Tributai
ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.
Salmos 29:2.
Essa é a nossa suprema obrigação agora e
por toda a eternidade; honrar, adorar, deleitar-nos em Deus e glorifica-lo
acima de toda a Sua criação, porque Ele é digno de ser adorado. Adoração
significa prestação de honra ou homenagem reverente. Mas existe um grande
perigo na adoração, porque nos termos Hebraicos e Gregos, a palavra adoração
nem sempre está associada a Deus, também podem ser aplicadas a atos que não são
adoração, ou seja, podemos adorar em nome de Deus, mas não o Deus verdadeiro.
Jesus Cristo foi muito claro quando disse em Marcos 7:6 Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós,
hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim.
Adoração é dar ao Senhor a glória que
Lhe é devida como resposta ao que Ele nos revelou e fez em Seu Filho Jesus
Cristo. Ele nos atraiu a Si com a finalidade de nos fazer morrer para o pecado
e nos dar a Sua vida pela ressurreição. Sem essa experiência real com Cristo,
não há possibilidade de sermos verdadeiros adoradores. Somente quando nascemos
de novo é que a verdadeira adoração será a atividade constante e sem
interrupção em nossa vida. Pois o nosso objetivo será o de agradar a Deus, não
meramente de entreter o adorador. É por isso que muitas vezes, a postura na
adoração é nada mais do que impostura. Porém
as pessoas más e fingidas irão de mal a pior, enganando e sendo enganadas. 2
Timóteo 3:13 (LH).
Somente uma compreensão sólida e bíblica
da verdadeira adoração seria o antídoto perfeito para mentalidade pragmática,
programática e problemática e
obcecada pela adoração de si mesmos e não de Deus. Hoje estamos percebendo um
grande esforço religioso por parte dos “líderes evangélicos,” para atender às
necessidades humanas, satisfazer desejos humanos, manipular emoções e massagear
egos, a igreja parece de certa forma, ter perdido a visão do que se supõe ser a
adoração. A igreja está na verdade praticando um tipo de adoração populista que
se resume no amor-próprio, na autoestima, na autorrealização e no egoísmo.
Todas essas coisas direcionam as pessoas no rumo exatamente oposto à verdadeira
adoração. Mas parece haver pouca preocupação em adorar nosso Deus glorioso de
acordo com as condições divinas. Está escrito: Ao
Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto. Lucas 4:8b.
De modo infeliz, hoje na mente de muitos
evangélicos, a palavra adoração significa a parte musical da ordem do culto,
onde o músico principal é chamado de “líder da adoração”. A música é um meio
maravilhoso de adoração. Mas a verdadeira adoração é mais que apenas música, e
música, até mesmo a música cristã, não é necessariamente adoração autêntica. A
música pode ser um instrumento para a expressão da adoração, mas existem outras
disciplinas espirituais que se aproximam mais da essência da pura adoração:
oração, ofertar, dar ação de graças e ouvir a Palavra de Deus quando ela é
proclamada e exposta como está escrito. É significativo que Jesus tenha falado
sobre a Verdade, não sobre a música, como marca distintiva da verdadeira
adoração. Leiamos em João 4:23-24 Mas
vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em
verdade.
Os homens carnais contentam-se com o
“ato” de adoração; eles não têm desejo de viver uma vida de adoração,
simplesmente porque isso envolve uma vida crucificada. O perigo é uma vida de
adoração sem cruz perante o Senhor, pois adoração desta maneira é fogo estranho
diante do Senhor. Hoje muitos “crentes” não sentem que adoraram até serem
varridos por um estado de transe e paixão nebulosas, normalmente envolvidas em
uma série de cânticos. É por isso que tantos cânticos escritos para serem
entoados em conjunto são longos e repetitivos, e são deliberadamente cantados
em certa ordem para que o ritmo, a batida e o volume construam um clímax
impressionante. Todos que se dizem “crentes” e que não passaram pela cruz, são
chamados a adorar, mas a outro “deus”, assim como aconteceu na época de Daniel.
Portanto, quando todos os povos ouviram
o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério e de toda sorte
de música, se prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas e
adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado. Daniel 3:7.
Conheço uma igreja que inicia cada culto
com uma banda de rock tocando músicas seculares no volume máximo. Eles insistem
em que a prática se qualifica como adoração legítima porque carrega a atmosfera
com alta emoção, essa adoração barulhenta emociona e atrai os incautos e os não
regenerados. Esse tipo de adoração, Deus não aceita porque cansa. Afasta de mim o estrépito dos teus
cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos. Amós 5:23.
A palavra “estrépito” significa ruído
forte, estrepitoso, barulho ensurdecedor, som amplificado, gritaria e poluição
sonora. Em muitos templos evangélicos, cada aspecto da reunião foi da mesma
forma redesenhado para satisfazer as preferências das pessoas de fora. O
objetivo é atraí-las, entretê-las, impressioná-las e fazê-las sentir-se bem
consigo mesmas. É o extremo oposto da autêntica adoração. Se o líder da
adoração e a tela multimídia não usassem constantemente a palavra “adoração”,
pouco haveria para indicar o que estavam fazendo. Isso significa que muitas
pessoas que frequentam aos cultos de domingo na igreja, adoram a Deus sem serem
regeneradas. É o caso do etíope de atos. Atos
8:27 Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o
qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém.
O Evangelho da Graça nos liberta desses
rituais modernos, desordenados e confusos. Não há nenhuma necessidade de
legalismo e formalidades hipócritas no culto divino, que só dão canseira e
enfado, contrariando os ensinamentos de Deus em Sua Palavra. Nosso culto, nosso louvor, nossa música e
nossos cânticos, nunca poderão ser igualados nem imitados com o que temos visto
no mundo profano. Não estamos contra o louvor nos cultos. O que estamos nos
referindo é a grande distorção que está ocorrendo no meio evangélico e a falta
de discernimento por parte dos pastores e dos crentes. Reconhecemos
perfeitamente a importância e o lugar do louvor na adoração a Deus. Deus fala
de hinos e cânticos espirituais, em Efésios
5:19 Animem uns aos outros com salmos,
hinos e canções espirituais. Cantem, de todo o coração, hinos e salmos ao
Senhor (LH).
Nosso culto de louvor e adoração a Deus
deve ser com simplicidade, inteligência e harmonia e não como tem acontecido
muitas vezes, em diversos lugares, até mesmo com gritaria e arruaça. O cântico
de louvor, primeiramente precisa ter letra coerente com a Palavra de Deus, mensagem que edifica, sonoridade harmoniosa,
suavidade para a alma e espírito e não poluição sonora, conforme temos visto e
ouvido em muitas reuniões por aí. Salmo
47:7 Deus é o rei de toda a terra, salmodiai com harmonioso cântico.
O declínio da verdadeira adoração nas
igrejas evangélicas é um sinal preocupante. Reflete uma depreciação de Deus e
uma pecaminosa apatia para com Sua verdade entre o povo de Deus. Os evangélicos
vêm desempenhando um tipo de busca de cultura popular banal durante décadas e,
como resultado, o movimento evangélico tem de tudo, exceto a consideração da
glória e da grandeza Daquele a quem adoramos. Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos
criou. Salmos 95:6. Amém.
Ouça os estudos em áudio no YOUTUBE:
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