Conheço
as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! pois
dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu
és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Apocalipse 3:15,117.
Em uma mesma congregação temos gente que anda
com Deus, gente apática e gente que já abandonou as fileiras do evangelho. Em
uma mesma igreja temos gente que vive e morre pela verdade e também aqueles que
a negociam e a trocam por vantagens imediatas.
Estamos vivendo uma crise de integridade na igreja. Há um abismo entre o
que pregamos e o que vivemos; entre o que falamos e o que praticamos. A igreja
tem discurso, mas não tem vida; tem carisma, mas não tem caráter; tem
influência política, mas não poder espiritual. Há uma esquizofrenia instalada
em nosso meio. Tornamo-nos uma igreja ambígua e contraditória, em que o
discurso mascara a vida, e a vida reprova o discurso. Estamos vendo o
florescimento de uma igreja narcisista, com síndrome de Laodiceia, pois se
julga rica e abastada, mas está pobre, cega e nua. Uma igreja que aplaude e dá
nota máxima a si mesma quando se olha no espelho, mas que não passa no crivo da
integridade nem pode ser aprovada ao ser submetida ao teste da sã doutrina. Estamos
vendo o crescimento de uma igreja ufanista e triunfalista, que se encanta com
seu próprio crescimento numérico ao mesmo tempo em que se apequena na vida
espiritual. Uma igreja que explode numericamente, mas se atrofia
espiritualmente. Uma igreja que tem cinco mil quilômetros de extensão, mas
apenas cinco centímetros de profundidade. Uma igreja que se vangloria de
produzir dezenas de bíblias de estudo, mas produz uma geração analfabeta em
Bíblia. Estamos vendo crescer em nossa nação uma igreja sem doutrina e sem ética.
Uma igreja que rifa a verdade por dinheiro, que joga a ética para debaixo do
tapete e, mesmo assim, vocifera palavras de ordem chamando as pessoas ao
arrependimento. No passado a igreja tinha autoridade para chamar o mundo ao
arrependimento. Hoje é o mundo que ordena que a igreja se arrependa. Derrubamos
os muros que nos separam do mundo. Queremos ser iguais ao mundo, no tolo
discurso de atraí-lo. Perdemos nossa identidade e nossa integridade. Nossa luz
apagou-se debaixo do alqueire. Tornamo-nos sal sem sabor, que não presta para
mais nada, senão para ser pisado pelos homens. Que o Senhor tenha misericórdia
de nós e nos capacite a vier vida crucificada e na pratica do Espírito da cruz.
Amém. Graça e paz.
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