"NOSSA VISÃO: CONHECER A CRISTO CRUCIIFICADO E TORNÁ-LO CONHECIDO, EM TODO LUGAR, POR MEIO DA GRAÇA."

sábado, 23 de agosto de 2014

A NOSSA PRIMAZIA SUPREMA: ADORAÇÃO

Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade. Salmos 29:2.
Essa é a nossa suprema obrigação agora e por toda a eternidade; honrar, adorar, deleitar-nos em Deus e glorifica-lo acima de toda a Sua criação, porque Ele é digno de ser adorado. Adoração significa prestação de honra ou homenagem reverente. Mas existe um grande perigo na adoração, porque nos termos Hebraicos e Gregos, a palavra adoração nem sempre está associada a Deus, também podem ser aplicadas a atos que não são adoração, ou seja, podemos adorar em nome de Deus, mas não o Deus verdadeiro. Jesus Cristo foi muito claro quando disse em Marcos 7:6 Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Adoração é dar ao Senhor a glória que Lhe é devida como resposta ao que Ele nos revelou e fez em Seu Filho Jesus Cristo. Ele nos atraiu a Si com a finalidade de nos fazer morrer para o pecado e nos dar a Sua vida pela ressurreição. Sem essa experiência real com Cristo, não há possibilidade de sermos verdadeiros adoradores. Somente quando nascemos de novo é que a verdadeira adoração será a atividade constante e sem interrupção em nossa vida. Pois o nosso objetivo será o de agradar a Deus, não meramente de entreter o adorador. É por isso que muitas vezes, a postura na adoração é nada mais do que impostura. Porém as pessoas más e fingidas irão de mal a pior, enganando e sendo enganadas. 2 Timóteo 3:13 (LH).
Somente uma compreensão sólida e bíblica da verdadeira adoração seria o antídoto perfeito para mentalidade pragmática, programática e problemática e obcecada pela adoração de si mesmos e não de Deus. Hoje estamos percebendo um grande esforço religioso por parte dos “líderes evangélicos,” para atender às necessidades humanas, satisfazer desejos humanos, manipular emoções e massagear egos, a igreja parece de certa forma, ter perdido a visão do que se supõe ser a adoração. A igreja está na verdade praticando um tipo de adoração populista que se resume no amor-próprio, na autoestima, na autorrealização e no egoísmo. Todas essas coisas direcionam as pessoas no rumo exatamente oposto à verdadeira adoração. Mas parece haver pouca preocupação em adorar nosso Deus glorioso de acordo com as condições divinas. Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto. Lucas 4:8b.
De modo infeliz, hoje na mente de muitos evangélicos, a palavra adoração significa a parte musical da ordem do culto, onde o músico principal é chamado de “líder da adoração”. A música é um meio maravilhoso de adoração. Mas a verdadeira adoração é mais que apenas música, e música, até mesmo a música cristã, não é necessariamente adoração autêntica. A música pode ser um instrumento para a expressão da adoração, mas existem outras disciplinas espirituais que se aproximam mais da essência da pura adoração: oração, ofertar, dar ação de graças e ouvir a Palavra de Deus quando ela é proclamada e exposta como está escrito. É significativo que Jesus tenha falado sobre a Verdade, não sobre a música, como marca distintiva da verdadeira adoração. Leiamos em João 4:23-24 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
Os homens carnais contentam-se com o “ato” de adoração; eles não têm desejo de viver uma vida de adoração, simplesmente porque isso envolve uma vida crucificada. O perigo é uma vida de adoração sem cruz perante o Senhor, pois adoração desta maneira é fogo estranho diante do Senhor. Hoje muitos “crentes” não sentem que adoraram até serem varridos por um estado de transe e paixão nebulosas, normalmente envolvidas em uma série de cânticos. É por isso que tantos cânticos escritos para serem entoados em conjunto são longos e repetitivos, e são deliberadamente cantados em certa ordem para que o ritmo, a batida e o volume construam um clímax impressionante. Todos que se dizem “crentes” e que não passaram pela cruz, são chamados a adorar, mas a outro “deus”, assim como aconteceu na época de Daniel. Portanto, quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério e de toda sorte de música, se prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado. Daniel 3:7.
Conheço uma igreja que inicia cada culto com uma banda de rock tocando músicas seculares no volume máximo. Eles insistem em que a prática se qualifica como adoração legítima porque carrega a atmosfera com alta emoção, essa adoração barulhenta emociona e atrai os incautos e os não regenerados. Esse tipo de adoração, Deus não aceita porque cansa. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos. Amós 5:23.
A palavra “estrépito” significa ruído forte, estrepitoso, barulho ensurdecedor, som amplificado, gritaria e poluição sonora. Em muitos templos evangélicos, cada aspecto da reunião foi da mesma forma redesenhado para satisfazer as preferências das pessoas de fora. O objetivo é atraí-las, entretê-las, impressioná-las e fazê-las sentir-se bem consigo mesmas. É o extremo oposto da autêntica adoração. Se o líder da adoração e a tela multimídia não usassem constantemente a palavra “adoração”, pouco haveria para indicar o que estavam fazendo. Isso significa que muitas pessoas que frequentam aos cultos de domingo na igreja, adoram a Deus sem serem regeneradas. É o caso do etíope de atos. Atos 8:27 Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém.
O Evangelho da Graça nos liberta desses rituais modernos, desordenados e confusos. Não há nenhuma necessidade de legalismo e formalidades hipócritas no culto divino, que só dão canseira e enfado, contrariando os ensinamentos de Deus em Sua Palavra.  Nosso culto, nosso louvor, nossa música e nossos cânticos, nunca poderão ser igualados nem imitados com o que temos visto no mundo profano. Não estamos contra o louvor nos cultos. O que estamos nos referindo é a grande distorção que está ocorrendo no meio evangélico e a falta de discernimento por parte dos pastores e dos crentes. Reconhecemos perfeitamente a importância e o lugar do louvor na adoração a Deus. Deus fala de hinos e cânticos espirituais, em Efésios 5:19  Animem uns aos outros com salmos, hinos e canções espirituais. Cantem, de todo o coração, hinos e salmos ao Senhor (LH).
Nosso culto de louvor e adoração a Deus deve ser com simplicidade, inteligência e harmonia e não como tem acontecido muitas vezes, em diversos lugares, até mesmo com gritaria e arruaça. O cântico de louvor, primeiramente precisa ter letra coerente com a Palavra de Deus,  mensagem que edifica, sonoridade harmoniosa, suavidade para a alma e espírito e não poluição sonora, conforme temos visto e ouvido em muitas reuniões por aí. Salmo 47:7 Deus é o rei de toda a terra, salmodiai com harmonioso cântico.

O declínio da verdadeira adoração nas igrejas evangélicas é um sinal preocupante. Reflete uma depreciação de Deus e uma pecaminosa apatia para com Sua verdade entre o povo de Deus. Os evangélicos vêm desempenhando um tipo de busca de cultura popular banal durante décadas e, como resultado, o movimento evangélico tem de tudo, exceto a consideração da glória e da grandeza Daquele a quem adoramos. Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou. Salmos 95:6. Amém.

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