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domingo, 30 de novembro de 2014

OS DEZ MANDAMENTOS (1) ESTUDANDO O PRIMEIRO

Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Êxodo 20:1-3.
Deus não começa ordenando, Ele começa se revelando. Nossa obediência a Deus deve brotar da consciência de quem Ele é. Se não entendermos quem Ele é, não entenderemos o que Ele quer. Quando conhecemos alguém, sabemos o que lhe agrada ou não. Quando amamos esse alguém, o nosso desejo é agradar-lhe. Deus revela ao Seu povo quem Ele é através das coisas que Ele faz. Irmãos, Deus nos tirou da “casa da servidão do Egito”, que contextualizando significa que Ele nos libertou do império das trevas. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. Colossenses 1:13.
Uma pessoa não regenerada é uma criadora de ídolos. Uma pessoa não renascida é amante de si mesma. O primeiro mandamento é o testemunho da exclusividade e singularidade de Deus, ou seja, revela o Senhor em Seu caráter, seu Ser e Sua ação. É um Deus de relacionamento; Ele se relaciona com aquilo que criou. Deseja comunicar-se conosco e nos revelar a Sua vontade. Ele é um Deus de ação libertadora e salvadora; um Deus que não dorme, mas que atua, age e liberta o povo. Ele não muda de opinião ou de propósito eterno, é fiel a Si mesmo e ao Seu plano eterno para com os homens. Já os homens podem mudar de ideias, convicções ou propósitos; Deus, porém, não muda. Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Malaquias 3:6.
Deus anuncia Sua exclusividade num mundo em que existiam muitos deuses do passado como os egípcios, cananeus e jebuseus. Hoje, ao invés de Baal e Astarote, os deuses se chamam sucesso, prestígio, o próprio “eu”, fama etc. Os Ídolos modernos trazem insegurança, necessidade de aceitação e escravidão. Nós só seremos livres desses “deuses” quando cremos em nossa morte e ressurreição com Cristo. Somos filhos de Deus em Cristo Jesus e por isso pertencemos só a Deus, estamos livres de pertencer aos tiranos que querem nos aprisionar. O objetivo do primeiro mandamento é proteger a nossa liberdade. Quando amamos a Deus “tridimensionalmente” não nos apaixonaremos pelas futilidades desse mundo. E nós não temos motivos para querer outros deuses ou precisar deles, porque Deus é suficiente. Deus detesta a idolatria. Aborreces os que adoram ídolos vãos; eu, porém, confio no SENHOR. Salmos 31:6.
E foi por isso que Deus nos deus o primeiro mandamento. É uma advertência, motivada por uma preocupação profunda. É como se Deus estivesse dizendo para nós não entregar a nossa lealdade e devoção a “deuses” que na realidade não são deuses. Deus está dizendo neste primeiro mandamento para não concedermos um lugar supremo em nossa vida a algo ou alguém que, no fim, só irá nos desapontar e machucar profundamente. A Palavra de Deus afirma que todo idólatra se parece com aquilo que ama: Achei a Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como as primícias da figueira nova; mas eles foram para Baal-Peor, e se consagraram à vergonhosa idolatria, e se tornaram abomináveis como aquilo que amaram. Oséias 9:10.
O Novo Testamento relata que um dia satanás foi a Jesus com um ataque frontal e direto contra o primeiro mandamento. Primeiro, mostrou-lhe “todos os reinos do mundo e a glória deles”, e depois lhe disse: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adores”. O que satanás estava oferecendo a Jesus era dinheiro, sexo e poder. Mas Jesus, em Sua resposta, recusou-se a enfocar os deuses falsos. Em vez disso, inverteu o primeiro mandamento e citou Deuteronômio, que o apresenta na forma positiva. Jesus afirmou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Mateus 4:10.
Queridos irmãos, rejeitar os falsos deuses e denunciar o seu culto não é suficiente. Precisamos substituir seu culto pela adoração ao Deus do céu. Dizer as pessoas que elas precisam mudar, e se você realmente às convence de que devem mudar, elas mudarão. Mas saber o que é certo ou apenas crer intelectualmente não é suficiente. Por que não é suficiente? Porque a verdadeira moralidade nasce de um coração renovado pela graça de Deus. Disse o apóstolo Paulo em Romanos 12:2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Experimentar a vontade de Deus significa mais do que conseguir dar a resposta certa para questões morais. Envolve mais do que simplesmente possuir informações. Não podemos alegar “experimentar” algo e permanecer indiferentes. Devemos, antes, torná-lo parte da nossa vida. E isso é possível somente com a renovação da nossa mente. Ter a mente renovada é ter a mente de Cristo. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:16.
Aqui o apóstolo não quer dizer que o cristão é capaz de compreender todos os pensamentos de Cristo. Mas, sim, quer dizer que o Espírito que nele habita revela Cristo. Por conseguinte, o homem espiritual não vê as coisas na perspectiva do homem do mundo. Ele as vê na perspectiva de Cristo. Dar a Deus o Seu lugar como soberano significa que não tentaremos sujeitá-Lo às nossas ideias preconcebidas de como Ele é ou de como deve fazer as coisas. Deus faz tudo de acordo com Sua boa vontade. Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. Filipenses 2:13.
Qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus em nossa vida é um ídolo. Uma vez que Cristo é a nossa vida, perguntaremos sempre a nós mesmos: Como este vídeo, este jogo, esta amizade, este emprego ou esta propriedade vai afetar meu relacionamento com Deus? Quando realmente começarmos a viver dessa maneira, a ordem e a moralidade da Sua Lei tomarão conta da nossa vida, a paz substituirá a angústia, e a esperança afastará a depressão e o desespero. Isto é viver uma vida substituída. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim Gálatas 2:20a.
Se não dermos a Deus o Seu lugar, se não tivermos feito dEle o Senhor de nossa vida, todos os outros mandamentos serão apenas regras morais que não têm poder maior do que milhares de outras boas ideias. Nós não podemos chegar ao primeiro mandamento por obedecer aos outros nove. Em vez disso, nós precisamos chegar aos outros nove por meio deste. Porque isso nos ajudará a nos posicionarmos diante dos apelos do mundo, e só assim manteremos o nosso coração focado na vontade perfeita de Deus. Agora, pois, temei ao SENHOR e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR. Josué 24:14.

A pergunta que preciso fazer a mim mesmo é extremamente simples, mas mais importante: Estou disposto a conceder a Deus o Seu verdadeiro e legítimo lugar? Estou disposto a torná-Lo o primeiro? É disso que trata o primeiro mandamento. Aqui está um antigo convite que ainda nos fala através dos séculos: Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. Miquéias 6:8. Amém.

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