Sonda-me,
ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se
há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. Salmos 139:23-24.
O Salmo 139 é uma meditação sobre a
onisciência de Deus. Deus vê e sabe perfeitamente todas as coisas. O salmista
apresenta esse perfeito conhecimento afirmando que Deus conhece todas as nossas
ações, todos os nossos pensamentos e todas as nossas palavras. Sabes quando me assento e quando me
levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Ainda a palavra me não chegou à
língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda. Salmos 139:2,4.
Obviamente, o salmista não está
implorando que Deus o sonde para que Deus possa obter qualquer informação. O
objetivo de todo o Salmo é a declaração de que Deus sabe todas as coisas. Por
essa razão, o salmista está orando para que Deus o sonde a fim de que o próprio
salmista possa ver e ser informado do pecado do seu próprio coração. Davi
obviamente examinou seu próprio coração e seus caminhos, mas não confiou nisso.
Ele ainda temia que pudesse ter algo que o impedia de crescer no Senhor, algo
desconhecido que tivesse escapado de sua própria sondagem; então pediu para que
Deus o examinasse. Em outro lugar, Davi escreveu: Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me
são ocultas. Salmos 19:12.
Quando disse “faltas ocultas” ele quis dizer
que elas lhe eram “secretas”, mas ele não era consciente delas. O coração humano sem Cristo é cheio de pecado
e corrupção; e a corrupção tem um efeito espiritual de cegueira. O pecado
sempre carrega um grau de obscuridade. Quanto mais ele prevalece, mais ele
obscurece e ilude a mente. Ele nos cega para a realidade que está no nosso
próprio coração. Quanto mais uma pessoa raivosa consente com a malícia ou com a
inveja, mais esses pecados cegarão seu entendimento para que ela os aprove.
Quanto mais um homem odeia o seu vizinho, mais ele tende a pensar que tem uma
boa causa para odiar, e que aquele vizinho é digno de ódio, que merece ser
odiado, e que não é seu dever amá-lo. Quanto mais prevalecem os desejos de um
homem impuro, mais doce e agradável o pecado lhe parecerá, e mais ele tenderá a
pensar que não há mal nisso. Hebreus 3:12-13 Tende cuidado, irmãos,
jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que
vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia,
durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido
pelo engano do pecado.
Semelhantemente, quanto mais uma pessoa
deseja coisas materiais, provavelmente mais pensa que é desculpável por agir
assim. Dirá a si mesma que precisa de certas coisas, e que não pode viver sem
elas. Se forem necessárias, raciocina ela, não é pecado desejá-las. E as
concupiscências do coração podem assim ser justificadas. Quanto mais
prevalecem, mais cegam a mente e influenciam o julgamento que as aprova. Por isso,
a Bíblia denomina os apetites mundanos de “as concupiscências do engano”. Efésios 4:22 no sentido de que, quanto ao
trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano.
A concupiscência também incita a mente
carnal a inventar desculpas para as práticas do pecado. A natureza humana é
muito sutil quanto se trata de racionalizar o pecado. Alguns são tão devotados
às suas maldades que quando a consciência os importuna, torturam a mente a fim
de encontrar argumentos que façam com que ela se cale e que os convençam de que
procederam licitamente quando pecaram. Como está a sua consciência neste
momento? Todas as pessoas que são cheias de justiça própria tem a sua
consciência cauterizada e com isso estão cegas. No entanto, vão achando que
estão sempre corretas em tudo o que praticam. Jó funcionava assim: À minha justiça me apegarei e não a
largarei; não me reprova a minha consciência por qualquer dia da minha vida. Jó
27:6.
As pessoas vêem mais facilmente os erros
dos outros do que os seus. Quando vêem os outros errarem, imediatamente os
condenam até mesmo enquanto se desculpam pelos mesmos pecados! Todos veem um
argueiro nos olhos dos outros e não a trave nos nossos olhos. Não podemos
confiar em nosso coração nesta questão. Em vez disso, devemos nos vigiar e
interrogar nosso coração cuidadosamente, e pedir a Deus que nos sonde
completamente. O conceito que temos de nós mesmos é muito grande e como Jó nós
não nos conhecemos. É preciso que o Senhor nos sonde para que então Ele nos
mostre quem realmente somos. Provérbios
21:2 Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda
os corações.
Satanás trabalha corpo a corpo com as
nossas paixões enganosas. Ele labuta para tornar-nos cegos às nossas faltas.
Continuamente se esforça para nos levar ao pecado, e então, trabalha com a
nossa mente carnal nos bajulando com a ideia de que somos melhores do que
realmente somos. Assim, ele cega a consciência. É o príncipe das trevas. Cegar
e enganar têm sido seu trabalho desde os nossos primeiros pais. 2 Coríntios 11:3 Mas receio que, assim como
a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a
vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.
Algumas pessoas se esquecem dos pecados
que lhe são habituais. Frequentemente os pecados habituais entorpecem a mente,
e dessa maneira, tais pecados, que uma vez afligiram a consciência, começam a
parecer inofensivos. Isso se chama consciência cauterizada. Está escrito em 1 Timóteo 4:1-2 Ora, o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem
a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam
mentiras e que têm cauterizada a própria consciência.
Muitos observam o comportamento dos
outros a fim de discernir o que está certo ou errado. As coisas que não agradam
a Deus e são consideradas abomináveis à sua vista parecem inocentes quando
visualizadas através dos olhos da opinião popular. Aqueles que obedecem a Deus
indiferentemente ou pela metade correm o risco de viverem em pecado encoberto.
Seus pensamentos talvez estejam completamente voltados à oração secreta, à
leitura bíblica, à adoração
pública, à meditação e a outros deveres
“religiosos” enquanto ignoram os deveres morais: suas responsabilidades em
relação à esposa, aos filhos ou aos vizinhos. Estamos crucificados com Cristo,
portanto, somos suas cartas vivas. 2
Coríntios 3:2-3. Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e
lida por todos os homens, estando já
manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não
com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em
tábuas de carne, isto é, nos corações.
Pergunte a si mesmo se no seu leito de
morte terá lembranças agradáveis em relação à maneira que viveu. Embora as
pessoas estejam cegas quanto às suas próprias faltas, facilmente descobrem os
“erros dos outros” e consideram-se aptas o suficiente para falar deles. Algumas
vezes, as pessoas vivem de maneira que absolutamente não são adequadas, porém
estão cegas para si mesmas. Não vêem seus próprios fracassos, embora os erros
dos outros lhes sejam perfeitamente claros e evidentes. Elas mesmas não vêem suas
falhas; quanto às dos outros, não podem fechar os olhos ou evitar ver em que
falharam. Se você morreu com Cristo tens o amor de Deus em seu coração e este
amor é suficiente para aceitar o seu irmão(a). 1 Pedro 4:8 Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os
outros, porque o amor cobre multidão de pecados. Amém.
Ouça os estudos em áudio no YOUTUBE:
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