Mas
o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão,
domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gálatas 5:22-23.
O oposto de benignidade é malignidade, ou
seja, aquele que não é benigno é maligno. Por outro lado, o antônimo de bondade
é maldade, ou seja, aquele que não é bom é mau. Se percebermos bem, a
benignidade e a malignidade (bem ou mal) são interiores, estão ligadas ao
sentimento, enquanto que a bondade e a maldade (bom ou mau) são qualidades
exteriores, falam de ação e da atitude. Todos nós nascemos neste mundo
contaminados pelo bem e pelo mal, e somos governados por essas duas naturezas
que foi inoculada dentro de nós. Gênesis
2:16-117 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Com a entrada do pecado no mundo, a
nossa natureza se tornou tão corrompida e depravada que é impossível para
qualquer homem ser benigno ou bom. Quando o homem deseja ser uma boa pessoa, o
mal que nele habita o governa e com isso não permite que seja bom. Veja o
convicção do apóstolo Paulo em Romanos
7:18-19 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem
nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não
quero, esse faço.
A fonte amarga não pode jorrar água
doce, nem a árvore má produzir bons frutos. Deixe-me tentar explicar isso
melhor através de uma ilustração. É da natureza de um urubu alimentar-se de
carniça; no entanto, ele tem os mesmos órgãos e membros que lhe permitiriam
comer grãos, como fazem as galinhas, mas ele não possui nem a disposição nem o
apetite para tal alimento. É da natureza da porca o chafurdar na lama; e apesar
dela possuir pernas como a ovelha para levá-la à campina, lhe falta, entretanto
o desejo por pastos verdejantes. Assim acontece com o homem não regenerado. Ele
tem as mesmas faculdades físicas e mentais que o homem regenerado possui para ser
um homem benigno e bom, mas não conseguem. Ele até tenta ser bom, mas a
corrupção do seu coração logo se manifesta: “É o orgulho, vontade própria,
vaidade, mentira, aversão ao que é bom”, são frutos amargos que brotam no ramo corrupto.
Fora da Pessoa de Cristo não há nenhuma possibilidade de sermos bons e
produzirmos bons frutos.
Não
pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
Mateus 7:18.
Como uma pessoa pode ser liberta da sua
bondade contaminada pelo pecado de Adão? É muito simples. Pois Deus para nos
salvar de nossa natureza perversa, nos incluiu na morte e ressurreição de Jesus
para nos dar vida nova! Fomos crucificados com Cristo na mesma cruz que Ele. Ali
na cruz no corpo de Cristo, foi crucificado a minha maldade e também a minha
bondade. Leiamos o texto de 1 Pedro
2:24 Carregando ele mesmo em seu corpo,
sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados,
vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.
Com a nossa co-crucificação com Cristo,
agora podemos ser possuídos e cheios do Espírito Santo. E Ele quando vem
habitar em nós, traz os seus frutos e nos faz frutificarmos. Agora podemos
expressar a nossa benignidade com a benignidade Dele. Agora podemos ser bons
com a bondade Dele. A benignidade e a bondade são aspectos tão íntimos do fruto
do Espírito Santo que é difícil distingui-los. Quem é bom, também é benigno.
Ambas originam-se no amor. Alguém afirmou que a benignidade é amor compassivo;
e a bondade, amor atuante em ação. Todo aquele que passou pela cruz é uma
pessoa benigna e também perdoadora. Antes,
sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Efésios 4:32.
A delicadeza abre portas de ferro e
conquista a atenção de estátuas de pedra. Fomos redimidos não somente para
sermos legalmente salvos, mas também para sermos moralmente sadios e
cordialmente gentis. Podemos realizar muito mais em prol do evangelho, sendo benignos
e polidos, do que qualquer outra forma de atuação. Por isso mesmo vós, empregando toda diligência, acrescentai à vossa fé
a bondade, e à bondade o conhecimento, e ao conhecimento o domínio próprio, e
ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a
fraternidade, e à fraternidade o amor. 2 Pedro 1:5-7.
Fé sem bondade é fraude. Bondade sem
conhecimento é legítima ostentação. Conhecimento sem benignidade acaba em
intolerância. Bondade sem perseverança só revela exibicionismo. Perseverança
sem paciência é pura arrogância. Paciência sem fraternidade é obstinação.
Fraternidade sem amor é a invenção da falsidade. O amor nunca se regozija com a
ruína da reputação, ou a descoberta dos pecados, erros ou hipocrisias de
outrem, por mais indigno que alguém se apresente, o amor bondoso sempre se
porta com consideração e age com respeito. Falar o que edifica com bondade é
uma característica distintiva dos verdadeiros cristãos. Nada custa tão pouco e
tem tão sublime alcance como a benignidade. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.
Provérbios 31:26.
A bondade abre qualquer porta sem
forçar, adoça os mais duros corações sem bajular, e é entendida em qualquer
idioma. A bondade é uma moeda que circula, independentemente de câmbio, em
qualquer nação. Não resta dúvida que a cortesia é uma maneira barata de fazer
amigos. Jesus foi sempre muito civilizado com as pessoas, sem precisar acaricia-las,
por isto mesmo fez amigos com profundidade. Ser bondoso com todas as pessoas é
uma marca adequada dos traços de Cristo. É difícil alcançar a verdadeira
bondade. Ela se manifesta somente em uma vida entregue totalmente ao Senhor e é
uma exigência para o ministério efetivo. Servir aos outros é somado como
evidência da bondade de Deus agindo na vida de um cristão: E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que
estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos
admoestardes uns aos outros. Romanos 15:14.
Há muitos “crentes” que tocam nossas
vidas apenas num plano apenas natural, sem produzir o fruto espiritual da
bondade. “Crente” cansado de ser bom é crente que abafou o Espírito Santo na
sua vida. Nossa tarefa, como seres habitados pelo Espírito Santo, é encher a
terra de bondade. Se não o fizermos, o mundo não terá como ver a bondade de
Deus. Jesus disse em Mateus 5:16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus.
Os renascidos em Cristo são pessoas boas
pela participação e comunicação da parte de Deus. Deus é essencialmente bom;
não somente bom, mas é a própria bondade: na criatura, a bondade é uma
qualidade acrescentada; em Deus, é Sua essência. Ele é infinitamente bom; na
criatura a bondade é uma gota apenas, mas em Deus há um oceano infinito ou um
infinito ajuntamento de bondade. Ele é eterno e imutavelmente bom, porquanto
Ele não pode ser menos bom do que é; como não se pode fazer nenhum acréscimo a
Ele, assim também não se Lhe pode fazer nenhuma subtração. E Ele quer mostrar a
Sua bondade através de nós, a sua igreja, que Ele comprou com Seu precioso
sangue. e, juntamente com ele, nos
ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar,
nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco,
em Cristo Jesus. Efésios 2:6-7. Amém.
Ouça os estudos em áudio no YOUTUBE:
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