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domingo, 14 de setembro de 2014

O PROGRESSO ESPÍRITUAL DE JACÓ

Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Provérbios 4:18.
Depois que Jacó foi tratado por Deus em Peniel, ele começou a reconhecer sua própria fraqueza e foi gradativamente transformado. Essa transformação para a maturidade espiritual se deu através de muitos sofrimentos, pois era necessário Jacó ser quebrantado. Jacó no inicio era astuto e enganador ao máximo, contudo no final ele foi transformado em uma pessoa amável, uma pessoa útil nas mãos de Deus. Mas para isso Deus o disciplinou. Ser disciplinado pelo Senhor é uma coisa muito dura conforme está escrito em Hebreus 12:11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
Depois que Jacó saiu da casa de seu pai, ele suportou muito sofrimento e encontrou muitas dificuldades. Quando voltou para casa de seu pai, seus amados morreram um por um. Sua filha Diná foi desonrada, e seu filho mais velho Rúben, desonrou seu leito. Os sofrimentos de Jacó foram realmente grandes. Entretanto, através de todos esses sofrimentos, ele gradativamente se tornou maduro. Jacó se tornou uma pessoa compassiva. Quando seus filhos estavam alimentando o rebanho longe de casa, ele enviou José para saber sobre eles. Aqui vemos que ele era uma pessoa madura que amava e cuidava dos filhos. Jacó nunca esperou que José fosse vendido ou que seus filhos o enganassem, mostrando-lhe a túnica colorida de José molhada de sangue. Gênesis 37:33 Ele a reconheceu e disse: É a túnica de meu filho; um animal selvagem o terá comido, certamente José foi despedaçado.
Passo a passo Deus tirou tudo de Jacó; passo a passo Jacó foi despojado. Até mesmo José foi tirado dele. Tudo isso aconteceu porque Deus estava fazendo de Jacó uma pessoa cheia de compaixão e de simpatia pelos outros. Mais tarde, José foi feito senhor sobre a casa de Faraó e governador sobre toda a terra do Egito. Jacó, por outro lado, estava enfrentando fome na terra de Canaã. Quando Jacó se deparou com essa calamidade, ele enviou seus filhos para comprarem cereal no Egito. José os reconheceu-os. Jose propositadamente deteve Simeão. Ele o libertaria com a condição de que eles trouxessem Benjamim a ele. Quando voltaram disseram tudo a Jacó, ele disse: Tendes-me privado de filhos: José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas me sobrevêm. Gênesis 42:36.
Aqui vemos um Jacó sensível, não o Jacó dos tempos anteriores. Aqui estava um homem que viveu sob a mão de Deus, cuja vida natural desapareceu dia após dia. Diante de Deus ele foi transformado em uma pessoa sensível e amável. Anteriormente ele era uma pessoa capaz, astuta e suplantadora, mas agora havia sido transformado em uma pessoa flexível. Quanto Deus deve ter trabalhado nele! Quando Deus começa Ele termina, não deixa nada pela metade. Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. Filipenses 1:6.
A partir do trabalho de Deus na vida de Jacó, ele tornou-se uma pessoa brilhante. Quando seus filhos voltaram do Egito pela segunda vez e lhe disseram: José ainda vive e é governador de toda a terra do Egito. Com isto, o coração lhe ficou como sem palpitar, porque não lhes deu crédito. Gênesis 45:26.
Mais tarde, quando viu os carros que José enviara para levá-lo, seu espírito reviveu então ele disse: Basta; ainda vive meu filho José; irei e o verei antes que eu morra. Gênesis 45:28b.
Aqui precisamos prestar atenção, quando a Bíblia lhe chama de Jacó e quando lhe chama Israel. Ele já era uma pessoa sensível. Se fosse o Jacó de vinte ou quarenta anos atrás, ele provavelmente, em tais circunstâncias, teria repreendido severamente seus filhos. Ele poderia ter dito: “Por que vocês me enganaram por tanto tempo?” Mas ele apenas disse: “Irei e o verei antes que eu morra”. Aqui tocamos em benignidade, maturidade e em um caráter refinado pelo fogo. Quando Jacó disse que iria ver seu filho José no Egito, uma pergunta levantou-se dentro dele. Era como se Jacó estivesse perguntando: “Posso realmente descer ao Egito? Posso realmente descer ao Egito por causa de José? Meu avô, Abraão, pecou enquanto descia para o Egito. Ele foi repreendido e voltou. Meu pai Isaque queria descer ao Egito quando houve fome, mas Deus apareceu e o advertiu de que não descesse ao Egito. Ele obedeceu à ordem de Deus, e Deus o abençoou. Agora posso eu, que herdei as promessas de Abraão e Isaque, descer ao Egito por causa de José? José é o meu amado, e é governador sobre o Egito e não pode vir a mim, mas este laço natural entre pai e filho é motivo suficiente para eu descer ao Egito? Se eu descer ao Egito, que acontecerá ao mandamento de Deus? Que acontecerá às promessas de Deus?” Jacó estava com medo de estar errado em si mesmo. Por isso quando ele chegou a Berseba, ele parou e ofereceu sacrifícios a Deus para saber qual era a Sua vontade.  Então, disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer para o Egito, porque lá eu farei de ti uma grande nação. Eu descerei contigo para o Egito e te farei tornar a subir, certamente. A mão de José fechará os teus olhos. Gênesis 46:3-4.
Isso prova que Jacó era temente. Graças a Deus, esse temor revela o que Deus tinha feito nele. A preocupação de Jacó em relação a poder descer ou não ao Egito por causa de José, mostra que ele havia dado atenção ao que Abraão e Isaque não deram atenção. Abraão desceu ao Egito por vontade própria, quando se deparou com a fome. Isaque também quis descer ao Egito quando se deparou com a fome, mas felizmente Deus o impediu. Mas aqui estava um homem a quem Deus não impediu. Jacó parou no meio do caminho por vontade própria. Ele pensou nas promessas e na aliança de Deus e ficou temeroso. Que deveria ele fazer? Ele só podia fazer uma coisa: oferecer sacrifícios a Deus. O altar era o lugar dele. Ele esperou até que Deus lhe dissesse: “Não temas descer para o Egito. Eu descerei contigo”. Irmãos, somente uma pessoa que está crucificada com Cristo poderia ter uma atitude dessas. Somente um morto e ressurreto com Cristo poderia saber quem era o Senhor. O apóstolo Paulo para chegar à maturidade espiritual, também sofreu muitas coisas, mas no final de sua vida ele podia dizer: Por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia. 2 Timóteo 1:12.
Muitas vezes a maior obra de Deus consiste em parar nossa própria atividade, nosso falar e nossos propósitos. Deus completou Sua obra em Jacó. Portanto, agora nós encontramos Jacó nada dizendo, nada fazendo e sendo despojado de tudo. Jacó viveu dezessete anos no Egito. Seus dias na terra estavam chegando ao fim. Contudo, não ficou estagnado nesses dezessete anos; ele estava progredindo o tempo todo. Dia após dia ele brilhava mais e mais. Sem dúvida ele brilhou até ser dia perfeito. Que o Senhor nos dê um final similar ao de Jacó. Leiamos em Gênesis 47:28-30 Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos; de sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete. Aproximando-se, pois, o tempo da morte de Israel, chamou a José, seu filho, e lhe disse: Se agora achei mercê à tua presença, rogo-te que ponhas a mão debaixo da minha coxa e uses comigo de beneficência e de verdade; rogo-te que me não enterres no Egito, porém que eu jaza com meus pais; por isso, me levarás do Egito e me enterrarás no lugar da sepultura deles. Respondeu José: Farei segundo a tua palavra. Amém.

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