer nEle, mas também para padecer por Ele (Fil 1.29). É para isso que o apóstolo Paulo trabalhava, e também nós, segundo a sua eficácia que opera em nós poderosamente: Apresentar todo homem perfeito em Cristo (Col 1.28-29). Somente a regeneração e um edifício de palha, não dará direito a qualquer filho de Deus de participar da herança, ao invés disso, receberá do Senhor a setença do prejuízo. Ele disse: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" Apoc 3.15-22. Esta carta é escrita à Igreja de Deus e fala aos seus filhos, pois Ele repreende e castiga a todos quanto ama. Ao morno ele banirá de seu Reino, e ao vencedor lhe fará sentar em seu trono. Neste caso Jesus assume a forma de Rei e não de Salvador, por isso, como Rei, poderá banir aos que não forem dignos.
Graça e paz.
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